Alguns religiosos pensam que a Páscoa seja prova segura de que os judeus foram escravos no Egito e escaparam de lá milagrosamente. O que não observam é que a própria Bíblia afirma essa festa não foi celebradas continuamente por eles desde o tempo que diz ter ela sido instituída.
“A páscoa judaica comemora a saída da nação israelita do Egito. Nesta cerimônia os israelitas celebram por quase 3500 anos a saída da escravidão. Este evento foi o marco inicial da nação judaica, sendo até o dia de hoje lembrado entre os hebreus através da Seder (refeição tradicional) e da Hagaddah (história da saída do Egito). Mesmo assim existem vários eruditos judeus e cristãos que acreditam que o êxodo nunca aconteceu”. (Randall Price e Márcio Falcão, teólogos do Centro Apologético Cristão de Pesquisas).
O que ocorre, que os referidos teólogos não observaram, é que a própria Bíblia mostra que os judeus não comemoram a páscoa durante todo esse tempo.
Quando Josias, rei de Judá, realizou uma reforma do templo de Yavé em Jerusalém, apareceu no templo um livro que contava uma versão da origem dos hebreus e trazia uma lei dada por Yavé a Moisés, patriarca que teria libertado Israel de um cativeiro egípcio. Entre os rituais constante da lei de Yavé, estava a comemoração denominada "pesach".
"Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto. Pois não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos dias dos reis de Judá" (II Reis, 23: 21,22).
Aí está bem claro que os judeus não conheciam tal páscoa constante do livro achado no templo. O livro contém uma história que contradiz a muitas informações arqueológicas sobre a história e a geografia. Isso reforça a conclusão de que tudo tenha sido montado pelos escribas de Josias. Destarte, a páscoa não é nenhuma prova de que tenha ocorrido a servidão e o êxodo. Ela pode e deve ter sido inventada assim como muitos outros detalhes da história patriarcal.