O tabaco é um problema mais grave do que muitos imaginam. Seus efeitos nocivos atingem o organismo humano por inteiro, não sobrando nem um cantinho onde ele não cause algum mal. Além disso, ele prejudica, além do fumante, as pessoas que ficam no ambiente onde os fumantes praticam seu vício. Ademais, muitas pessoas, na maioria das vezes contra a própria vontade, têm que ficar muito tempo próximo de fumantes e, por essa exposição, perdem a natural aversão à fumaça do cigarro e aos poucos passam de fumantes passivos a fumantes ativos. Assim, não obstante as informações de seus efeitos destrutivos, o vício se propaga como uma doença contagiosa. São esses os principais motivos por que se deve combater o tabagismo com muito rigor.
Eis alguns dos efeitos do cigarro sobre o organismo humano:
“*Nos olhos, o fumo produz a ambliopia tabágica, que representa a debilitação do sentido da visão e distorção do ponto de foco visual.
* Quanto ao olfato, o fumo irrita a mucosa nasal e distorce a função olfativa.
* Na boca ocorrem os cânceres dos lábios, língua, além de enfermidades nas gengivas, incluindo até perda de dentes.
* Na laringe, o fumo dilata as cordas vocais, e produz rouquidão, não sendo raro o câncer nesse local derivado do uso do cigarro.
* Nos pulmões, a sucessão de enfermidades produzidas pelo hábito de fumar é notória: enfisema, bronquite, asma e o mortal câncer pulmonar.
* No aparelho circulatório ocorrem o aumento da pressão arterial, obstrução de vasos sangüíneos, aumento de colesterol, todos fatores conducentes a ataques cardíacos.
* Nos órgãos digestivos o fumo produzi a úlcera péptica dado o aumento da acidez, além de distúrbios vários no duodeno, e câncer do estômago.
* No útero, ocorre aceleração das batidas do feto. Os bebês nascem com menos peso e ocorre probabilidade maior de nascimentos prematuros.
* Nos órgãos urinários pode ocorrer o adenocarcinoma, uma forma de câncer.
* A qualidade do leite materno é afetada para a mãe fumante, pois substâncias tóxicas são transmitidas à criança, o que lhe causa irritabilidade e transtornos digestivos. Também o hábito de fumar tende a diminuir a quantidade de leite.
* Estudos recentes indicam que o cigarro é causa de redução de interesse sexual e produz impotência nos jovens. Declarou o Dr. George Schwartz, professor de medicina Comunitária familiar e de Emergência na Universidade do Centro Médico do Novo México, EUA: “O hábito de fumar conduz ao acúmulo de grandes quantidades de monóxido de carbono no sangue, afetando o fornecimento de oxigênio às células. Por isso o excesso de fumo tende a prejudicar a capacidade sexual.
* ‘o órgão que mais sofre é o cérebro, que necessita de uma alta concentração daquele elemento no sangue, a fim de que possa desempenhar todas as suas funções com perfeição. Portanto’, conclui ele com interessante comparação, ‘o sistema nervoso do fumante não trabalha em condições normais, mas é como um carro que usa gasolina de baixa octanagem e cujo motor começa a ‘bater pino’”. (Azenilto Guimarães Brito, Cigarro, Como Apagar Essa Idéia, págs. 30 e 31).
Nem os cabelos escapam:
“... num informe do Hospital Infantil de Toronto (Canadá): foram encontrados resíduos de nicotina e cotinina em fios de cabelos de 23 bebês cujas mães não consumiram tabaco, mas respiraram a fumaça dos maridos ou colegas de trabalho, durante a gravidez. Os bebezões só tinham entre 1 e 3 dias de nascidos, quando tiraram um bocadinho do cabelo deles. As mães aspiraram uma fumaça que não era delas e a nicotina chegou até a pontinha dos cabelos dos filhos que ainda estavam dentro da barriga. Aliás, por falar em cabelos, saibam que estudos recentes realizados na Inglaterra, em Lancashire, constatam que o fumo contribui, tanto para que os cabelos fiquem brancos, quanto para um maior aparecimento de calvície, os populares "carecas, poucas telhas, aeroporto de mosquitos, etc.". (Dr. Jorge Alexandre Sandes Milagres, www.cigarro.med.br).
