S. A. - Sturm-Abteilung: força policial organizada em 1921 por Rudolf Hess, principalmente com estudantes (mais tarde comandada por Goering), os “soldados políticos” das S. A. começaram a ter vida própria depois do Putsch de 1923. A violência dos S. A., comandada pelo seu Chefe de Estado-Maior, capitão Roehm, foi incentivada pelos nazistas, com vista à tomada do poder na Alemanha. Após a ascensão dos nazistas, o choque entre as S. A. e a Reichswehr (Exército profissional) se tornou inevitável, com o assassinato de Roehm no dia 30 Jun 1934 e a dizimação do Alto Comando das S. A., processo assim descrito por Hess: "cada décimo homem, sem qualquer investigação, inocente ou culpado, foi alcançado por uma bala.” A violência interna foi entregue por Hitler à S.S. de Himmler, enquanto preparava a Reichswehr para a violência externa. Veja NAZI, Putsch e S.S.
Sabra e Chatila - Locais de campos de refugiados palestinos, no Sul do Líbano, nos quais ocorreu massacre na noite de 16 para 17 Set 1982, em área sob controle das Forças de Defesa de Israel (IDF). Os autores do massacre foram milicianos cristãos, liderados por aliados de Israel na invasão do Líbano, ocorrida naquele mesmo ano. Ariel Sharon, então Ministro da Defesa de Israel, consentiu o ataque, segundo comissão de inquérito realizada em Israel. Foram massacrados em torno de 800 pessoas, incluindo velhos, crianças e mulheres grávidas. Elie Hobeika, ex-ministro do Líbano, acusado de comandar as milícias cristãs nos massacres, morreu em uma explosão de carro-bomba, junto com 3 guarda-costas, no dia 24 Jan 2002. Veja Intifada, Irgun, Massacre de Deir Yasin, Stern e Sionismo.
Sacra Corona Unita - Facção da Máfia do Sul da Itália; atua também na América do Sul, Albânia, Grécia e Suíça. Veja Máfia.
Saiqa - Movimento terrorista controlado diretamente pelo Governo sírio, para ataques contra Israel. Veja Intifada e Sionismo.
Salafismo - Teoideologia formulada na versão radical do islamismo no século XVIII, baseada no Wahabismo (fundamentalismo islâmico). Veja Al-Qaeda e Fundamentalismo.
SALT - Strategic Arms Limitation Talks (Conversações sobre Limitação de Armas Estratégicas): EUA e antiga URSS. Veja START.
SALT I - Acordo de 1972 (limitação de arsenais nucleares): EUA e antiga URSS. Veja START.
SALT II - Acordo de 1979 (limitação qualitativa das armas nucleares): EUA e antiga URSS. Veja START.
SAMHSA - Substance Abuse and Mental Health Services Administration: órgão do Governo dos EUA voltado para a prevenção de uso de drogas, tratamento para viciados e saúde mental. Veja Drogas e www.samhsa.gov.
Samizdat - Sistema de contrabando de manuscritos de intelectuais soviéticos para o Ocidente. Às vezes, a própria KGB estava por trás desses contrabandos, recebendo elevadas somas de dinheiro por obras proibidas na União Soviética que eram publicadas no exterior. Nesses casos, os manuscritos eram confiscados das residências dos dissidentes e remetidos ao Ocidente à revelia do autor. Em 1967, 3 livros sobre expurgos e campos de concentração tinham sido contrabandeados para o Ocidente: “Tempestade de Areia”, de Galina Serbryakova, “A Casa Abandonada”, de Lydia Chikovskaya, e “Uma Jornada ao Furacão”, de Evgenia Ginzburg. Veja Convergência, Desestalinização, Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Kulak e Lubianka.
Sandinista - Integrante dos revolucionários da FSLN (Nicarágua). Veja “Contras”, FSLN e La piñata.
Sans-culotte - (Francês) “Sem calção”: apelativo por que eram tratados os revolucionários de 1789 - o povo em geral -, por usarem calças em vez de calções. Veja Revolução Francesa.
Santo-daime - Bebida alucinógena, familiar entre a população ribeirinha dos vales dos rios Purus e Juruá, no Acre. O mesmo que Ayahyasca (Peru) e Mariri (nome dado pelos indígenas do Acre). Veja Drogas.
“Santuário” - Antigamente, a palavra “santuário” era ligada à coisa sagrada. Hoje, denomina refúgio de terrorista e traficante de droga. Os principais “santuários” e patrocinadores de terroristas são os seguintes países: Afeganistão (Talibã), Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão. Os países suspeitos são: Arábia Saudita, Argélia, Autoridade Palestina, Bahrain, Bósnia-Herzegovina, Catar, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. Veja Al-Qaeda, Síndrome de Nova York e Terrorismo.
Sarakin - Famosos agiotas japoneses. Veja Sokaiya e Yakuza.
SARDA - Society for the Aid and Rehabilitation of Drug Abusers (Sociedade para a Assistência e Reabilitação dos Usuários de Drogas). Veja Drogas.
Sarin - Gás agente de nervos (Guerra Química).
SAS - 1. Special Air Service (Serviço Aéreo Especial): organização de elite britânica. Missões: infiltração profunda, para observar o movimento do inimigo; eliminação de terroristas; recuperação de reféns; proteção de autoridades etc. Comparada à Sayeret Mat’kal (Israel), à Delta Force (EUA) e à Spetsnaz (Rússia). 2. Special Air Service (Serviço Aéreo Especial): força antiterrorista da Austrália.
SAVAK - Sazman-i Amniyat va Ittila’at Kishvar (Organização Nacional para a Segurança e as Informações): antigo Serviço Secreto do Xá do Irã, até a Revolução Iraniana de 1979, quando foi absorvida pela VEVAK.
SAVAMA - O mesmo que SAVAK.
Savonarola - Reformador incendiário, que atuou no século XV em Florença, Itália. Veja Carbonário.
Sayan - Ajudante ou assistente do Mossad (judeu da diáspora espalhado pelo mundo). O Sayan nunca sabe para o que está sendo utilizado. Veja Mossad e Sionismo.
Sayeret Mat’kal - Comando israelense, comparado à Flotilha 13 (naval, de Israel), à Delta Force (EUA), à SAS (Reino Unido) e à Spetsnaz (Rússia). Força de elite antiterrorista formada em 1957, suas ações incluem: destruição de 13 aviões no aeroporto de Beirute (1968), resgate do seqüestro de avião no aeroporto de Lod (1972), responsável pela morte do subcomandante da OLP, Abu Jihad (1988) e o seqüestro do comandante do Hezbollah, Sheikh Abdel Karim Obeid. Junto com o Sayeret Tzanhanim (CI Rec da 35ª Bda Pqdt) e o Sayeret Golani (Cia Rec da 1ª Bda Inf Golã), o Sayeret Mat’kal libertou 103 reféns israelenses em Entebe, Uganda, em 1976. Veja Entebe, Intifada, Mossad, Seqüestro de aviões, Sionismo e Terrorismo.
Sayeret Tzanhanim - Força Especial pára-quedista de reconhecimento de Israel, que se notabilizou por raptar um radar soviético ultra-secreto de uma base egípcia, em 1969, na chamada “Guerra de Atrito” junto ao Canal de Suez. Veja Entebe e Sayeret Mat’kal.
Sayerot - Força Especial israelense (unidades de reconhecimento): todos os militares da Sayerot são voluntários, com instrução antiterrorismo. Em tempo de paz, ficam sob controle de Comandos de Unidade e Territorial, dispostos ao longo das fronteiras, atrás das linhas inimigas e nos territórios ocupados. Na guerra, operam em níveis Brigada e Divisão, e suas missões incluem: coleta de informações em tempo real, missões de reconhecimento das Forças de Brigada e Divisão aos alvos pretendidos e condução de ataques atrás das linhas do inimigo. Veja Intifada, Mossad, Sayeret Mat’kal, Sionismo e Terrorismo.
SBIC - Seção Brasileira da Internacional Comunista. Veja Intentona Comunista, Komintern e PCB.
Schupo - (Alemão) Schutzpolizei (Polícia nazista). Veja NAZI, S. A. e S. S.
Schutzbund - (Alemão) Contingentes armados de social-democratas austríacos. Seus membros acharam refúgio na União Soviética em 1934, depois da derrota na Guerra Civil contra os nazistas, quando promoveram um banho de sangue em Viena. Esse foi um dos motivos da anexação da Áustria à Alemanha, em 1939, conhecida como “Anschluss”, causa inicial da II Guerra Mundial. Veja NAZI.
SCI - Solidariedade Cristã Internacional: ONG com sede na Suíça, que desde 1995 até 1999 já libertou mais de 11.000 escravos no Sudão, comprados a US$ 35.00 (trinta e cinco) dólares cada pessoa, em média. Veja CSI.
Scotland Yard - Polícia inglesa.
SD - Sicherheitsdienst: Serviço de Inteligência e Segurança, entregue por Hitler a um ex-oficial da Marinha, Reinhard Heydrich, para vigiar as S. A. de Roehm. Veja NAZI e S.A.
SDECE - Service de Documentation Exteriéure et de Contre-Espionnage (Serviço de Documentação Exterior e Contra-Espionagem): substituiu, na França, a DGER (Direction Générale d’Etudes et Recherches – Direção Geral de Estudos e Pesquisas).
SDI - Strategic Defense Initiative (Iniciativa de Defesa Estratégica): conhecida como “Star Wars” (“Guerra nas Estrelas”), seria um sistema de defesa dos EUA contra ataque de mísseis nucleares. Veja SALT e START.
SEALs - Seal Team Six: Sea, Air, Land (Mar, Ar e Terra): força antiterrorista da Marinha dos EUA (USN SOF). Veja Síndrome de Nova York e Terrorismo.
Sebastianismo - Forma de messianismo existente em Portugal, que se estendeu ao Brasil. Veja Messianismo.
Secessão, Guerra de - Guerra Civil americana, luta dos Estados do Sul dos EUA (latifundiários, aristocratas e escravagistas) contra os Estados do Norte (industrializados e abolicionistas). A Guerra inicia em abril de 1861 e termina em abril de 1865, com a derrota do Sul e o fim da escravatura. Veja Cavaleiros da Camélia Branca, KKK (Ku-Klux-Klan) e Racismo.
Second Coming - Segunda Vinda: seita cristã dos EUA, pretende criar um clone de Jesus Cristo a partir do sangue encontrado no Santo Sudário. Veja Messianismo.
Sede de Inteligência - Nome do Serviço de Espionagem japonês, cuja criação foi aprovada pelo Parlamento em 22 Mai 1996. Dá ênfase ao acompanhamento da situação militar na Ásia.
Seita dos Assassinos - Tem sua origem nos ismaelitas xiitas. O termo “assassino” vem de “haxixe”.
“Semana Rockfeller” - Em junho de 1969, por ocasião da visita do Governador Nelson Rockfeller ao Brasil, houve depredação da Biblioteca Thomaz Jefferson (Rio), bombas no Instituto Brasil-Estados Unidos (Fortaleza), no jornal “O Globo” (Rio) e na União Cultural Brasil-Estados Unidos (São Paulo).
SEMTEX-H - Explosivo plástico de grande poder de destruição. Utiliza PETN e RDX, entre outros. Veja Fedayn e Terrorismo.
SENAD - 1. Secretaria Nacional Antidrogas (Brasil): possui links relacionados a entidades antidrogas, como CEBRID, CIDAD/OEA, NCADI, NEPAD, NIDA, OGD, PROAD E UNDCP. Veja esses verbetes, Drogas e www.senad.gov.br. 2. Secretaria Nacional Antidrogas (Paraguai).
Sendero Luminoso - (Em inglês, Shining Path): tem origem no Partido Socialista do Peru, fundado por José Carlos Mariátegui em 1928. O grupo guerrilheiro foi fundado em 1974, como Partido Comunista do Peru-Sendero Luminoso (PCP-SL). Em 1964 já havia sido formado um núcleo em volta de Abimael Guzmán Reynoso, na Universidade de San Cristóbal de Huamanga, em Ayacucho - a Frente Estudantil Revolucionária (FER). Guzmán é também conhecido como “Presidente Gonzalo”, “Puka Inti” e a “Quarta Espada do Marxismo”, após Lenin, Stálin e Mao. O início do levante aconteceu em 17 Mai 1980. O Grupo sonha derrubar o Governo peruano e instituir um regime revolucionário de camponeses, de linha maoista, com ingredientes nacionalistas indígenas. Envolvido no comércio da cocaína, o SL utiliza-se de carros-bombas e assassinatos seletivos, como prefeitos e juizes de cidades pequenas, militares e policiais de baixa patente, comerciantes e camponeses. Já matou mais de 25.000 pessoas; chegou a possuir entre 5.000 e 7.000 homens (em 1995, o número tinha caído para cerca de 400). Guzmán foi capturado em 12 Set 1992, durante o Governo Fujimori, ocasionando prisões de outros líderes, defecções e programa de anistia para terroristas arrependidos. Nome completo do Grupo: Partido Comunista del Perú por el Sendero Luminoso de José Carlos Mariátegui. Após cartas de Guzmán ao Presidente do Peru, em Set e Out 1993, propondo conversações para acordo de paz, aparecem duas correntes: uma liderada por Guzmán, a favor de um acordo de paz, e outra liderada por Oscar Alberto Ramirez Durand (“Feliciano”), a favor da luta armada. “Feliciano” foi capturado em julho de 1999. Uma facção dissidente do SL chama-se “Sendero Rojo”. Veja MRTA.
