Como eu já informei em outro artigo que muitas pessoas se irritam com o que escrevo, vale falar aqui de mais um comentário de quem se sente democraticamente derrotado.
Um dos nossos colegas, especificamente Eduardo Candido, escreveu:
“É notável o retardamento mental de pessoas como JOÃO DE FREITAS PEREIRA, que parece aplaudir mais um abuso do Estado contra a liberdade individual. Agora o papai Estado, que sabe que o cidadão não passa de carne palpitante, um ser sem cérebro que não sabe o que quer, resolveu protegê-lo do satânico tabaco, proibindo-o na Internet. Assim é! Os burocratas estão aí para protegerem o cidadão de si mesmo. Uma salva de palmas ao papai Estado, vamos nos ajoelhar diante dos santos burocratas do governo, vamos bater nossas testas no chão em sinal de respeito para com eles, vamos louvar, vamos esfregar nossas línguas no chão em que eles pisam.
O senhor João, num arroubo de patriotismo e caridade cristã, questiona ainda a presença de personagens fumantes em filmes e novelas. Essas coisas "ainda" são intocáveis? Oh, infâmia, temos de arranjar meios para a coletividade acabar com isso! Salvemos os jovens. Vamos picotar os filmes e novelas.
Quem defende medidas anti-tabaco é idiota.”
Talvez não seja notável para alguém com o cérebro embotado que o Estado, algumas vezes, valoriza o social, reprimindo democraticamente aquilo que causa um mal público.
Também vale lembrar que não se pode permitir que o excesso de liberdade de uns atente contra a liberdade dos outros.
Não podemos dizer que o governo seja bonzinho ao editar leis antitabagistas. Mesmo aí, a economia fala mais alto: Enquanto se pensava que os impostos arrecadados sobre cigarros eram um grande lucro para o Estado, os fumantes podiam torturar à vontade o resto da população. Entretanto, quando o Ministério da Saúde constatou que o gasto com as doenças provocadas pelo tabaco já estavam sendo o dobro do que se arrecada em impostos sobre cigarros, as coisas começaram a mudar.
Não percebe o nosso colega que o Estado toma medidas de proteção até contra um vizinho que perturba o outro com sons muitos altos. Por que não proteger o povo contra quem envenena o ar que respiramos?
É idiota, sim, aquele que não luta pelo seu direito. Graças aos informes científicos, e às pessoas que protestaram contra o grave desrespeito cometido por aqueles que têm a indelicadeza de acender um cigarro dentro de um restaurante onde mais e oitenta por cento das pessoas não se sentem bem no meio da fumaça, ou dentro de um cinema ou qualquer outro ambiente coletivo, é que foi feita a Lei 9294/96.
Como isso é pouco, a tendência é a vida dos fumantes piorar mais e mais.
Eu tenho uma amiga fumante, que vive tentando livrar-se do vício, mas ainda não conseguiu. No dia que chego ao escritório dela e ela está fumando, mesmo que demore pouco lá, eu saio me sentindo fétido, e já falei para ela. Ela entende isso e está lutando contra o vício.
Tenho amigos colegas deste site que fumam também. Até já brinquei com o Torre da Guia, dizendo para ele que felizmente a internet não transmite cheiro, assim eu posso dialogar bastante com ele. Ele diz que fuma desde criança. Mas mas nem por isso vai ele lançar impropérios contra mim, nem eu contra ele.