Diante de tantas falsificações religiosas ocorridas ao longo dos séculos, até a própria existência de Jesus tornou-se coisa muito duvidosa, ante a falta de referência a ele por escritores não cristãos do seu tempo. Isso pode decorrer do fato de ele ter sofrido uma morte muito comum aplicada aos que se opunham ao domínio romano; mas a dúvida cresce cada vez mais entre os estudiosos.
“A partir da contestação da validade dos evangelhos como obras históricas em meados do século 19, a própria possibilidade da existência de Jesus chegou a ser posta em xeque. Mas, aos poucos, historiadores, lingüistas, arqueólogos e teólogos juntaram evidências de que, em Belém ou em Nazaré, no ano 7 ou 6 ª C., nasceu Yeshua Bem Yossef (Jesus filho de José, em aramaico), que por volta do ano 30, sob as ordens do procurador romano Pôncio Pilatos, fora condenado à morte por crucifixão, pena aplicada somente aos que eram considerados contrários à ordem estabelecida por Roma” (Galileu especial nº 2, agosto/2003, pág. 10). Observe-se que a revista fala que "juntaram evidências", mas nada foi dito sobre o que constitui nenhuma dessas evidências.
Pensa-se até na hipótese de o verdadeiro nome da pessoa que inspirou a formação do cristianismo seja outro e Yeshua seja uma personagem criada com base em tal indivídio. Todos os estudos indicam que Jesus, se existiu, foi um dos vários que surgiram dizendo-se o salvador da nação e foram todos assassinados da mesma forma. A diferença é que alguns dos seus seguidores conseguiram convencer o mundo com a doutrina da “ressurreição dos mortos”, coisa desconhecida entre os mestres hebreus do Velho Testamento (Vejam), mas muito atraente, uma vez que as promessas de Yavé não se concretizavam.
Ver MAIS
|