Separatismo - Os movimentos separatistas não ocorrem apenas em países pobres ou em conflito com muçulmanos. Há também movimentos separatistas na Europa, ostensivos ou latentes: Escócia, Irlanda do Norte (IRA), Espanha (País Basco – ETA, Galícia e Catalunha), França (Bretanha, Córsega e País Basco), Itália (Padânia), Bélgica (Flandres e Valônia), Alemanha (Baviera), Iugoslávia (Kosovo), Romênia (Transilvânia – retirada do domínio húngaro após a I Guerra Mundial). No Canadá, há separatistas que querem a independência da Província de Quebec. No Brasil, existe o movimento “O Sul é meu país”, que prega a separação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para a formação de um novo país. Veja ETA, IRA e Lega Nord.
SEPES - Sociedade de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais: seção brasileira da World Anti-Communist League (WACL). Veja CAMDE, Comunismo, Escolas de subversão e espionagem, IBADE, Instituto 631, IPES, Komintern, Macartismo, Marxismo, Novilíngua, OLAS e Politicamente correto.
Seqüestros - Uma arma bastante utilizada pelas organizações terroristas brasileiras para libertar presos terroristas foi o seqüestro de diplomatas, como o Embaixador norte-americano, Charles Burke Elbrick, em 1969. “Jornais dos EUA e da Inglaterra chegaram a defender o sacrifício de alguns embaixadores, para desestimular a continuação desse tipo de chantagem, que se estava generalizando. (...) O Governo brasileiro, porém, continuava na política que traçara desde o primeiro seqüestro que se verificou no país. Considerava a proteção da pessoa como um dever para com a comunidade internacional, além de uma imposição de consciência humanitária brasileira. Eram os verdadeiros ‘direitos humanos’, não de bandidos ou terroristas, mas das vítimas” (Del Nero, in “A Grande Mentira”). Em março de 1970, houve 6 seqüestros políticos na América Latina, sendo que o Embaixador alemão na Guatemala foi assassinado. Veja ALN, Escolas de subversão e espionagem, MR-8, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Seqüestro de aviões, Tricontinental e VPR.
Seqüestros de aviões - A China comunista inventou o terrorismo do ar, criando cursos especiais para ensinar aos terroristas como seqüestrar aviões. Os “terroristas do ar” nunca eram chineses, eram sempre recrutados entre as guerrilhas árabes e comunistas em todas as partes do mundo. Como no caso da “Operação Drogas”, a URSS logo em seguida copiou o modelo de terrorismo chinês. De todos os “terroristas do ar”, a mais conhecida foi Leila Khaled (ao menos até os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001), natural de Honduras, onde nasceu em 1941 e cujo nome verdadeiro era Maria Luna Chaves. Leila foi presa durante a fracassada tentativa do seqüestro do avião do Vôo 219, de Amsterdã a Nova York, da linha El-Al israelense, no dia 6 Set 1970, quando ocorreram múltiplos seqüestros de aviões desviados para a Jordânia, que posteriormente foram dinamitados. Os seqüestradores dos outros aviões exigiram o resgate de Leila em troca da vida dos reféns e, no dia 1º Out, Leila e 6 outros terroristas foram libertados para continuar a seqüestrar e destruir aviões. (Leila, atualmente uma líder da FPLP, também é acusada de ter participado do atentado que matou o Ministro do Turismo israelense, Rehavam Ze’eve, no dia 17 Out 2001.) No dia 11 Set 2001, 4 aviões de companhias norte-americanas, que faziam vôos domésticos, foram seqüestrados por muçulmanos radicais, que atiraram 2 aviões cheios de passageiros contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC) de Nova York, implodindo as torres e matando em torno de 3.000 pessoas; o terceiro avião suicida atingiu o Pentágono, matando 168 pessoas; o quarto avião caiu na Pensilvânia, possivelmente depois da luta dos passageiros contra os seqüestradores. O banco de dados do site http://aviation-safety.net/database/hijackings/ fornece dados de aproximadamente 1000 seqüestros de aviões, a partir de 1947. O ano de 1972 foi o mais terrível, quando morreram 2.256 pessoas em conseqüência de acidentes e seqüestros ocorridos em 73 tragédias. Veja Entebe, Instituto 631, Seqüestros, Setembro Negro e Síndrome de Nova York, e acesse www.airdisaster.com, www.planecrashinfo.com e www.airsafetyonline.com.
Seqüestro de Ministros da OPEP - Em dezembro de 1975, terroristas palestinos seqüestraram 11 ministros da OPEP reunidos em Viena. Ameaçando de morte os Ministros da Arábia Saudita e do Kuwait, os terroristas voaram para a Argélia, onde os reféns e seqüestradores foram libertados. O líder da operação foi Carlos, o “Chacal”. Três pessoas foram mortas na operação. Veja Seqüestros.
Serpentes Negras - O atual PCC (Primeiro Comando da Capital) era inicialmente conhecido como “Serpentes Negras”, organização criada na Penitenciária do Estado (São Paulo), atuante desde 1983. Veja CV (Comando Vermelho), PCC (Primeiro Comando da Capital) e TC (Terceiro Comando).
Serviços Secretos da Guerra Fria - 1) EUA: Central Intelligence Agency (CIA), Defense Intelligence Agency (DIA) (do Pentágono), National Security Agency (NSA) e National Reconnaissance Office (NRO); 2) soviético: GRU e KGB; 3) Reino Unido: Secret Intelligence Service: MI5, MI6 e seu equivalente à NSA, o Government Communications Headquarters (GCHQ); 4) França: DGSE, também conhecida por “La Piscine”, complementada por Groupement de Contrôles Radioélectriques; 5) Israel: Mossad (“o Instituto”); 6) Japão: Naicho (Setor de Pesquisa do Gabinete), subordinado diretamente ao Primeiro-Ministro; Chobetsu: Chosa Besshitsu (reconhecimento aéreo, principalmente da Coréia do Norte, Rússia e China); 7) Alemanha Ocidental: Bundesnachrichtendienst (Serviço Federal de Informações); 8) Alemanha Oriental: STASI; 9) Polônia: Sluzba Bezpeiczenstwa (SB); 10) Romênia: DIE (Organização de Serviços de Informações Exteriores; 11) Brasil: Serviço Nacional de Informações (SNI); 12) Cuba: Dirección General de Inteligencia (DGI). Veja os verbetes citados.
Setembro Negro – O mesmo que Organização Setembro Negro. Veja Fedayn, Intifada, Organização Setembro Negro, Seqüestros, Seqüestros de aviões, Sionismo e Terrorismo.
7th SFG - 7th Special Forces Group: Grande Unidade de Forças Especiais do Exército dos EUA, orientada para emprego na América Latina. Veja Big Brother, Diplomacia de cruzeiro e Guerras americanas.
SFOR - Sustaining (or Stabilization) Force (Força de Sustentação/Estabilização): tropa de OTAN, que teve 33.000 homens/mulheres, com QG em Sarajevo, para implementar o Acordo de Dayton, EUA (1995). A SFOR substituiu a Implementation Force (IFOR). Os EUA chegaram a ter 11.000 homens na República Srpska, da ex-Iugoslávia. Veja Acordo de Dayton e ONU.
Shabak - Polícia Secreta de Israel (ex-Shin Bet): órgão de Segurança e Contra-Espionagem, de estrutura desconhecida, é o mais secreto dos Serviços de Segurança e Informações do país. Veja Mossad.
Shehadin - “Mártires” (em árabe): grupo musical fundamentalista, atuante na Faixa de Gaza, que canta as glórias da morte suicida de islâmicos, em atentados contra israelenses. O grupo propaga as idéias do Movimento de Resistência Islâmica Hamás, que prega uma “guerra santa” (jihad) e sangrenta, sem tréguas, até a total destruição do Estado de Israel. Veja Fedayn, Fundamentalismo, Hamás, Intifada e Sionismo.
Shin Beth - Serviço Secreto de Israel (Segurança Interna), criado em 1948. Atual Shabak. Veja Shabak.
Shindo Renmei - “Liga do Caminho dos Súditos”: seita japonesa ultranacionalista e terrorista, atuante no Brasil depois da derrota do Japão na II Guerra Mundial, que perseguiu imigrantes japoneses que não acreditavam que o Japão havia vencido a Guerra. A seita provocou a morte de 23 pessoas e ferimentos em 147; 31.380 imigrantes japoneses foram fichados por suspeita de ligação com a seita, 1.423 foram acusados pelo Ministério Público, porém só foram aceitas denúncias contra 381. No final de 1946, 80 imigrantes japoneses foram expulsos do Brasil. No Natal de 1956, todos os presos foram libertados. A história da seita foi contada em livro de Fernando Morais, “Corações Sujos”, editado pela Companhia das Letras em 2000.
SHIRBRIG - United Nations Stand-by Forces High Readiness Brigade (Brigada Multinacional de Forças de Pronto Emprego de Alta Prontidão). Veja ONU.
Shiv Sena - Partido ultranacionalista indiano: promove uma “guerra santa” de indianos contra os muçulmanos. Veja Fundamentalismo e Salafista.
Shoah - Holocausto judeu patrocinado pelos nazistas. Veja Campo de concentração, Holocausto, NAZI, Racismo e Sionismo.
SICRIDE - Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas, da Polícia Civil do Paraná. Veja Desaparecidos, www.pr.gov.br/policiacivil/sicride.html e http://ultra/bastecnet.com.br/children.
SIDE - Secretaria de Inteligência da Argentina: teria passado informações secretas do Brasil à CIA, como o sistema de defesa brasileiro, incluindo um dito programa defensivo químico-biológico.
SIDUC - Sistema Interamericano de Dados sobre o Consumo de Drogas. Veja Drogas.
SIG-SAUER 550 - Modelo de fuzil suíço, capaz de disparar 700 tiros por minuto; utilizado pelo crime organizado do Rio de Janeiro, em substituição ao AR-15. Veja CV (Comando Vermelho).
Sikh - Membro de uma seita hindu monoteísta fundada no século XVI. Expatriados e grupos sikhs indianos desejam fundar o Khalistão (“Terra dos Puros”) em território indiano. O terrorismo sikh surgiu após o ataque do Exército indiano contra o Templo Dourado de Amritsar, local mais sagrado dos sikhs, em setembro de 1984, ocasião em que morreram centenas de sikhs. Em 31 Out 1984, Indira Gandhi, 1ª Ministra, foi assassinada por sikhs que pertenciam à sua guarda pessoal. A violência decresceu depois de 1992, embora haja células internacionais ativas de sikhs. Grupos ativos incluem Babbar Khalsa, Força Babbar Khalsa do Khalistão Azad, Frente de Libertação do Khalistão e Força de Comando Khalistão. Veja Fundamentalismo.
Silêncio obsequioso - O Vaticano impôs o silêncio obsequioso ao “teólogo da libertação”, Leonardo Boff, por pregar conceitos católicos contrários à doutrina da Igreja. Veja Centro Tricontinental, Clero progressista, Frades dominicanos, Nova Era e Teologia da Libertação.
SIN - Serviço de Inteligência Nacional: criado por Vladimiro Montesinos no início do Governo de Alberto Fujimori (1990-2000). Era uma vasta rede de informações que permitiu ao Governo derrotar os grupos terroristas Sendero Luminoso e MRTA, mas também espionou a vida privada de empresários, políticos, militares e outras personalidades. Depois da dissolução do Congresso, no “autogolpe” fujimorista, em 1992, o SIN se aliou ao grupo paramilitar COLINA, responsável por muitas execuções sumárias. Veja COLINA, MRTA, Sendero Luminoso e Tribunais sem rosto.
Síndrome da China - Após o vazamento de usina nuclear em Three Mile Islands, nos EUA, acreditava-se que o núcleo combustível em fusão poderia atravessar a blindagem protetora, adentrar o solo e sair no outro lado do planeta, na China! Veja Chernóbyl.
Síndrome da Classe Econômica - Ocorre em vôos de longa duração, p. ex., mais de 10 horas. Há em torno de 200 mortes relacionadas à Trombose de Veias Profundas (DVT, em inglês) – dados de 2001. O caso mais famoso foi o de Emma Christofferson, ocorrido em outubro de 2000, na viagem Melbourne-Londres. Devido à falta de movimentação do corpo, formou-se um coágulo na perna de Emma, o qual, depois de passar pelo coração para a corrente sanguínea, chegou ao pulmão e provocou uma embolia. A síndrome da classe econômica também pode ocorrer em longas viagens de ônibus. O ideal, nas longas viagens, é fazer movimentos com os pés e as pernas a cada 2 horas.
Síndrome da Guerra do Golfo - Inicialmente, acreditava-se que a causa eram problemas psiquiátricos e não definidos; atingiu 36% dos veteranos americanos observados por 2 anos; estudiosos acreditam que possa ter sido a conjugação de pesticidas utilizados na guerra e de pílulas de proteção a eventuais ataques químicos; mais de 1.250 pessoas que serviram na Guerra do Golfo foram avaliados por médicos especialistas do MOD; o Medical Assessment Programme (MAP) é acessível através do “Gulf Helpline”, Tel 0171-807-8778 ou Medical (F&S), MOD Main Building, London, SW1A 2HW. Atualmente, acredita-se que mísseis construídos com urânio depletado (empobrecido) tenham causado os problemas, com uma grande incidência de leucemia em crianças iraquianas (50 a 75% dos casos ocorreram com crianças – dados do Ministério da Saúde do Iraque, confirmados pela ONU) Veja Síndrome dos Bálcãs.
Síndrome de Calcutá - Refere-se à massa de deserdados do planeta, os sem-terra, os sem-teto, os sem-emprego, cuja função primordial é a reprodução, tornando eterno esse círculo vicioso. Calcutá é uma cidade da Índia.
