A justiça do Brasil está fazendo jus ao seu símbolo, uma balança e uma mulher.
Uma balança enferrujada.
Uma mulher de olhos vendados.
Que a justiça é cega não resta a menor dúvida.
Cega diante dos desmandos de políticos e empresários corruptos que roubam descaradamente o dinheiro dos impostos pago pelos assalariados que constroem esta nação com suor e sangue.
A balança só pende para o lado dos poderosos que manipulam a justiça e a lei conforme suas conveniências.
Os digníssimos juizes acham que estão acima da lei e do bom senso.
Proibiram o uso de algemas em bandidos ricos e poderosos.
Algemaram e deram um xeque-mate na dignidade do povo de um país que tinha tudo para ser de primeiro mundo, mas as tramóias e falmacutaias têm o aval de quem deveria defender o direito de todo um povo.
“Todos são iguais perante a lei”.
Isto está escrito na Constituição que é usada somente para massacrar o pobre.
Porque este mesmo pobre quando é pego roubando uma lata de margarina barata é humilhado e jogado dentro de uma cela com criminosos de alta periculosidade?
Porque este mesmo pobre antes e depois de ser algemado tem que levar tapa na cara?
Que juizes são estes que enxergam em uma só direção?
São míopes?
Ou estão legislando em causa própria para quando precisarem ser investigados já ter suas mordomias garantidas?
Recentemente a justiça gastou uma fortuna para trazer um marginal da Itália, ele estava preso e bem preso.
Aqui, quanto tempo o Cacciolla vai ficar na cadeia?
Tenho certeza que em breve os cidadãos honestos deste país terão esfregado na cara uma manchete dizendo que um juiz concedeu uma liminar para soltá-lo.
Que justiça é esta?
Quem é mais ladrão?
O que assalta na rua ou o que nem se dá ao menos se dá ao luxo de sair do seu gabinete ou salas acarpetadas para roubar?
Quem é mais assassino?
O traficante da favela ou estes sacanas que roubam o dinheiro da saúde fazendo com que milhares de pessoas morram à mingua suplicando um atendimento que não vem?
Quem merece ser algemado?
Com a palavra os juizes e todo cidadão de bem com coragem de dar sua opinião.