“O TABAGISMO constitui-se em sério problema porque, comprovadamente, afeta a saúde dos fumantes, bem como das pessoas que com eles convivem em ambientes poluídos pela fumaça do fumo...
“Principalmente nas mulheres, provoca-lhes o envelhecimento precoce, pois tem em seus componentes terrível e poderoso poluente, responsável pela produção de radicais livres que aceleram o processo de envelhecimento do organismo, transformando ainda a pele flácida, pálida e sem brilho.” (Jornal de Casa, 01 a 07/06/97, Caderno Corpo e Mente, pág. 9)
Outro jornal diz o seguinte:
"O cigarro em um dos piores inimigos da pele. Além de contribuir para a formação dos radicais livres - que provocam o envelhecimento da pele - ele também provoca o ressecamento da pele e contribui para as rugas precoces, principalmente na região em torno da boca e olhos." (Estado de Minas, 05.03.95, pág. 10).
Os fumantes, quando comparados aos que nunca fumaram têm risco de 100% a 800% mais de contrair infecções respiratórias bacterianas, viróticas agudas e crônicas, câncer de boca, laringe, esôfago, pâncreas, rim e bexiga, doenças circulatórias como aneurisma da aorta e distúrbios em vários órgãos.
Os riscos do aparecimento destas doenças estão diretamente condicionados à quantidade de cigarros consumida e tempo de tabagismo. São identificados no fumo numerosos componentes e alguns deles cancerígenos. A nicotina, uma das substâncias do cigarro, é causadora de dependência e atua diretamente no sistema nervoso central. A ação do cigarro sobre o coração e vasos é especialmente exercida pela NICOTINA e o MONÓXICO DE CARBONO. A nicotina provoca alteração dos batimentos cardíacos (batedeira) e elevação da pressão arterial. O monóxido de carbono reduz a oxigenação das células, altera o colesterol do fumante, provocando arteriosclerose (entupimento das artérias). As obstruções coronárias nos fumantes em comparação com não fumantes ocorrem de 90% a 155% a mais conforme o consumo de 1 a 19 ou 20 e mais cigarro/dia.” (Ely Marcus Joviano Santos, Diga Não às Drogas, pág. 22)
Além de todos esses danos, é relevante levar em consideração o mau cheiro que o vício deixa no viciado e até nas pessoas que convivem com ele. Os fumantes não percebem que estão fétidos, mas, como eles são atualmente menos de vinte por cento da população, não vale a pena se unir a essa minoria e tornar-se repulsivo diante de setenta em cada cem pessoas (digo setenta, levando em conta que mais de dez podem já ter-se adaptado ao ambiente poluído e perdido a aversão natural à repelente fumaça). Só esse fato já deveria ser, para quem se preza, boa razão para estar distante do vício. Conjugando-o com o extenso catálogo dos malefícios ao organismo, parece difícil entender por que ainda existem quase vinte em cem pessoas se dando a esse hábito repugnante.
Ademais, o fumante enfrenta hoje as restrições legais, que tendem a se ampliar à medida que o legislador ainda as considere insuficientes para coibir os desrespeitos aos ambientes públicos.
Se você, que perdeu a aversão natural ao tabaco e hoje o acha agradável, não se preocupa com o envelhecimento precoce e todos os outros riscos, lembre-se de que, para a esmagadora maioria da população, você é um indivíduo fétido, incômodo aos outros. Isso não é um discriminação sem razão, mas é uma sensação normal de uma pessoa cujos sentidos não foram pervertidos. Fume perto de um bebê, e você verá o quanto ele ficará incomodado. Isso ocorre porque todos os seus sentidos ainda estão normais.