Síndrome de Estocolmo - Afeição que a vítima de um seqüestro passa a ter por seu captor, após longo tempo em cativeiro. Em agosto de 1974, 2 assaltantes mantiveram 4 reféns no cofre forte de um banco, em Estocolmo, Suécia. A polícia cercou o cofre, introduzindo microfone que gravou cada palavra trocada entre os criminosos e os reféns. Assessorados por um psicólogo, os policiais puderam atacar com gás lacrimogêneo no exato momento em que sabiam que os pistoleiros se renderiam sem assassinar os reféns, com quem tinham, àquela altura, feito excelente relacionamento. Os reféns até insistiram para que os criminosos saíssem primeiro, pois temiam que a polícia os abateria depois. Estudos profundos da fita gravada forneceram aos psicólogos elementos que se mostraram muito úteis em situações posteriores. Outros exemplos clássicos da Síndrome de Estocolmo ocorreram nos seqüestros de Patrícia Hersh, filha de um magnata das comunicações (EUA), e de Patrícia Abravanel, filha do apresentador de TV Sílvio Santos, a qual ficou seduzida pelo captor por chamá-la de “princesa”.
Síndrome de Mogadíscio - Depois da morte de 18 soldados americanos na Somália, em 1993, em Missão de Paz, os EUA sofrem do que se chama no Pentágono de “Síndrome de Mogadíscio”. A partir dessa Síndrome, o Presidente Bill Clinton emitiu a “Presidential Decision Directive” nº 25, de 1994, que restringe a participação das Forças americanas em Missões da ONU. Depois do Vietnã, da Somália e do Kosovo - além do futuro Tribunal Penal Internacional, que poderá mover processos contra países -, os EUA só tomarão parte em intervenções humanitárias e de proteção dos direitos humanos se o risco para seus soldados for mínimo. Veja Diplomacia de cruzeiro e Guerras Americanas.
Síndrome de Nova York - Pânico generalizado do povo norte-americano, de ordem psicológica, ocorrido após os atentados suicidas, promovidos por muçulmanos radicais, com aviões domésticos de passageiros, que destruíram as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), de 110 andares cada, em Nova York, e que danificaram uma ala do Pentágono, no dia 11 de setembro de 2001. Às 8:48 h, um avião Boeing 767 da American Airlines, com 92 passageiros, atinge o prédio 1WTC (417 m), entre o 96º e o 103º andar; às 9:03 h, outro Boeing 767, da United Airlines, com 65 passageiros, atinge o 2WTC (415 m), entre o 87º e 93º andar; às 9:43 h, um avião Boeing 757 da American Airlines, com 64 passageiros, atinge a ala Sudoeste do Pentágono, atravessando os anéis “E”, “D” e “C”, matando mais de 100 funcionários; um 4º avião seqüestrado pelos terroristas caiu nos campos da Pensilvânia, quando se dirigia para Washington, provavelmente para atingir a Casa Branca ou o Capitólio. Esses atentados (que mataram em torno de 3.000 pessoas), atribuídos a Osama bin Laden, líder do grupo terrorista Al-Qaeda, levaram os EUA e a Inglaterra a bombardear bases militares e de guerrilheiros no Afeganistão, onde se esconderia bin Laden e seu grupo, protegidos pelo regime dos Talibãs. A paranóia americana aumentou depois que cidadãos norte-americanos foram afetados pelo vírus do antraz, remetidos por carta a várias instituições americanas de renome, como o jornal “New York Times” e o Congresso - temendo toda a população dos EUA um futuro ataque químico, biológico, ou até nuclear. No dia 5 Jan 2002, um jovem de 15 anos, Charles Bishop, aluno de uma escola de pilotagem de avião, lançou um monomotor Cessna 172 contra um prédio do Bank of America, em Tampa, Flórida, sendo a única vítima no atentado. Inspirou-se nos atentados contra o WTC e deixou um bilhete em que expressava sua simpatia por bin Laden. Houve indícios de que poderia haver ataques contra alvos americanos envolvendo aeronaves, ainda em 1993, mas, por que não foi evitado?: “Quando foi desmontada, a célula de Ramzi Youssuf estava em um estágio avançado de planejamento e preparação de uma série de operações espetaculares contra alvos americanos. Uma das mais ambiciosas era atacar o quartel-general da CIA em Langley, no estado da Virgínia, lançando contra o prédio um avião leve carregado com explosivos potentes. Said Akhman era um dos candidatos a piloto suicida nessa operação. Outro plano em que a rede vinha trabalhando pretendia explodir, simultaneamente, onze aviões de companhias aéreas americanas ao se aproximarem de aeroportos nos Estados Unidos” (“Bin Laden”, pg. 165). Outro alerta que poderia ter sido considerado foi o seqüestro de um avião de passageiros feita por argelinos, que pretendiam explodi-lo sobre os céus de Paris na véspera do Natal de 1995; a operação, entretanto, foi abortada a tempo. Veja Al-Qaeda, Escolas corânicas, Fedayn, Fundamentalismo, ISI, Talibã e Transponder.
Síndrome de Raquel - Referente à agressão que a mulher sistematicamente aceita, devido à cultura ainda em vigor em muitas partes do mundo.
Síndrome dos Bálcãs - A utilização de mísseis com urânio depletado (empobrecido), feita pela OTAN contra a Bósnia e o Kosovo, teria provocado o aparecimento de leucemia em muitos soldados da Aliança e de cidadãos da antiga Iugoslávia – a exemplo do que parece ter ocorrido durante a Guerra do Golfo. Mais de 300 refugiados de um bairro de Sarajevo atacado por aviões da OTAN em 1995 com munição de urânio empobrecido já morreram de câncer. Segundo a revista alemã “Der Spiegel”, também foi usado urânio empobrecido pelos EUA em sua intervenção na Somália, em 1993, sob o comando da ONU. Veja Síndrome da Guerra do Golfo.
Sine ira et studio - (Latim) Sem ódio e sem preconceito: máxima do historiador Tácito, que não é seguida por grande parte de escritores e historiadores da atualidade, que omitem e distorcem os fatos, a exemplo da esquerda que atualmente escreve à sua cara a recente História do Brasil – especialmente àquela referente aos governos militares -, apresentando apenas uma face da moeda. Veja Adestramento, Desinformatsya, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, Movimento de Massa e Politicamente correto.
Sinn Fein - Braço político do Exército Republicano Irlandês (IRA). Significa “Só Nós” e tem como presidente Gerry Adams. Veja IRA.
Sionismo - Movimento internacional judaico, que resultou na criação do Estado de Israel, em 1948. A ONU dividiu a antiga Palestina em um território judeu e um território palestino. Os países árabes vizinhos (Egito, Síria, Jordânia e Iraque) não aceitaram a decisão da ONU e empreenderam uma guerra contra Israel, que aumentou em 50% seu território após derrotar os árabes, ocasionando a Diáspora Palestina. Na Guerra de 1967, Israel tomou toda a Península do Sinai, Gaza, a Cisjordânia (incluindo a parte Oriental de Jerusalém) e as Colinas de Golã, aproximando-se, em extensão de terras, do “Grande Israel” ou “Israel Bíblico” – objetivo perseguido pelos judeus ortodoxos até os dias atuais. Com um acordo entre Israel e os palestinos, iniciado em 1993, Gaza e algumas cidades da Cisjordânia, como Jericó, Hebron e Belém, começaram a ser transferidas para a Autoridade Palestina, porém o conflito entre Israel e os palestinos continua até hoje, com a retomada da 2ª Intifada em 2000, tendo em vista o não cumprimento de uma agenda que previa a devolução de toda a Cisjordânia à Autoridade Palestina, e devido à intransigência dos palestinos, que querem fazer de Jerusalém-Oriental sua futura capital. Antecedentes: A 1ª dispersão (exílio) ocorreu em 586 a.C., quando o imperador babilônico Nabucodonosor II invadiu e destruiu Jerusalém (e o Templo de Salomão), e deportou os judeus para a Babilônia (586-538 a.C.). A 2ª diáspora começou a partir da destruição de Jerusalém e do 2º Templo (que havia sido reconstruído por Herodes), feita por Tito em 70 de nossa era, e encerrou-se em 135, depois que os judeus se revoltaram com a paganização da cidade de Jerusalém, feita pelo Imperador Adriano, com um templo dedicado a Júpiter. Após essa revolta, os judeus remanescentes na Palestina foram proibidos de pôr os pés na Cidade Santa, que passa a se chamar Aelia Capitolina, e começam e se espalhar por todo o mundo, ficando um número insignificante deles na Terra Santa. Em 637, começa o domínio árabe sobre a Palestina, permeado por um curto domínio do Reino Latino (Cruzados), de 1099 a 1291, quando foi retomado por Saladino. A partir do início do século XIV, a Palestina se torna parte do Império Otomano, que perdurou até o fim da I Guerra Mundial (1918). Sionismo: O Sionismo, ideologia nacionalista que prega a volta dos judeus à Palestina, começa a tomar corpo principalmente depois das perseguições movidas contra os judeus na Rússia, devido ao envolvimento da judia Vera Figner no assassinato do Czar Alexandre II, em 1881, e do processo na França contra o Capitão Dreyfus, de família judaica, condenado em 1894 por um crime que não cometera. O judeu húngaro Theodor Herzl, autor do livro “Der Judenstaat” (O Estado Judeu), no qual aborda idéias de assentamentos judaicos na Palestina, observando a intolerância contra os judeus na sociedade, especialmente o Caso Dreyfus, organiza, em agosto de 1897, o 1º Congresso Sionista Mundial, na Basiléia, Suíça, ocasião em que afirma: “O sionismo é o movimento do povo judeu em marcha para a Palestina; mas, o retorno à Palestina deve ser precedida pelo retorno do povo judeu ao judaísmo”. O Congresso reuniu 204 dirigentes judeus do mundo todo e as seguintes resoluções secretas foram tomadas em 3 dias de debates: “1) Estimular a colonização da Palestina, povoando-a de judeus, mediante uma emigração metodicamente organizada; 2) Organizar o movimento judeu, unificando suas formações espalhadas pelo mundo; 3) Despertar, reforçar e mobilizar a consciência judia em todas as comunidades; 4) Atuar nos diferentes Estados para obter o apoio e a anuência dos mesmos para o movimento sionista.” (Hussein Triki, in “Eis aqui Palestina”, pg. 53) “Quanto a Herzl, fixou, por sua vez, as fronteiras do Estado, como segue: vão do Nilo ao Eufrates e da margem direita do Nilo ao Mar Vermelho e a margem esquerda do Eufrates, a maior parte do Iraque e a totalidade da Jordânia e da Síria, sem falar, naturalmente, da Palestina.” (Hussein Triki, op. cit., pg. 67). Assim, a partir do Congresso Sionista, começa a ocupação judaica da Palestina, a “Eretz Israel” ou a “pátria histórica dos judeus”, embora outros países fossem propostos para a criação de um novo Estado judeu, como a Argentina, Chipre, o Sinai e Uganda. Em 1880, havia cerca de 20.000 judeus na Palestina (Dictionaire Diplomatique, pg. 204). Em 1914, cerca de 30 kibbutzim já se haviam estabelecido na Palestina, somando 40.00 judeus, embora houvesse crescente restrição dos otomanos. Em 1919, já eram 56.000 (Survey of Palestine, TI, pg. 144). Em 1923, após o recenceamento da Administração Herbert Samuel, a Palestina contava com 757.000 hab., dos quais 83.000 eram judeus. A colonização era feita, principalmente, por meio dos “kibbutzim”, colônias agromilitares de inspiração socialista. Afirmou H. Samuel: “A política que tenho a missão de implementar no nome de S. M. compreende o fomento da imigração judia até o ponto em que haja alcançado um nível tal que permita afirmar o direito dos judeus de criar um governo judeu na Palestina.” Entre 1920 e 1925, a Administração H. Samuel, em cooperação com “El Kahal”, havia introduzido na Palestina 50.000 imigrantes judeus, que vieram principalmente da Rússia e da Polônia; entre eles destacam-se: David Ben Gurión, Golda Meir, Jacobo Shapiro, Haim Gebai, Mordkhai Bentof, Moshe Sharet. Ao final do Mandato britânico, eram 600.000 judeus. Em 1916, os sionistas eram proprietários de 241.000 dunums (1 dunum = 1.000 m²); em 1947, de 1.850.000 dunums. A criação do Protetorado britânico sobre a Palestina, depois da I Guerra Mundial, realizada pela Liga das Nações (precursora da ONU), e a posterior criação do Estado judeu, foi uma traição da Grã-Bretanha ao acordo firmado com o Príncipe Faiçal, da Arábia Saudita, durante a Campanha Árabe, na I Guerra Mundial, no qual se garantia “a unidade dos países árabes e a independência de todos esses países” – traição essa já vislumbrada por Lawrence da Arábia em seu livro “Os Sete Pilares da Sabedoria”, embora não conhecesse o conteúdo do Acordo Sykes-Picot. Lawrence era um oficial inglês, amigo dos árabes, e participou da campanha contra os turcos para a libertação da Península Arábica, Palestina e Síria. Em 1916, o acordo “G.S.I(j)” foi firmado entre os sionistas e o Comando britânico na zona do Oriente Médio, pelo qual os britânicos armaram as brigadas da Hagganah – embrião do futuro Exército de Israel – e ficaram encarregados de seu adestramento na guerrilha. Em 1917, David Ben Gurión e Isaac Ben Zvi formam nos EUA uma brigada de voluntários judeus americanos para combater os turcos no Egito e na Palestina (durante a II Guerra Mundial, a Hagganah tinha cerca de 30.000 militares, entre os quais Moshe Dayan, herói da “Guerra dos Seis Dias”, em 1967). Em 2 Nov 1917, o Governo britânico reconheceu a “Declaração Balfour” – de seu Ministro do Exterior, Arthur, James Balfour – que concedia o direito do estabelecimento de um “lar judeu” na Palestina. No entre-guerras, o Mandato