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Artigos-->O PREDITO MESSIAS E O CRISTIANISMO -- 24/11/2001 - 21:20 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Cristianismo se baseou em adaptação de textos do velho testamento ao Jesus de Nazaré, e os apóstolos foram tão convincentes, que em alguns séculos até o imperador romano foi persuadido pela doutrina.



No profeta Miquéias, estava predito o ungido, messias em hebraico, cristo em grego, não para ser morto, mas para reinar com grande poder:



“Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até o tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora ele será grande até os fins da terra. E este será a nossa paz. Quando a Assíria entrar em nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, então suscitaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens. Esses consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim ele nos livrará da Assíria, quando entrar em nossa terra, e quando calcar os nossos termos. E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filhos de homens. Também o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leão novo entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre. A tua mão será exaltada sobre os teus adversários e serão exterminados todos os seus inimigos. Naquele dia, diz o Senhor, exterminarei do meio de ti os teus cavalos, e destruirei os teus carros; destruirei as cidade da tua terra, e derribarei todas as tuas fortalezas. Tirarei as feitiçarias da tua mão, e não terás adivinhadores; arrancarei do meio de ti as tuas imagens esculpidas e as tuas colunas; e não adorarás mais a obra das tuas mãos. Do meio de ti arrancarei os teus aserins, e destruirei as tuas cidades. E com ira e com furor exercerei vingança sobre as nações que não obedeceram.” (Miquéias, 5: 2-15).



E Zacarias afirmou: “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome.” (Zacarias, 14: 9).



Todavia, o profeta Daniel, cujo livro já foi dito ter sido escrito em época posterior ao início do Cristianismo, e não durante o reinado babilônico, prevê o ungido sendo morto por um assolador, que se encaixa muito bem ao império romano: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador.” (Daniel, 9: 25-27). As profecias de Daniel têm uma coincidência muito grande com os fatos até próximo do fim do primeiro século da Era Cristã, só perdendo o rumo da história posteriormente.



O texto de Daniel, entretanto, ao combinar com a história dos evangelhos, se contradiz totalmente com as outras predições, especialmente a de Miquéias, que mostra o messias surgindo nos dias da Assíria, derrotando-a e livrando do seu jugo o restante do povo de Israel, que estava separado de Judá. Sabemos que nada disso se cumpriu. O livro de Daniel, a julgar pela sua linguagem, parece ter sido escrito nos dias cristãos, razão por que é totalmente diferente dos outros livros do Velho Testamento, falando de “messias” morto e o estabelecimento do reino eterno após uma “grande tribulação”, que os evangelhos de Mateus e Lucas apontam como a dispersão dos judeus iniciada com o cerco e a destruição de Jerusalém, ocorrida no ano 70. E os evangelhos, diferentemente do que está escrito por Miquéias, usaram vários outros textos referente a temas diversos como aplicados a Jesus.



Jesus não foi o único que apareceu dizendo ser o messias.. O livro Atos dos apóstolos afirma que, quando as autoridades pretendiam matar alguns apóstolos cristão, “...levantando-se no sinédrio certo fariseu chamado Gamaliel, doutor da lei, acatado por todo o povo, mandou que por um pouco saíssem aqueles homens; e prosseguiu: Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que estais para fazer a estes homens. Porque, há algum tempo, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; ao qual se ajuntaram uns quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos e reduzidos a nada. Depois dele levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos após si; mas também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. Agora vos digo: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque este conselho ou esta obra, caso seja dos homens, se desfará; mas, se é de Deus, não podereis derrotá-los; para que não sejais, porventura, achados até combatendo contra Deus.” (Atos, 5:34-39).



O grande sucesso do Cristianismo se deveu à adaptação pelos evangelistas de vários textos do velho testamento como previsão sobre Jesus:



Mateus disse que o Nascimento de Cristo de Maria era o cumprimento do que fora predito:

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mateus, 1:23).



Mas o profeta falava da ingratidão do povo de Israel e do filho que nasceria da profetisa sua esposa:



“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será desolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo. Mas o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá, isto é, fará vir o rei da Assíria.” (Isaías, 7: 14-17).



Prossegue um pouco adiante:



“E fui ter com a profetisa; e ela concebeu, e deu à luz um filho; e o Senhor me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Has-Baz. Pois antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco, e os despojos de Samária, diante do rei da Assíria.” (Isaías. 8: 3). Aí ficou mais claro de quem o profeta falava.



O mesmo Mateus escreveu ainda outra, referindo-se a Jesus:



“... e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho” (Mateus, 2: 15).



Mas, ao ler Oseias, 11:1, 2, temos: “Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho. Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas.”



Oséias estava falando da nação Israel, referindo-se à sua estada no Egito, nada de predição sobre Cristo.



Pedro também argumentou que Davi tivesse predito a ressurreição de Cristo:



“pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção” (Atos, 2: 27).



O que está escrito no Salmo 16 é um hino em que Davi expressava a sua confiança no seu deus, que não o desampararia, dizendo no versículo 10: “Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.”



E, assim, os cristãos conseguiram progresso no Império Romano, até conquistar o imperador, preparando o caminho para o Cristianismo sangüinário que vigorou na Roma papal. E a Reforma Protestante diversificou o Cristianismo, que deixou de cometer as suas atrocidades após perder o poder político.



Veja também O SUCESSO DE JESUS CRISTO



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