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Artigos-->CORONEL FACUNDO, MEU PARENTE. -- 23/10/2004 - 16:08 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CORONEL FACUNDO, MEU PARENTE.

(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).

Mário Ribeiro Martins*







Um outro Coronel importante da Guarda Nacional, na região de Brotas de Macaúbas, na Bahia, foi o Coronel FACUNDO JOSÉ DA CUNHA que era tio legítimo do meu bisavô, o Coronel Isidório Ribeiro dos Santos. Este Coronel Isidório era pai do meu avô Gasparino Francisco Martins. Este Gasparino, por sua vez, era pai de Adão Francisco Martins, o meu pai.



Coronel Facundo José da Cunha nasceu na Fazenda Salinas, no antigo Fundão de Brotas ou Jordão de Brotas, hoje município de Ipupiara, na Bahia, em 1856, nas proximidades da estrada que liga hoje(2004) Ipupiara a Gentio do Ouro. Permaneceu sempre nesta região como Fazendeiro e Agricultor.



Em 21.03.1907, com 51 anos de idade, Facundo José da Cunha foi nomeado pelo Presidente da República Affonso Augusto Moreira Penna(conforme diploma em poder do autor destas notas) Tenente Coronel Comandante do 299º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, da Comarca de Macaúbas, no Estado da Bahia. Fora também nomeado neste mesmo dia(21.03.1907), só que com 19 anos de idade, o seu sobrinho, o Tenente Coronel Artur Ribeiro dos Santos.



Na verdade, tratava-se de uma CARTA PATENTE datada de 29.10.1905. Mas até que este documento chegasse ao interior da Bahia para que o novo Tenente-Coronel prestasse o compromisso legal, levou muito tempo, pois só em 26.06.1907 a Secretaria Geral do Quartel General do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado da Bahia, sob o registro de fls.122, do livro 6º de Patentes, deu a declaração de que o BENEFICIADO tinha prestado o compromisso. Porém, o Coronel Facundo já tinha uma outra Patente, a de número 2476, concedida por um Decreto de 28.01.1898, portanto, quando o Coronel tinha 42 anos.



Nesta época, seu sobrinho mais velho Coronel Isidório Ribeiro dos Santos já era Comandante do 298º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, sediado na Chapada Velha. Era uma família de Coronéis. As patentes de Coronel, Tenente-Coronel e Capitão eram concedidas a homens de notório prestígio e poder financeiro.



Afonso Pena, como se sabe, governou o Brasil de 15.11.1906 até 14.06.1909, quando faleceu, sendo substituido pelo seu Vice-Presidente, Nilo Peçanha. Este Nilo apoiou Rui Barbosa, mas foi eleito Presidente da República do Brasil, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca que governou de 15.11.1910 a 15.11.1914. No governo do Marechal se deu a extinção da Guarda Nacional, consumada em 1911, legando ao Exército a condição de único responsável pela ordem interna do Brasil.



O Coronel, título concedido pela Guarda Nacional, era sempre o latifundiário, o grande proprietário rural, que dominava a política e a economia do municipio. Mas a disputa pelo poder nos municipios era sempre resolvida pelos diferentes coronéis locais. O coronel tinha com a população de sua região, um compromisso de vida e morte.



Em 1911, quando tinha 55 anos, e em virtude da extinção da Guarda Nacional, mudou-se o Coronel Facundo para a Ribeira(Santana), região do hoje ENTRONCAMENTO DO JAVI, na Bahia, continuando como Fazendeiro e Comerciante, no municipio de Cotegipe.



Nesta região da Ribeira, em Santana, na Bahia, nasceu um dos ilustres filhos do Coronel Facundo, conhecido como JOÃO DA CRUZ CUNHA, no dia 24.11.1917, hoje(2004) dedicado comerciante na cidade de Ipupiara, onde já foi de tudo um pouco, no vigor de seus 87 anos. Mas o Coronel Facundo deixou também outros filhos, entre os quais, Júlia Cunha Barreto, mãe do Engenheiro Agrônomo Deraldo Cunha Barreto Filho.



Aliás, foi ele(João da Cruz Cunha) que reuniu cerca de 60 cavaleiros para garantir a posse do meu pai Adão Francisco Martins, como Prefeito de Brotas de Macaúbas, na presença do Juiz de Direito da Comarca, Dr. Sebastião, genro do Coronel João Arcanjo Ribeiro, em 1946, quando meu pai foi nomeado Prefeito, pelo Interventor Federal na Bahia, General Cândido Caldas. É que a população de Brotas, sede do municipio, não admitia que o prefeito nomeado viesse do JORDÃO, um dos Distritos.



De qualquer forma, meu pai permaneceu como Prefeito até abril de 1947, quando, terminada a “interventoria” na Bahia, o Governo Estadual foi passado para o Governador eleito pelo povo, Otávio Mangabeira e realizadas as eleições municipais, inclusive em Brotas de Macaúbas. Em 03.05.1950, meu pai Adão Francisco Martins, mudou-se para Morpará, às margens do Rio São Francisco, onde fundou a “Loja Primavera”, de tecidos, além de ter sido Vereador, vinculando-se, neste mesmo ano, à Loja Maçônica HARMONIA E AMOR, de Juazeiro, pertencente à GRANDE LOJA DO ESTADO DA BAHIA.



Em 1920, com 64 anos, o Coronel Facundo transferiu-se para Ibotirama, na Bahia, às margens do Rio São Francisco, onde abriu uma Loja de tecidos. Em 1922, mudou-se para Oliveira dos Brejinhos, também na Bahia, estabelecendo-se como comerciante.



Retornou à sua terra natal(Fundão, Jordão e Ipupiara), em 1926, com 70 anos de idade, continuando como comerciante e fazendeiro.



Em 1940, quando se encontrava na Fazenda Salinas, de sua propriedade, no hoje municipio de Ipupiara, faleceu com 84 anos de idade, deixando uma família extraordinária, cujos membros se tornaram figuras representativas na Chapada Diamantina, na Bahia. João da Cruz, residente e comerciante em Ipupiara e de quem se ouve estórias fantásticas, teve os seguintes filhos, entre homens e mulheres: Jaci Cunha, Lindaura Cunha, Facundo Cunha Neto, Deusdete Cunha, Hélio Cunha, Olga Cunha e José Cunha. Entre suas estórias, está a do pé de umbú da vó Maria que se localiza num triângulo entre a Chiquita, o Olhodaguinha e a Mata.







Mário Ribeiro Martins

é escritor e Procurador de Justiça.

(mariormartins@hotmail.com)

Home Page:www.genetic.com.br/~mario.

Fones:(063)2154496. Celular:(063) 99779311.

Caixa Postal 90, Palmas,

Tocantins,77001-970.

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