britânico permitiu aos sionistas montar uma indústria bélica, que chegou a produzir “200 metralhadoras por dia, 400.000 cartuchos calibre 9 mm por mês, 150.000 obuses e 30.000 granadas calibre 3 polegadas; sem contar os morteiros pesados e leves e uma indústria muito adiantada de mina”. (Hussein Triki, op. cit., pg. 121). Nessa época, milhares de judeus europeus imigraram para a Palestina, fugindo do nazismo, ocasião em que aumentaram os distúrbios entre árabes e judeus, e surgiram os primeiros grupos terroristas judeus, como o Irgun de Menachen Begin. O hebraico ressurgiu como língua oficial para os judeus na Palestina, graças principalmente ao trabalho de Eliezer Ben-Iehudá. Com o fim da II Guerra Mundial e o holocausto judeu, o movimento sionista passou a exercer uma maior pressão internacional para a criação do Estado judeu. No dia 2 Abr 1947, a Grã-Bretanha solicitou ao Secretário-Geral da ONU, Trygve Lie, a convocação de uma sessão extraordinária da Assembléia-Geral da organização, para estudo da “Questão Palestina”. Em 28 Abr 1947, a AGNU reuniu-se e decidiu, em 5 Mai 1947, a criação da “Comissão Palestina”, composta de representantes de 11 Estados-membros. No final de agosto, foram apresentados 2 projetos diferentes: a) o projeto majoritário sugeria: 1) pôr fim ao Mandato britânico; 2) proceder à partilha da Palestina e criar nela um Estado judeu e um Estado árabe; 3) considerar a cidade de Jerusalém como zona internacional com o patrocínio da ONU; b) o projeto minoritário previa: 1) fim do Mandato britânico; 2) criação de um Estado federal cuja capital seria Jerusalém, que se comporia de um Estado árabe e de um Estado judeu. Em 29 Nov 1947, na Assembléia-Geral da ONU, em Flushing Meadows, EUA, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, foi votada a partilha da Palestina, quando 33 Estados votaram a favor, entre os quais EUA, Rússia e Brasil; treze Estados (10 países islâmicos, Cuba, Grécia e Índia) votaram contra a partilha; e 10 abstiveram-se (entre os quais Grã-Bretanha, Argentina, China e México). Os votos que decidiram a favor da partilha vieram do Haiti, Libéria e Filipinas – considerados países “satélites” dos EUA –, os quais eram inicialmente contra a partilha. Jerusalém teria status de cidade internacional. A ONU destinou aos judeus as terras mais férteis da Palestina, como a planície costeira e a planície do Esdrelon, além do Lago da Galiléia. Embora a população árabe, na época da partilha, comportasse 2/3 da população total da Palestina, de 1.936.000 habitantes, a ONU lhe destinou apenas 42,88% do território, com terras arenosas e pobres. No dia 19 Mar 1948, os EUA apresentaram um projeto ao CSNU, para que fossem suspensas as atividades referente à partilha da Palestina, e que os árabes fossem convidados a concluir um armistício. Em 24 Mar 1948, a Agência Judia repudiou veementemente o projeto americano e que seja posto fim ao Mandato britânico em 15 Mai 1948, e solicita ser reconhecida como Governo de Israel. No dia 9 Abr 1948, ocorre o massacre de 250 palestinos na aldeia de Deir Yasin, próxima a Jerusalém, com anciões e crianças degoladas, mulheres grávidas estripadas. O bárbaro ato foi promovido por homens do Irgun e do Stern, sob o comando de Menahen Begin. Terroristas judeus já haviam assassinado 4 policiais em Tel Aviv, no dia 26 Set 1947, e em 20 Out 1947 haviam matado o Xeque Ahmed Salama Touiki e mais 4 membros de sua família, perto da localidade de Ranana. No dia 14 Mai 1948, em Tel Aviv, David Ben Gurión leu a proclamação do Estado de Israel. Oito horas após esse ato, o novo Estado de Israel foi invadido por tropas árabes do Egito, Síria, Jordânia e Iraque. Após essa guerra vitoriosa, Israel aumentou seu território em 50%. Os palestinos, em sua maioria, fugiram para a Jordânia, onde entraram em choque com o Exército local, culminando em 1970 num sangrento massacre de palestinos, conhecido como “Setembro Negro”. Os sobreviventes foram expulsos para o Sul do Líbano, onde Yasser Arafat montou seu quartel-general, juntamente com outros grupos de resistência palestina. Na guerra de 1948, Israel arrasou vilas-fantasmas inteiras dos antigos moradores árabes e proibiu o retorno dos mesmos após a guerra, iniciando-se a diáspora palestina. A parte árabe da antiga Palestina que deveria formar o novo Estado palestino foi anexada pela Jordânia em 1950. Israel entrou, ainda, em guerra com os vizinhos árabes em 1956, 1967 e 1973. Em 1967, em apenas 6 dias, Israel tomou toda a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, toda a margem oeste do Rio Jordão (Cisjordânia), Jerusalém-Oriental e as Colinas de Golã, na Síria. Foi o maior território já conquistado por Israel depois de 1948, aproximando-se do “Grande Israel” ou “Israel Bíblico” sonhado por Theodor Herzl e os judeus ortodoxos. “Nessa guerra, aumentou o terrorismo de Israel contra os palestinos dos territórios ocupados. Muitas aldeias foram destruídas pelos judeus, os tratores alisando o terreno, a população tendo que fugir para escapar do massacre. As terras dos ‘ausentes’ foram confiscadas para instalação de bases militares e assentamentos agrícolas. Formaram-se ‘cinturões’ de assentamentos judeus em torno das principais cidades da Cisjordânia, como Hebron, Belém, Ramallah, Jericó e Nablus, além de Jerusalém. De 1967 até 1983, foram instaladas 163 colônias agrícolas (kibbutzim) na Cisjordânia e 12 em Gaza. No Golã sírio foram estabelecidos 29 kibbutzim entre 1967 e 1980. Enquanto os colonos judeus na Cisjordânia podiam perfurar poços artesianos de até 300 m de profundidade, os palestinos só podiam atingir 100 m”. (Félix Maier, in “Egito”, pg. 153 e 154) Entretanto, em 1982, Israel devolve a Península do Sinai ao Egito, após o acordo de paz de Camp David, assinado pelos dois países em 1979. Entre 1948 e 1970, mais de 1.300.000 imigrantes judeus se instalaram na Palestina, aumentando a população judia de 700.000 para 3.000.000. A “Lei do Retorno” concede, ainda hoje, cidadania israelense a qualquer judeu no exterior que chegue para viver no país. Após o fim da URSS, houve grande fluxo de judeus russos a Israel, além de judeus africanos, como os “falashas” etíopes, atraídos pela política desenfreada de assentamentos do Governo Yitzhak Shamir, principalmente nos territórios ocupados. Porém, após a Guerra do Golfo, em 1991, e especialmente com a nova situação política no Oriente Médio em direção à paz entre árabes e judeus, após o Acordo de Paz entre Israel (Yitzhak Rabin) e a OLP (Yasser Arafat), selado em Washington, EUA, em 13 Set 1993, os EUA negaram um empréstimo a Israel de 10 bilhões de dólares, para congelar a política de rápida ocupação do solo da Cisjordânia. Entre 1990 e 1993, 550.000 imigrantes se estabeleceram no Estado de Israel. Em 1994, foram apenas 78.000. A partir do Acordo de Paz de 1993, Israel cede a Faixa de Gaza e Jericó à Autoridade Palestina, embrião de um futuro Estado palestino. Começando a engatinhar em Gaza e Jericó, depois por Hebron, Nablus, Ramallah, Belém e outras cidades, não se sabe se o novo Estado palestino será mesmo efetivado, especialmente após a 2ª Intifada, verdadeira guerra não-declarada entre árabes e israelenses, iniciada em 2000, e que até o início de 2002 deixou um saldo de mais de 1.200 mortos, principalmente árabes. Deve-se considerar as dificuldades da Autoridade Palestina em exercer um controle eficaz sobre grupos extremistas, especialmente os “homens-bomba” do Hamás e da Jihad Islâmica, além do Hizbullah que atua no Sul do Líbano, que não aceitam sequer a existência do Estado de Israel, e a disposição de Israel realizar a completa devolução da Cisjordânia e conter também seus extremistas. Um dos pontos da discórdia árabe-israelense continua sendo Jerusalém, eleita para ser a capital tanto de Israel como dos palestinos. Veja Acordo Sykes-Picot, Declaração Balfour, Hagganah, Hamás, “Higiene social”, Hizbollah, Holocausto, Iídiche, Intifada, Irgun, IZL, Lei de Vaud, Livro Branco, Massacre de Deir Yasin, Narodnaya Volya, Protocolos dos Sábios de Sião, Sabra e Chatila e Stern.
SIOP - Plano Operacional Integrado e Único: estratégia americana de ataque nuclear. Em 2001, o arsenal nuclear dos EUA incluía 5.400 ogivas instaladas em mísseis intercontinentais, em terra e no mar; 1750 bombas nucleares e mísseis de cruzeiro prontos para serem lançados de bombardeiros B-2 e B-52; 1.670 armas nucleares “táticas”; e 10.000 ogivas nucleares em silos nos EUA. Veja MAD, SALT e START.
SIPRON - Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro: planejamento de emergência, para a Usina Angra 1, em Angra dos Reis, RJ.
SIS - Secret Intelligence Service: serviço de espionagem britânico, também conhecido como MI-6. Veja MI-6.
Sistema métrico da intolerância - Como se poderia medir a intolerância? Os astrônomos resolveram facilmente seu sistema de medição de distâncias fantásticas do cosmos, estabelecendo o ano-luz como unidade métrica. As estrelas não ficaram mais próximas, porém os cálculos foram simplificados ao máximo.
Para medir a intolerância ocorrida nos últimos séculos, eu proponho que seja criado um sistema métrico para tal fim. Para medir o número de pessoas vitimadas pelo nazismo e, especialmente, pelo comunismo, poder-se-ia criar o "pol pot" como unidade métrica: 1 pol pot = 2 milhões de mortos. Afinal, Pol Pot foi um dos mais ferozes tiranos do século XX, ao lado de Stálin e Mao Tsé-Tung, promoveu uma carnificina de 2 milhões de pessoas no pequenino Camboja, seu próprio país. Seria, pois, uma justa homenagem ao facínora.
Assim, teríamos:
- Santa Inquisição: 0,018 pol pot (em torno de 36.000 pessoas foram queimadas vivas em autos-da-fé da Inquisição, da Igreja Católica);
- “Reino do Terror”: 0,02 pol pot (em torno de 40.000 pessoas foram mortas durante o período revolucionário francês - 1793-98 -, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just, quando ocorreram 300.000 prisões);
- “Arma da Fome”: 2 pol pots (genocídio inglês contra a Irlanda: a partir das “Leis do Milho”, de 1828, reduziu a população irlandesa, de 8 para 4 milhões de habitantes);
- Massacre de chineses: 10 pol pots (Executado pelos “Rebeldes dos Cabelos Longos”, liderados a partir de 1874 por Hung Hsiu-Chuan, contra o Imperador da Dinastia Manchu. Os Rebeldes tinham uma interpretação radical do Cristianismo, exigiam a submissão total do Estado a uma única religião.);
- Massacre de armênios cristãos: 0,75 pol pot (executado pelos turcos otomanos durante a I Guerra Mundial);
- “Arma da Fome”: 4 pol pot (cerca de 8 milhões de ucranianos foram exterminados por Stalin);
- Guerra Civil Espanhola: 0,5 pol pot (franquistas contra republicanos e comunistas);
- Massacre de alemães: após a rendição, ao final de II Guerra Mundial, em maio de 1945, foram mortos cerca de 1,5 milhão de alemães por russos, poloneses e tchecos, quando obrigados a deixar as terras onde, durante séculos, haviam habitado, do lado da antiga Prússia, que desapareceu do mapa;
- Alemanha nazista: 30 pol pots (incluindo os 3 pol pots do Holocausto judeu);
- Holocausto judeu: 3 pol pots;
- Hiroshima e Nagazaki: 0,1 pol pot (bombas atômicas americanas, em 1945 - incluindo os mortos posteriores, por contaminação radioativa);
- Guerra do Vietnã: 0,75 pol pot (auge da Guerra Fria);
- Guerras americanas: 1 pol pot (I GM, II GM, Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã etc.);
- China comunista: 32,5 pol pots (somente a Revolução Cultural = 5 pol pots);
- Revolução Cultural: 5 pol pots (China comunista);
- Massacre de tibetanos: 0,6 pol pot (promovido pela China comunista);
- União Soviética: 15 pol pots (guerra civil, Gulag etc.);
- Expansionismo japonês na China: 10 pol pots (durante a II Guerra Mundial);
- Cobaias chinesas: 0,1 pol pot (vítimas dos japoneses na II Guerra Mundial, em pesquisa para
desenvolvimento de armas biológicas);
- Camboja comunista: 1 pol pot (origem do sistema métrico);
- Coréia do Norte comunista: 1 pol pot (enquanto o ditador Kim Jong II desfruta de piscina com ondas em seu palácio, cerca de 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1997 a 2002);
- Afeganistão: 0,75 pol pot (guerra civil, contra a União Soviética; como conseqüência, surgiram os
Talibãs);
- Leste Europeu comunista: 0,5 pol pot;
- América Latina: 0,15 pol pot (Cuba, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Costa Rica, Colômbia, Peru,
Chile, Argentina, Brasil; todas as guerrilhas sul-americanas foram filhotes da OLAS, de Fidel Castro);
- Guerra civil no Sudão: 1 pol pot (fundamentalistas islâmicos contra cristãos e animistas);
- Guerra civil na Etiópia, em Angola e em Moçambique: 1 pol pot (ecos da Guerra Fria);
- Massacre de Ruanda: 0,4 pol pot (etnia hutus contra etnia tutsis);
- Guerra civil brasileira atual: 160 mil mortos/ano, sendo 110 mil no trânsito e 50 mil à bala: em 10
anos, teremos 0,6 pol pot (dados de 2000);
- Comunismo no mundo: 55 pol pots (segundo "O Livro Negro do Comunismo"): intolerância ainda em andamento. Segundo o Papa João Paulo II, em sua história de 2000 anos, o Cristianismo teve cerca de 60 milhões de mártires, sendo que 27 milhões sob o jugo comunista.
Veja Anistia, Arma da Fome, Campo de concentração, CDR, CSI, Desaparecidos políticos, Diplomacia de cruzeiro, Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, Guerras americanas, Guerra Civil Espanhola, Gulag, Holocausto, Hospitais psiquiátricos, Inquisição, Instituto 631, Kmer Vermelho, Macartismo, Massacre de Ruanda, Muro de Berlim, NAZI, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, PCCh, Pinar del Río, Racismo, Rebeldes dos Cabelos Longos, Revolução, Revolução Cubana, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Revolução Russa, Síndrome de Nova York, STASI, Talibã, Terror, Terrorismo, Tortura e UMAP.
Skinheads - “Carecas”. Veja Carecas do ABC e Racismo.
Skunk - “Gambá”: derivado da maconha, de cheiro muito forte. Veja Drogas e Maconha.
SL - Sendero Luminoso. Veja Sendero Luminoso.
SLA - Secretário Latino-Americano (IV Internacional). Veja IV Internacional.
SLON - Soloviétski Láguer Ossobogo Naznatchênia (Campo de Solóvki de Designação Especial): campo de trabalhos forçados especiais ou Gulags, da antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag e Lubianka.
Smart weapon - Arma “inteligente” (p.ex., míssil autoguiado).
Smerch - Smert Chpiónam (Morte aos Espiões): contra-espionagem militar, da antiga URSS. Veja KGB.
Smólni - Nome dos Quartéis-Generais do Partido Comunista em Leningrado, onde antigamente havia uma escola feminina com esse nome. Veja Escolas de subversão e espionagem e UAPPL.
SNB - Soft National Boundaries (Fronteira Nacional Macia): conceito que enfraquece a soberania nacional em regiões defendidas por ecologistas ou indigenistas, não determinando a exata fronteira entre os países (caso da “Nação Yanomami”, entre o Brasil e a Venezuela). Veja Bantustões, Diplomacia de cruzeiro, Governança global, Guerras americanas e Diálogo Interamericano (DI).
SNI - Serviço Nacional de Informações: criado em 13 Jun 1964, mediante a Lei nº 4.341, foi de extrema utilidade para a derrocada das organizações terroristas que operaram no Brasil nas décadas de 1960 e 70. Foi substituído pela SAE em 1990. Veja ABIN (www.abin.gov.br), AP (Ação Popular), Contra-revolução de 1964, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, OLAS, OSPAAAL, Organizações subversivas brasileiras, UIE, UNE e USP.
SOA - School of Americas (Escola das Américas): criada no Panamá em 1946, mudou-se para Fort Benning, Geórgia (EUA) em 1984. Durante sua existência, formou mais de 61.000 estudantes de 21 países. Passaram pela Escola Manuel Noriega (Panamá), os generais Roberto Viola e Leopoldo Galtieri (Argentina), Hugo Bánzer (Bolívia). Nos últimos anos de existência, treinava de 900 a 2000 militares da América Latina e do Caribe. Em 1996, o jornal New York Times pediu seu fechamento, por ser “claramente oposta aos valores democráticos dos Estados Unidos”. Em 1997, o Pentágono absolveu oficiais envolvidos na preparação de um manual usado na Escola nos anos de 1980, que recomendava a tortura psicológica e até a eliminação física de opositores para obter informações de suspeitos e de prisioneiros. A Escola das Américas foi fechada no dia 15 Dez 2000. Grupos de esquerda, apoiados pelo Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM) e pela Anistia Internacional, sempre fizeram campanha sistemática contra a Escola, apresentando relações de militares latino-americanos e do Caribe, inclusive brasileiros, que teriam passado pela SOA e que teriam torturado pessoas em seus respectivos países durante os governos militares. Veja MTNM e Ternuma (www.ternuma.com.br).
“Socialismo de caviar” – Expressão utilizada pelo líder sindical espanhol Nicólas Redondo. Esse tipo de “socialismo” é enaltecido por intelectuais e artistas da esquerda, que, segundo Roberto Campos, “são socialistas nos dedos e na voz, mas invariavelmente capitalistas nos bolsos”, a exemplo de Oscar Niemayer, Chico Buarque de Hollanda, Frei Betto, o ex-padre Leonardo Boff. Veja Desinformatsya, Guerrilheiros da pena, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto e Relativismo.
Socialismo democrático - “Nazismo com face humana” (Olavo de Carvalho). Veja Adestramento, Governo democrático e popular, Guerra de Posição, Movimento de massa, Nova Era, Politicamente correto e Relativismo.
Sociedade Civil - Denominação utilizada pela primeira vez por Adam Ferguson, em 1767, em seu "Ensaio sobre a história da sociedade civil", no qual discorre sobre as virtudes do homem na sociedade civil, ou seja, a "sociedade civilizada", em oposição ao homem isolado e bruto. O marxista francês L. Althusser, aplicando a dialética hegeliana, afirmou que em cada sociedade há embutidas duas sociedades diferentes e opostas: a sociedade política ou Estado (classe dominante) e a sociedade civil (sociedade dominada ou povo), denominações fartamente utilizadas por Antônio Gramsci. Gramsci, um dos fundadores do “Partido Comunista da Itália, Seção Italiana da Internacional Comunista”, em sua Teoria Ampliada do Estado, considera 2 esferas no interior das superestruturas: 1) Sociedade Política, que ele chama de “Estado em sentido estrito” ou “Estado-coerção”, que é formada pelo conjunto de mecanismos através dos quais a classe dominante detém o monopólio legal da repressão e da violência, e que identifica com os aparelhos de coerção sob controle das burocracias executiva e policial-militar; e 2) Sociedade Civil: compreende as ONG, organizações comunitárias, associações de moradores, organizações religiosas, partidos políticos, sindicatos, associações profissionais, corporações privadas sem finalidades lucrativas, organizações societárias (membros, sócios), e todas as formas de organizações e instituições privadas, como fundações, escolas, universidades, centros de pesquisas e a organização material da cultura (revistas, jornais, editoras, meios de comunicação de massa etc.). Segundo Gramsci, é a Sociedade Civil, em sua “Guerra de posição” nos estados democráticos modernos, que irá levar esses países à conquista do socialismo (a “Guerra de movimento” ou Revolução Permanente, na acepção de Marx e Engels em 1850, será adotada contra os estados absolutistas ou despóticos, ou contra estados democraticamente fracos). Veja Adestramento, Antiglobalização, Autoritarismo falangista, Copyleft, FSM, FSP, Governo paralelo, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, Inpeg, Movimento de massa, MST, Nova Era, Orçamento participativo e Politicamente correto.
Sociedade Fechada - Conceito de Bergson em “Les Deux Sources de la Morale et de la Religion”, para sociedade isoladas e despóticas do tipo Oriental (Muralha da China, Cortina de Ferro, Muro de Berlim – além da Kaaba em Meca, onde os não-muçulmanos são proibidos de entrar). A sociedade “aberta” é a do tipo Ocidental, onde impera a democracia. Daí a “tensão bi-polar fundamental entre a sociedade totalitária, fechada, despótica, imanentista e cosmológica do Oriente e a sociedade aberta, livre e transcendentalista do Ocidente – a primeira vivendo sob o determinismo das leis cíclicas, a Segunda na linhagem de uma tradição cumulativa e de uma história irreversível” (Meira Penna, in “Política Externa”, pg. 86-7).
SOE - Sotsialno-Opasni Element (Elemento Socialmente Perigoso): perseguição política, na antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag e Lubianka.
Software sniffers - Sabotagens para transferências ilegais de fundos (dinheiro), realizadas por hackers. Veja Hackers.
SOG - Grupo de Operações Especiais: força antiterrorista da Espanha. Veja ETA e ETA-M.
Soka Gakkai - Seita religiosa japonesa; catastrofista com a chegada do novo milênio, a exemplo da seita Aum Shinri Kyo, responsável pelo ataque com gás venenoso no Metrô de Tóquio, em março de 1995. Veja Messianismo.
Sokaiya - Máfia japonesa especializada em extorquir grandes empresas, ameaçando vender informações confidenciais. Veja Máfia, Yakuza e Sarakin.
Solnzevsk - (Pronuncia-se sólntsevo): a mais conhecida e poderosa organização criminosa de Moscou, atuante desde o antigo regime soviético. Mantém ligação com a diáspora russa em Israel, Áustria e EUA. Tem estrutura comercial e bancária própria, casas noturnas e cassinos, além de comercializar drogas. Veja Drogas e Máfia.
Soloviétski - Grupo de ilhas do Mar Branco, também conhecidas coloquialmente como Solóvki, onde há muitos monastérios. Eram usados como lugar de exílio para padres rebeldes na Idade Média. Depois da Revolução Russa de 1917, foram usadas como Campos de Trabalhos Forçados Especiais (SLON). Veja Dissidentes e Gulag.
Sol Rojo - Sol Vermelho: pequeno grupo terrorista do Equador, desbaratado pelo Governo após dinamitar uma torre de transmissão de energia em 1994. Anti-EUA, promoveu atentados contra edifícios do Governo. Vinculado ao Sendero Luminoso, do Peru. Veja Sendero Luminoso.
Solução Final - Holocausto ou Shoah (hebraico) ou Endlösung (alemão): refere-se ao programa de genocídio “para resolver o problema judeu”, contido numa ordem de Goering (autorizada por Hitler), no dia 31 Jul 1941, dirigida ao representante de Himmler e chefe da S.D., Reinhard Heydrich, a quem Hitler chamava de “o homem com o coração de ferro”. Antes, o Ministério do Interior havia produzido um “decreto de nome”, obrigando os judeus a adotar Israel ou Sara como segundo nome. “A ‘solução final’ tornou-se uma realidade a partir da primavera de 1942. O primeiro grande extermínio a gás começou em Belzec, no dia 17 de março de 1942. Esse campo tinha a capacidade de exterminar 15.000 pessoas por dia. No mês seguinte, foi a vez de Sobibor (20.000 por dia); a seguir, Treblinka e Maidanek (25.000) e mais Auschwitz, que Hoess chamou de ‘a maior instituição para a aniquilação humana de todos os tempos’. A documentação sobre o genocídio é enorme (Ver Raul Hilberg, “Documents of Destruction: Germany and Jewry 1933-1945”, NY, 1971 e “Destruction of the European Jews”, NY, 1961.) Os números quase desafiam a crença. Até dezembro de 1941, Hitler havia matado pelo menos 5.524.000: 2.600.000 da Polônia, 750.000 da Rússia, 750.000 da Romênia, 402.000 da Hungria, 277.000 da Tchecoslováquia, 180.000 da Alemanha, 104.000 da Lituânia, 106.000 da Holanda, 83.000 da França, 70.000 da Letônia, 65.000 tanto da Grécia como da Áustria e 9.000 da Itãlia. Em Auschwitz, onde dois milhões foram assassinados, o processo foi conduzido como numa operação industrial de grande porte”. (...) A conferência executiva que estabeleceu os detalhes foi organizada por Eichmann e presidida por Heydrich, em Wannssee, a 20 de janeiro de 1942. Já agora muitas provas foram acumuladas acerca dos métodos de extermínio. Desde junho de 1941, seguindo instruções de Himmler, Rudolf Hoess, comandante do Campo A’, em Auschwitz-Birkenau, já vinha fazendo experiências. O fuzilamento era muito lento”(Paul Johnson, op. cit., pg. 347). “Os primeiros relatórios do genocídio chegaram ao Congresso Judaico Mundial em Lausanne, em agosto de 1942. (...) Em agosto de 1943, foi sabido e publicado que 1.702.000 judeus já tinham sido exterminados. No dia 1º de novembro, Roosevelt, Stalin e Churchill, conjuntamente, avisaram aos líderes alemães que eles seriam julgados por tais crimes” (Idem, pg. 352). Veja Campo de concentração, Holocausto, NAZI, Racismo, Sionismo, Totenkopfverbände e Zyklon-B.
Sol Vermelho - Veja Sol Rojo.
Somas - Gás agente de nervos (Guerra Química).
Sombra - “A transferência ou projeção é infelizmente um fenômeno psicológico dos mais sérios. Isso porque o histérico é um mentiroso contumaz que projeta sobre seus amigos, sócios e parentes – sobre aquele de quem mais depende – a energia libidinosa concentrada no círculo vicioso do ‘complexo’ inconsciente” (Meira Penna, in “Política Exterior” pg. 165). “Depois da Segunda Guerra Mundial, e por inspiração da propaganda comunista, o mecanismo de projeção da sombra sobre o americano intensificou-se e exacerbou-se, além de qualquer medida. Nacionalismo, marxismo e anti-americanismo tornaram-se sinônimos” (Idem, pg. 164).
“Sopa de letrinhas” - Veja Organizações subversivas brasileiras.
SORPE - Serviço de Orientação Rural de Pernambuco: criado em 1961, numa reunião de 26 padres da zona rural promovida por Dom Eugênio Sales, Bispo de Natal. Dirigido pelo padre Paulo Crespo, principal estrategista do movimento, a organização se destinou ao treinamento de líderes camponeses capazes de combater as organizações políticas revolucionárias e ideológicas no Nordeste rural, como as Ligas Camponesas, o Movimento de Educação de Base (promovido pelo Ministério da Educação) e o método de alfabetização Paulo Freire, de inspiração marxista. O serviço obtinha recursos da Liga Cooperativa dos EUA (CLUSA), que por sua vez era parcialmente financiada por contribuintes das instituições que serviam de receptores dos fundos da CIA Além do SORPE, havia outros movimentos sindicais da Igreja em cerca da metade dos Estados do Brasil, inclusive todos os Estados do Nordeste: SAR (Serviço de Apoio Rural), no RN; SORPE em PE; FARG no RS (em oposição ao MASTER, sindicato patrocinado por Brizola); FAP em SP e FAG em Goiás. Veja Folhetos cubanos, Ligas Camponesas, MASTER, MEB e Pedagogia do Oprimido.
SOS Criança - Tel 1407 (Socorro e orientação ao menor). Veja www.andi.org.br, www.fundabrinq.org.br, www.rebidia.org.br/pastoral/inexl.html, www.unicef.org e www.unicef.org.br.
SOS Drogas - (061) 349-9333. Veja Drogas.
SOS Estudante - (061) 381-6784/6359.
SOUTHCOM - US Southern Command (Comando-Sul, dos EUA): Grande Unidade militar “responsável” pela América Latina. Estabelecido no Panamá a partir de 1903, transferiu-se para Miami, EUA, em 29 Set 1997. Veja Big Brother, Diálogo Interamericano (DI), Diplomacia de Cruzeiro e Guerras americanas.
Sovietes - Conselhos de deputados operários (Rússia). Veja Revolução Russa.
Soviete Supremo - A Legislatura Nacional da União Soviética; o mais alto organismo do Estado soviético. Era composto de duas Assembléias eleitas, o Soviete da União e o Soviete das Nacionalidades. Reunia-se duas vezes por ano para votar decisões tomadas pela liderança soviética. Esse organismo tinha um correspondente em cada República constituinte da URSS. Veja Revolução Russa e URSS.
Sovinformburo - Escritório de Informação Soviético durante a II Guerra Mundial. Veja KGB e Lubianka.
Sovkhozes - Fazendas estatais (ex-União Soviética): coletivização das terras, a partir de 1928 (Gosplan). Veja Gosplan, Kulak e NEP.
Sovnarkom - Soviet Naródnikh Kommissárov (Conselho de Comissários do Povo): nome dado ao Gabinete Soviético de 1917 a 1946, quando ficou sendo chamado de “Conselho de Ministros”. Veja Revolução Russa e URSS.
Spacecake - Bolo com grande quantidade de maconha (receita ensinada na Internet, além da confecção do “baseado”). Veja Drogas e Maconha.
Spartacus - Partido fundado por Rosa Luxemburgo e Karl Libknecht. Em 1919, transformou-se no KPD, o Partido Comunista Alemão. O mesmo que USDP. Veja Espartaquistas e KPD.
Spartakusbund - (Alemão) Revolta Espartaquista, ocorrida na Alemanha, em 1919, com Rosa Luxemburgo. Veja Espartaquistas e KPD.
SPCA - Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade para a Prevenção da Crueldade a Animais). Veja PETA.
SPCC - Society for the Prevention of Cruelty to Children (Sociedade para a Prevenção da Crueldade a Crianças). Veja SOS Criança.
Special K - O mesmo que Ketamina. Droga anestésica para animais, como cavalo e cachorro. A “onda” do uso por seres humanos surgiu na Inglaterra, tendo seu auge em 1998. Veja Drogas.
Speedball - Mistura da cocaína com heroína. Veja Drogas.
Spetsnaz - O mesmo que Spetz: Brigadas Especiais de elite da antiga União Soviética, subordinadas ao GRU, que desempenhavam missões de Comando e Forças Especiais. O Grupo Alfa era especializado em Contraterrorismo, o Grupo Vityaz (Noite) em resgate de reféns e o Vympel (Galhardete) em sabotagens atrás das linhas da OTAN. A atual força antiterrorista da Rússia hoje está negligenciada pelo Governo, é mal paga e muitos de seus integrantes trabalham para a Máfia russa.
Spetz - Veja Spetsnaz.
SPLA - Sudan People’s Liberation Army (Exército Popular de Libertação do Sudão): rebeldes do Sul do Sudão (SPLA) promovem guerra civil contra as Forças do Governo de Khartoum, desde 1983, com o intuito de tornar independente o Sul do país, onde predominam cristãos e animistas. Mais de 2 milhões de pessoas já morreram na Guerra Civil. Veja CSI.
Split base - Base dupla: serviço de Inteligência, com uma base em território nacional (EUA) e outra próximo da área de operações. Veja CIA, Diplomacia de cruzeiro e Guerras americanas.
“Spy Catcher” - “Caçador de espiões”: livro do ex-agente Peter Wright, contém acusações a ex-autoridades do Serviço Britânico de Contra-Espionagem. O livro, inicialmente proibido na Grã-Bretanha, tornou-se best-seller nos EUA e, posteriormente, também na Grã-Bretanha e em outros países. Veja Caixa, MI5, MI6 e SIS.
SR - 1. Sendero Rojo (Sendero Vermelho): organização subversiva dissidente do Sendero Luminoso. Veja Sendero Luminoso. 2. Socialista-Revolucionário.
SRBM - Short-Range Ballistic Missile (Míssil Balístico de Curto Alcance). Veja SALT e START.
SRF - Strategic Rocket Forces (Forças de Mísseis Estratégicos): referem-se a ogivas e sistemas de lançamento com um alcance superior a 5.500 km. Veja SALT, START e The Bulletin of Atomic Scientists (www.thebulletin.org).
SRNF - Short-Range Nuclear Force (Forças Nucleares de Curto Alcance): acordo de limitação de armas, entre os EUA e a Rússia, envolverá monitoramento por satélite. Veja SALT e START.
SS - 1. Schutzstaffel (Quadro de Atiradores): guarda especial, da polícia nazista. Sob comando de Heinrich Himmler, a partir de 1931 a S.S. foi encarregada do Ministério da Raça e Colonização, responsável pelas leis raciais e pelas aplicações práticas da teoria racial nazista e manutenção de livros sobre procedimentos genealógicos dos membros do partido. Veja Campos de concentração, Holocausto, Leibstandarte, NAZI e Racismo. 2. Secret Service (Serviço Secreto). 3. Seita Satânica: grupo criminoso que opera a partir de prisões. Veja PCC (Primeiro Comando da Capital).
SSGN - Nuclear-Powered Cruise Missile Submarine. Veja SALT e START.
SSH - Soiediniennie Shtate Ameriki (Estados Unidos da América), em russo. Os EUA foram os verdadeiros responsáveis pela contenção do avanço comunista sobre o mundo. A “hidra vermelha” chegou a cobrir 1/3 do globo terrestre. Veja Guerra Fria.
SSI/SGPR - Subsecretaria de Inteligência, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Substituiu a DI/SAE e foi o embrião da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). Veja ABIN.
SSNM - Special Strategic Nuclear Materials (Materiais Estratégicos Nucleares Especiais). Veja SALT e START.
Stalinismo - O mesmo que Estalinismo. Para mascarar a natureza totalitária do comunismo, os comunistas (e no Brasil, os petistas) recorrem ao termo “Stalinismo”, tentando reduzir o totalitarismo comunista a um momento da trajetória do comunismo na URSS, atribuindo toda a responsabilidade a um só homem, Stalin, para ocultar que “o mal está no sistema”, como afirmou o filósofo Rodolfo Mondolfo. Veja Adestramento, Balilas, Desestalinização, Desinformatsya, Governo democrático e popular, Governo paralelo, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, Orçamento participativo, PCB, PC do B, Movimento de massa, MST, Novilíngua, Poder paralelo, PT, Revolução e Sociedade civil.
“Stalinismo puritano” - Denominação dada pelo diretor teatral inglês, Peter Hall, para a moda do “politicamente correto” em vigor. Para Hall, a esquerda liberal substituiu a antiga direita e hoje promove patrulhamento e censura a trabalhos de intelectuais que ousam escrever palavras julgadas ofensivas. Segundo Hall, um de seus atores secundários recusara-se a dizer a palavra “nigger” (negro), embora o autor de “Um Bonde Chamado Desejo”, Tennessee Williams, a tivesse escrito. Veja Nova Era, Novilíngua e Politicamente correto.
START - Strategic Arms Reduction Treaty (Tratado para Redução de Armas Estratégicas). Aleskei Arbatov estimou, em 1980, que o arsenal soviético era de mais de 10.000 ogivas estratégicas e 30.000 ogivas táticas. Armas nucleares não estratégicas referem-se a qualquer ogiva ou sistema de lançamento com um alcance menor que 5.500 km. O “The Bulletin of the Atomic Scientists” trata de armas nucleares e pode ser acessado em www.thebulletin.org/. Veja MAD, SALT, SIOP, START I e II.
START I - O 1º Tratado para Redução de Armas Estratégicas foi assinado em 31 Jul 1991, entre os EUA e a então URSS e, posteriormente, ratificado pelos EUA, Federação Russa, Ucrânia, Belarus e Cazaquistão, estabelecendo até um máximo de 1.600 veículos lançadores de ogivas nucleares (ICBM, SLBM e aviões bombardeiros), com no máximo 6.000 ogivas nucleares, dos quais, não mais de 4.900 ogivas podem ser instalados em ICBM e SLBM. Veja MAD, SALT, SIOP, START e START II e III.
START II - O 2º Tratado para Redução de Armas Estratégicas foi assinado em 3 Jan 1993, entre os EUA e a Federação Russa (ratificado pelo Senado Americano em 1996 e pela Duma em abril de 2000). Irá eliminar os “pesados” ICBM e Mir Ved ICBM e reduzir a 2/3 os atuais níveis de Forças Nucleares Estratégicas; e haverá eliminação completa dos mísseis com ogivas múltiplas (irão restar 1.200 ao fim da fase 1). Findo o processo de redução de armas (aproximadamente após o ano 2007), caberá a cada país entre 3.000 e 3.500 ogivas. As Forças Nucleares dos EUA, então, deverão estar constituídas com:
- 18 submarinos Trident com 192 mísseis C-4 e 240 mísseis D-5;
- 500 mísseis Minuteman III (com ogiva única);
- 94 bombardeiros B 52h com ALCM dotados de 1.980 ogivas;
- 20 bombardeiros B 2 com 320 ogivas.
Veja MAD, SALT, SIOP, START, START I e III.
START III - Em andamento, o 3º Tratado prevê cortar o arsenal de ogivas nucleares até o nº de 1.500 a 2.500, para os EUA e a Rússia, em 10 anos, a partir de 1997 – ou seja, reduzir em mais de 80% os arsenais dos dois países em relação ao que havia durante a Guerra Fria. Há, ainda, mais de 40.000 grandes e pequenas ogivas nucleares em todo o mundo (dados de 1997). Veja MAD, SALT, SIOP, START e START I e II.
STASI - Polícia Secreta da antiga Alemanha Oriental (comunista), chefiada pelo lendário espião Markus Wolf. O trabalho de subversão da STASI começou em 1961, quando Israel deu início ao julgamento de Adolf Eichmann, ocasião em que a STASI apoiou e patrocinou grupos neonazistas no Ocidente, durante as décadas de 1970 e 1980, para desestabilizar a Alemanha Ocidental. Durante a Guerra Fria, foram “comprados” dos comunistas, através da STASI, 33.000 alemães orientais (para libertação), pelos alemães ocidentais, ao preço total de 3,5 bilhões de marcos alemães. O dinheiro era investido pela STASI em tecnologia (máquinas fotográficas, equipamentos de espionagem), depois utilizada para combater o Ocidente. Veja Carta de amor perfumada, Desinformatsya, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern e Muro de Berlim.
Stasis - (Grego) Parada: estado de equilíbrio ou inatividade causado pela oposição de forças iguais; em sentido figurado, paralisia, êxtase. No Brasil, a paralisia se dá devido à Nova Nomenklatura Brasileira, do “pensamento único” das esquerdas, em que não existe contraditório, que atingiu seu auge com o “imbroglio” econômico-político-social deixado por Fernando Henrique Cardoso e que deverá se agravar com o Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Veja Novilíngua e Politicamente correto.
Status quaestionis - (Latim) Estado da questão: “termo da retórica antiga, é o retrospecto das discussões até o presente, com a criteriosa discriminação dos tópicos abrangidos e por abranger, das teses consensualmente admitidas e das que continuam em litígio” (Olavo de Carvalho, in “O Jardim das Aflições”, pg. 32).
Stealthy - “Furtivo”: diz-se dos aviões “invisíveis”, como o F-117A. Veja Diplomacia de cruzeiro e Guerras americanas.
Stern - Grupo terrorista organizado por Menahem Begin, israelense nascido na Rússia Branca, cujos membros assassinaram, em 1948, o Conde Folke Bernadotte (parente da família real sueca), mediador internacional da ONU em Jerusalém, e seu assistente francês, André Serot. Begin também chefiou o Irgun e o Partido extremista do Kahal. Veja Intifada, Irgun, Kahal, Massacre de Deir Yasin e Sionismo.
STTIDA - Organização mafiosa italiana, disputa espaço com a Cosa Nostra (Itália e América do Sul). Veja Máfia.
STUAG - Sindicato de Trabajadores de la Universidad Autonoma de Guerrero (México). Veja Tricontinental e UAPPL.
Submissão - Psicólogos americanos, na década de 1950, explicaram a submissão do povo russo ao domínio de Stálin como efeito do costume daquele povo de enfaixar seus bebês. Eles diziam que os russos, habituados desde o berço a ter o corpo, os braços e as pernas amarrados, criavam-se presos à autoridade. Talvez isso explique por que o povo russo ficou submetido ao Comunismo durante 74 anos. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka e Tortura.
Subversivos clandestinos - Espiões espalhados no mundo todo, pela União Soviética e pela China. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, Macartismo, Operação Drogas, Quinta-coluna vermelha, Revolução Cultural e Seqüestro de aviões.
Subversivos da pena - Intelectuais envolvidos com organizações subversivas, chamados também de “guerrilheiros da pena”. Veja Guerrilheiros da pena e FBI (Frente Brasileira de Informações).
SUL - Sargentos Unidos na Luta: grupo apócrifo, que contesta ações das autoridades militares, principalmente do Exército Brasileiro.
Sultanismo - Assassinato de oponentes políticos, já comum no tempo dos césares e do Imperador Constantino.
Sunshine, leis - Leis americanas (federais e estaduais), que regulamentam a abertura de arquivos sigilosos do Governo. Veja FOIA.
SVE - Sotsialno-Vredni Element (Elemento Socialmente Prejudicial): elemento contrário à ideologia comunista, na ex-URSS. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka e Tortura.
SVPCh - Sviázi Veduchtchiek Podozreniu y Chpionaje (Relações Conducentes à Suspeita de Espionagem): na ex-URSS. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka e Tortura.
SVR - Serviço Secreto Russo, substituto do KGB. Veja KGB.
SWAPO - South West African People’s Organisation (Organização do Povo do Sudoeste Africano): luta de guerrilheiros pela Independência da Namíbia, contra a África do Sul.
Swing - Veja Fenômeno Capitão Swing.
Synagoniste - Companheiro de luta (EAM, Grécia). Veja EAM.
T
Tabun (GA) - Gás agente de nervos (Guerra Química).
Tacit Blue - Avião-espião dos EUA, operou no período de 1982 a 1985, a altíssima altitude sobre a Terra. Veja Diplomacia de cruzeiro e Guerras americanas.
Talibã - “Estudante de religião”: a milícia Talibã, formada principalmente por fundamentalistas islâmicos da etnia Patane, nasceu nos seminários islâmicos (madrassas) do Paquistão. No vácuo político que se seguiu após a retirada soviética (1989), o Talibã apoderou-se de Cabul, capital do Afeganistão, em setembro de 1996, chegando a ocupar 90% do território afegão. Implantou costumes muçulmanos radicais (Sharia) no país: os homens foram obrigados a ter barbas longas, as mulheres obrigadas a vestir o chaderi (túnica longa que encobre, inclusive, o rosto) e proibidas de trabalhar e estudar, devendo permanecer em suas residências, de onde somente podiam sair acompanhadas de um parente próximo. O Talibã criou o “Ministério da Propagação da Virtude e de Combate ao Vício” e, a partir de 21 Jul 1998, ordenou que toda a população destruísse antenas, aparelhos de TV e videocassetes. Em março de 2001, os Talibãs destruíram estátuas nos museus do país, incluindo 2 estátuas gigantescas de Buda, localizadas em Bamiyan, que haviam sido esculpidas há mais de 1.500 anos; uma dessas estátuas era a maior estátua de Buda do mundo. Para o regime Talibã, era impuro: carne e banha de porco, antena parabólica, filmadora, mesa de sinuca, jogo de xadrez, fita cassete, álcool, cinema, computador, aparelho de videocassete, TV, música, instrumentos musicais, esmalte de unha, lagosta, estátuas, quadros, cartões de Natal, catálogo de moda. No dia 8 Out 2001, começou o ataque americano contra a milícia Talibã e centros de treinamento de guerrilheiros, por abrigar Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, suspeito de promover os atentados contra os EUA (torres gêmeas do World Trade Center, de Nova York, e Pentágono, Washington), no dia 11 Set 2001. No final de 2001, os Talibãs foram substituídos por um Governo de coalizão nacional. O americano John Walker Lindh, de 20 anos, lutou contra os EUA ao lado dos Talibãs, foi a julgamento na cidade de Alexandria, Virgínia (EUA), acusado de conspirar para matar cidadãos americanos e de apoiar a rede terrorista Al-Qaeda. Veja Al-Qaeda, Escolas corânicas, Fundamentalismo, ISI e Síndrome de Nova York.
Talibanismo - Movimento fundamentalista islâmico referente ao Talibã, do Afeganistão. Veja Talibã.
Talidomida - Droga usada no tratamento da AIDS. Efeito colateral: nascimento de crianças sem braços e sem pernas. Veja AIDS.
Tamis - Integrantes de movimento terrorista etno-religioso (Índia).
Tanzim - Exército secreto de Yasser Arafat, de 120 mil homens e 30 mil armas, segundo o Serviço Secreto de Israel. O Tanzim, liderado por Marwan Barghouti, seria um dos principais grupos da “2ª Intifada” contra Israel, iniciada em outubro de 2000. Veja Intifada e Sionismo.
Tapete de bombas - Emprego massivo de bombas, seja com a utilização de MLRS, como o ASTROS II, seja com o uso de bombardeiros, como o B-52, que carrega até 50 bombas de 241 kg. O primeiro emprego massivo de bombas foi feito pelos nazistas, em 1937, contra um alvo não-militar, a cidade de Guernica, a histórica capital dos Bascos, na Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola, ocasião em que morreram mais de 6.000 pessoas. A tragédia serviu de inspiração para Pablo Picasso pintar uma obra-prima, a tela “Guernica”. O cinema também imortalizou cenas de destruição massiva de alvos civis, como a formação de centenas de aviões bombardeiros em formação cerrada largando milhares de bombas sobre cidades inimigas, durante a fase final da II Guerra Mundial, como Berlim e Dresden, na Alemanha. A cidade de Dresden foi inteiramente pulverizada, e Londres, anos antes, havia sido também castigada por bombardeios constantes dos nazistas. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o ASTROS II, fabricado pela Avibrás, foi utilizado com sucesso para destruição das tropas de Saddam Hussein. No Afeganistão, após os primeiros ataques de armas “inteligentes”, os EUA também utilizaram o bombardeio massivo contra posições talibãs. Veja ASTROS, Bombardeiros, MLRS e Tomahawk.
TAPPHR - The Arms Project and Physicians for Human Rights: conforme publicação da entidade, Landmines: a deadly legacy (Minas terrestres: um legado mortal), há entre 65 e 200 milhões de minas terrestres não desativadas em pelo menos 62 países. O Departamento de Estado dos EUA estima o nº entre 65 e 110 milhões, e as Nações Unidas entre 100 e 200 milhões. Veja Minas.
TASS - Telegráfnoie Aguêntstvo Soviétskogo Soiúza (Agência Telegráfica da União Soviética): fundada em 1925, tem sede em Moscou, Rússia. Veja Escolas de subversão e espionagem e Instituto 631.
TAT - Tactical Analysis Team (Equipe de Análise Tática), do DoD: grupo de especialistas e representantes das diversas agências envolvidas na luta contra o tráfico de drogas, atuantes nas embaixadas dos EUA, inclusive no Brasil. A equipe do TAT é coordenada por um “diplomata” que ocupa a função de “Narcotic Control Coordinator Officer”. Veja CIA e Drogas.
TB - 1. Tendência Bolchevique (trotskysta). 2. Transparência Brasil: nos moldes da ONG Transparência Internacional (TI), combate a corrupção. Veja TI.
TBR - Tribunal Bertrand Russell: organismo do Movimento Comunista Internacional (MCI), destinado a “julgar” os países que combatiam o Comunismo (principalmente os países sul-americanos), os quais eram acusados, em pseudojulgamentos (“tribunais”), como violadores dos direitos da pessoa humana. O TBR nunca criticou ditaduras de esquerda, como a da URSS (Gulags, invasão da Tchecoslováquia, perseguição a dissidentes) e de Cuba, nem a ditadura militar peruana, de esquerda, de Velasco Alvarado, assessorado pelo brasileiro Darcy Ribeiro. O Tribunal Russell I foi constituído em Londres, em 1966, pelo secretário pessoal de Russell. Quando Russell, que era pacifista de boa fé, viu com clareza os reais objetivos da organização comunista, afastou-se do movimento. Por pressão dos serviços secretos britânicos, o TBR foi transferido para Estocolmo, Suécia, onde foi convocado, pela primeira vez, para “julgar” os crimes cometidos pelos americanos no Vietnã. Posteriormente, com o nome de Tribunal Bertrand Russell II, a organização comunista foi transferida para Roma, e foi presidido pelo advogado Lelio Basso, eleito senador pelo PCI. Os países latino-americanos processados pelo TBR foram: Brasil, Paraguai, Guatemala, Haiti, Porto Rico, Chile, Uruguai e Bolívia. Os governos militares que governaram esses países eram denominados de “fascistas” pelo TBR e acusados de estarem a serviço do imperialismo americano. Em 1 Abr 1974, numa sessão do TBR, subversivos brasileiros apresentaram testemunhos, mediante pagamento financeiro: Miguel Arraes, Fernando Gabeira, Frei Tito, Onofre Pinto, Gregório Bezerra. Em janeiro de 1975, após analisar extenso informe do professor brasileiro na Universidade de Vincennes, Francisco Andrade (ligado à ALN), o TBR condenou o Brasil, além de julgar também o Chile, o Uruguai e a Bolívia, todos culpados de “crimes contra a humanidade”. O TBR deu origem ao Tribunal Permanente dos Povos, reconhecido pela ONU, o qual surgiu em 1979 por iniciativa do jurista italiano Lelio Basso, jurado e relator do TBR. O filósofo e matemático britânico Bertrand Russel (1872-1970), Prêmio Nobel de Literatura em 1950, autor de “Why I am not a Christian” (Por que não sou um cristão), obra de 1936, era contra a Guerra do Vietnã, apoiou o movimento sufragista, o pacifismo e os direitos humanos, porém não demonstrou a mesma ênfase contra o totalitarismo comunista. Outras organizações utilizadas pela antiga URSS para realizar sua guerra psicológica foram: Federação Sindical Mundial, com sede em Praga, contava com 138 milhões de inscritos, operava em 56 países; Conselho Mundial da Paz (Helsinque, mais de 100 comissões pela paz, em nível nacional); Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste, 100 milhões em 180 organizações da juventude); União Internacional de Estudantes (Praga, 4 milhões em 87 organizações); Federação Internacional de Mulheres Democráticas (Berlim, 200 milhões em 9 países); Federação Mundial dos Sindicatos e Professores (Praga, 7,65 milhões em 25 países); Organização Internacional dos Jovens (Praga, 140 mil em mais de 100 países); Organização Internacional do Rádio e da Televisão (Praga, com sub-grupos em 19 países); Associação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas, cerca de 50 sucursais e sub-grupos); Federação Mundial dos Trabalhadores da Ciência (Londres, 300 mil em 51 países); Federação Internacional dos Combatentes da Resistência (Viena, 4 milhões em 470 organizações em 20 países). Veja Adestramento, AI, Anistia, CBA, Escolas de subversão e espionagem, Frente Brasileira de Informações (FBI), Governo paralelo, Instituto 631, Komintern, Movimento de massa, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto e Tribunal Permanente dos Povos.
TC - 1. Terceiro Comando: dissidência do Comando Vermelho, organização criminosa do Rio de Janeiro. Veja CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital). 2. Tercer Camino: organização terrorista da Venezuela.
TCBM - Transcontinental Ballistic Missile. Veja SALT e START.
Tcheká - Tch. K.: Tchezvitchainaia Kommíssio (Comissão Extraordinária de Luta contra a Contra-Revolução e a Sabotagem): o mais antigo nome da Polícia Secreta soviética, funcionou de 1917 a 1922, quando foi substituída pela GPU. Criada em 12 Nov 1917 por decreto do Sovnarkom, ficou sob comando de Félix Dzerzhinsky, polonês fanático, e tinha por objetivo “combater a contra-revolução e a sabotagem”. Esse decreto só veio a público 10 anos depois (Pravda, 18 Dez 1927); “portanto, a força de segurança permaneceu uma polícia secreta no sentido mais puro, já que sua verdadeira existência não foi oficialmente reconhecida” (Paul Johnson, op. cit., pg. 54). A Tcheká ocupou um grande edifício de uma companhia de seguros, na Praça Lubyanka, em Moscou; dentro havia uma “prisão secreta” para suspeitos políticos. “Nos primeiros 6 meses de 1918, de acordo com os registro oficiais, a Tcheká executou somente 22 prisioneiros. Na segunda metade do ano ocorreram 6.000 execuções e nos 12 meses de 1919, mais ou menos 10.000. W.H. Chamberlain, o primeiro historiador da Revolução, uma testemunha ocular, calculou que por volta de 1920 a Tcheká tinha aplicado 50.000 sentenças de morte” (Paul Johson, op. cit., pg. 55-6). Veja GPU, Gulag, Hospitais psiquiátricos, KGB, Lysenkoísmo e Lubyanka.
Tchetniks - Partidários da monarquia, os tchetniks eram adversários dos comunistas sob comando do croata Josip Broz Tito (Iugoslávia), na luta contra a invasão do país pelos nazistas, em 1941. Veja NAZI.
TchON - Tchast Ossobogo Naznatchênia (Unidade de Designação Especial): destacamentos militares de repressão, na antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, KGB e Lubianka.
TchS - Tchlen Semi (Membro da Família): parentes de presos políticos, que também sofriam perseguições, na antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, KGB, Lubianka e Tortura.
Team sites - Locais de instalação de equipes de Observadores Militares, nas Forças de Paz da ONU. Veja DPKO e ONU.
Teatro do Oprimido - Idealizado por Augusto Boal, tem enfoque marxista. Veja Adestramento, Movimento de massa, Pedagogia do Oprimido e MST.
Tehrik Jaafari - Movimento Xiita Jaafarista: do Paquistão, tem ligações financeiras e políticas com o Irã.
Teologia da Libertação - Tese surgida após a II Assembléia-Geral da Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM), realizado em Medellin, Colômbia, em 1968, com sua “opção preferencial pelos pobres”, o que levou a se aproximar das teses marxistas. Antes, havia pregação semelhante, de Karl Barth, após a I Guerra Mundial, para quem os marxistas e os cristãos buscam o mesmo objetivo, o “reino de Deus na Terra”. A CELAM sofreu grande influência da Encíclica do Papa João XXIII, “Mater et Magistra”. Por isso, entende-se o apoio de religiosos a vários grupos guerrilheiros que tentaram impor o regime marxista-leninista/maoista nas Américas, especialmente após a Revolução Cubana, respaldando uma dita “teologia da revolução” e uma “teologia da violência”, deturpando o ensino do amor cristão para “armai-vos uns aos outros”. De tais aberrações socialistas, extraíram-se denominações como “cristianismo horizontal”, “a fé sem religião”, “cristianismo sem mitologia”, “cristianismo marxista”. É a substituição da “ditadura do proletariado” pela “ditadura dos subalternos”. Das 3 correntes (a “autêntica”, a “marxista” e a “anarquista”), apenas a dita “Teologia Marxista de Libertação (TML)” permanece com força nos meios acadêmico-literários e na guerrilha da Colômbia (FARC e ELN). Expoentes da Teologia da Libertação: Gustavo Gutierrez (do Peru, autor de “La Teologia de la Liberación”, Lima, 1971); Hugo Assmann (jesuíta brasileiro, autor de “Opressión-Liberación, Desafio a los Cristianos”, Montevidéu, 1971); Leonardo Boff (ex-padre brasileiro, autor de “Jesus Cristo Libertador”); Frei Beto (frade dominicano brasileiro). Veja Camilistas, ELN, FARC, Frades dominicanos, MRTA, Relativismo e Sendero Luminoso.
Teologia Negra - “O marxismo – como movimento revolucionário – procura conquistar o poder fomentando conflitos sociais. Nos Estados Unidos, a boa situação financeira dos trabalhadores industriais os imuniza contra o vírus da luta de classe. Não podendo fomentar o ódio social da luta de classe, o marxismo pretende, atualmente, nos Estados Unidos, fomentar a luta racial. A este diabólico serve a ‘Teologia Negra’. O principal (porém não o único) representante da teologia negra é James Cone. Nascido em 1938, no seio da comunidade negra norte-americana, é licenciado em teologia pelo Seminário protestante de Evanston (Illinois) e doutorado pela Northwestern University. Seu primeiro e mais importante livro, “Teologia Negra e Poder Negro”, foi editado em 1969; e em 1970, publicou “Teologia Negra da Libertação”. (Miguel Paradowski, in “A Teologia Negra”, Verbo, Espanha, maio/julho/75). Para Cone, a teologia é uma obra coletiva, comunitária, mas somente quando surgida na ‘comunidade dos oprimidos’; para o teólogo racista, “somente uma comunidade dos oprimidos é uma comunidade cristã”. Por isso, para Cone, a “teologia branca” é a “teologia do Anticristo” e, para ser cristã, a “teologia branca deve transformar-se em teologia negra, renegando a brancura como forma adequada do existir humano e afirmando a negritude como a intenção de Deus para a humanidade”. A Teologia Negra tem a mesma tendência que qualquer grupo de contestação política radical: “transformar a comunidade tradicional em grupos de ação, isto é, transformar a instituição em energia social – postulado do marxismo revolucionário” (Sig. Altmann, redator dos temas religiosos do “Der Spiegel”, in “Adeus, Igreja”, Una Voce, jan/março/75). Veja Racismo e Black Power.
Teoria da Dependência - Prega o desenvolvimento do Brasil e de outros países latino-americanos sob a dependência dos EUA. Tem base na obra de 1967, “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”, escrita por Fernando Henrique Cardoso em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faleto. Durante seu Governo, FHC pôs em prática “a inserção subordinada da economia brasileira ao capital internacional que, ao contrário das suas deduções livrescas, bloqueou qualquer possibilidade de um desenvolvimento independente do Brasil e terminou comprometendo até mesmo a própria democracia” (ASMIR-PR, Curitiba, 8 Dez 2000). Veja Big Brother, CEBRAP, Diálogo Interamericano (DI), Diplomacia de Cruzeiro, Globalização e Guerras americanas.
Teoria da “janela quebrada” - Teoria do Programa “Segurança sem Tolerância”, de Nova York, segundo a qual qualquer desleixo municipal é um convite ao crime, mesmo uma simples janela de vidro quebrada numa residência ou numa repartição pública.
Teoria do Foco Teoria da guerra de guerrilha. Veja Foquismo.
Teoria popular das raças – Desenvolvida pelo filósofo Johann Gottfried Herder (1744-1803), que mais tarde foi transformada em várias teorias raciais e no conceito ariano de superioridade alemã de Hitler. Veja Frenologia e Racismo.
Terceira Posição - Terceiro Caminho procurado por Perón, ditador fascista argentino, entre o “coletivismo materialista” da antiga URSS e o “individualismo materialista” dos EUA. Veja “Terceira Via”.
Terceira Roma - Apologia do “Estado absoluto”, formulada por historiadores como Oswald Spengler e Arnold Toynbee, formuladores dos sistemas “cíclicos” da história e “visão binocular” da história, respectivamente. Veja Governança Mundial e Princípio do desenvolvimento cíclico.
Terceira Via - Antigo meio-termo entre o Capitalismo e o Comunismo (como o seguido pela Democracia Cristã em alguns países), ultimamente a denominação foi incorporada pelo Governo britânico de Tony Blair. A expressão “Terceira Via”, utilizada pelo sociólogo inglês Anthony Giddens, seria uma resposta ao “Consenso de Washington” e seu “Pensamento Único”, mas é apenas a velha “Primeira Via” com outro nome. Veja FSM, Globalização e WEF.
Terceiro Cartel - Veja Tercer Cartel.
Terceiro Comando - Veja TC.
Terceiro Estado - Na França, após a implantação da Monarquia Constitucional, ocorrida depois da Revolução de 1789, designava a parte da população em geral. Os representantes do povo sentavam-se à esquerda no plenário, os do clero (Primeiro Estado) no centro e a nobreza (Segundo Estado) à direita. Dessa separação foram cunhadas as expressões “direita” e “esquerda”.
Terceiro Mundo - Mundo subdesenvolvido ou em desenvolvimento, não comunista. Veja Primeiro Mundo.
Terceiro Setor - Relativo à nova realidade sociopolítica, desempenhada pela “Sociedade Civil” (a nova superpotência), com ênfase para as ONGs, após o conflito ideológico Leste-Oeste (URSS x EUA), tomando espaços antes reservados às Nações Unidas. Veja Globalização, Nova Era, Novilíngua e Sociedade civil.
Tercer Cartel - Terceiro Cartel: o mesmo que FARC-EP ou MB (Milicias Bolivarianas), da Colômbia. Os dois outros cartéis da droga são os de Cáli e de Medelin. Veja Drogas, FARC e ELN.
TEREV - Tendência Estudantil Revolucionária. Veja AP (Ação Popular), UIE, UNE e USP.
TERNUMA - Terrorismo Nunca Mais: movimento formado em 2001 por militares e civis, é o contraponto do MTNM (Movimento Tortura Nunca Mais), completando “lacunas” deixadas de propósito pelo MTNM. Veja www.ternuma.com.br.
Terra Lliure - Nossa Terra: grupo terrorista catalão, criado na década de 1970 (Espanha). Veja Escolas de subversão e espionagem.
Terror - Período revolucionário francês (1793-94), abrange a ditadura jacobina conhecida como o “Reino do Terror”, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just. Montesquieu salientou a diferença entre a República, baseada no princípio da “virtude”, e a ditadura, baseada no “medo”. Saint-Just, vendo que o apelo à virtude republicana não surtiria os fins desejados, substituiu-o pelo terror puro. O terror francês ocasionou a morte de aproximadamente 40.000 pessoas e 300.000 prisões. Na era moderna, o terror soviético acarretou a morte de 30 milhões de pessoas, e o terror chinês de Mao Tsé-Tung a morte de 60 milhões. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka, Livro Negro do Comunismo (O), Revolução Cultural e Terrorismo.
Terrorismo - As palavras “terror”, “aterrorizar”, “terrível” e “terrorismo”, assim como “deterrent” na língua inglesa, derivam dos verbos latinos “terrere” (tremer ou causar tremor) e “deterrere” (amedrontar). Essas palavras entram em uso depois que as palavras francesas “terrorisme” e “terroriste” surgiram no período revolucionário entre 1793 e 1798. Na era contemporânea, além dos grupos terroristas isolados, convém ressaltar o terrorismo praticado pelos países comunistas, para disseminação do marxismo-leninismo no mundo, como a União Soviética, a China, a Coréia do Norte e Cuba, assim como o terrorismo apoiado por países islâmicos, como a Líbia, a Síria, o Irã, o Iraque, o Sudão, o Afeganistão (durante os Talibãs), normalmente relacionado com o conflito árabe-israelense e, mais recentemente, com o sentimento antiamericano. Segundo fontes norte-americanas, países que patrocinariam o terrorismo seriam: Afeganistão (Talibãs), Arábia Saudita, Catar, Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão; países suspeitos seriam: Argélia, Autoridade Palestina, Bahrein, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. Veja Al-Qaeda, Entebe, Escolas de subversão e espionagem, ETA, FARC, Fundamentalismo, Instituto 631, IRA, Libro Blanco, OLAS, Operação drogas, OSPAAAL, Seqüestro de aviões, Setembro Negro, Síndrome de Nova York, Sionismo, Talibã e Terror, e leia “Ensaio sobre o Terror”, de Carlos Ilich dos Santos Azambuja, publicado em Mídia Sem Máscara (www.midiasemmascara.org), de 24 Fev 2003.
Tetrafármacon - É a chamada “ética de Epicuro”: “1º) Não se deve temer a morte; 2º) É fácil alcançar o bem; 3º) não se deve temer a divindade; 4º) É fácil suportar o mal” (in “O Jardim das Aflições”, pg. 58). Segundo Olavo de Carvalho, não se trata de uma ética, mas de uma psicologia prática, uma espécie de “auto-ajuda” para a conquista da felicidade – assim entendida por Epicuro.
TFP - Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Criada em 1960 por Plínio Corrêa de Oliveira, ferrenho anticomunista. A TFP é ligada à UDR e edita a revista “Cristianismo”. Veja UDR e MST.
TH - Thermite (Termite), mistura explosiva.
THAAD - Theater High Altitude Area Defense: programa de Defesa dos EUA, com mísseis balísticos de alta altitude, radares ativos e maior capacidade de busca. Veja SALT e START.
TI - Transparência Internacional: ONG que combate a corrupção, listando, por exemplo, os países mais corruptos do mundo. Veja Índice de opacidade.
TIAR - Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tratado do Rio): firmado no Rio de Janeiro no dia 2 de setembro de 1947, dando nova feição à Doutrina Monroe, “a América para os americanos”, de 1823. Os antecedentes remontam à Conferência de Buenos Aires, realizada em 1936. Na Guerra das Malvinas (Falklands), muitos políticos exigiram a aplicação do TIAR e criticaram os EUA por fornecer imagens de satélites aos ingleses, esquecendo-se de que não foi uma agressão do Reino Unido contra um país das Américas, mas apenas uma agressão de um país sul-americano (Argentina) contra uma colônia inglesa. Veja Conferência de Buenos Aires.
Tibete - O décimo Panchen Lama, nascido na China e rival do Dalai Lama, apoiou a instalação do regime comunista na China, em 1949, e a ocupação do Tibete, a partir de 21 outubro de 1950, no desenrolar da Guerra da Coréia. Após a rebelião tibetana de 1959, esmagada pela China, o Dalai Lama refugiou-se na Índia. Em 1970, a China anexou “definitivamente” o Tibete, que passou a ter status de região autônoma. Segundo o escritor soviético Alexander Soljenitsyn, "a ocupação chinesa do Tibete é obra do mais brutal e desumano de todos os regimes comunistas que já existiram no mundo". Dos seis mil mosteiros antes existentes no Tibete, os comunistas deixaram apenas oito em pé. Morreram cerca de 1.200.000 tibetanos, assasinados, torturados, ou queimados vivos em campos de concentração, além de milhares de mulheres obrigadas a abortar e esterilizadas à força. Veja PCCh, Revolução Cultural e Sistema métrico da intolerância.
TICP - Tribunal Internacional Criminal Permanente: assinado pelo Brasil em 2000. O Brasil faz parte da Convenção contra a Tortura, desde 1989. Veja Tortura.
Tigres de Tamil - Veja LTTE.
Timor Loro Sae - Timor do Sol Nascente: futura denominação do Timor-Leste. Veja FRETILIN, UNAMET e UNTAET.
“Tinta simpática” - Escrita secreta, cifra.
TIPH - Temporary International Presence in Hebron: Força de Paz da ONU, na cidade de Hebron, para restabelecer clima de paz e segurança, previsto no acordo firmado em Jerusalém, em 21 Jan 1997 (Israel devolveu a cidade de Hebron ao Governo palestino de Arafat; porém, em torno de 400 judeus ainda permaneceram na cidade). Veja Intifada e Sionismo.
Tirania das minorias - Tribalismo mundial, que aumentou com o transnacionalismo, tende a eliminar o conceito de “Estado-nação”. As ONGs, por exemplo, são tribos de atuação global. Veja Diálogo Interamericano (DI), Globalização, Governança global, Nova Era e Novilíngua.
Tirofijo - Apelido de Manuel Marulanda Velez, o mais antigo guerrilheiro em atividade nas Américas, comandante das FARC (Colômbia). Veja FARC.
TKP - Trudovaia Krestiánskaia Pártia (Partido Camponês do Trabalho): imaginário partido de oposição, na antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag e Lubianka.
TME - Tropa de Mísseis Estratégicos (Rússia). Veja SALT e START.
TML - 1. Tendência Marxista-Leninista. 2. Teologia Marxista de Libertação. Veja Camilistas, Frades dominicanos e Teologia da Libertação.
TN - 1. Thermonuclear (Termonuclear): refere-se a bomba nuclear (fusão), com poder de destruição superior à bomba atômica (fissão). 2. Terroristítcheskie Nameriênia (Intenções Terroristas): perseguição política, na antiga URSS. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos e Lubianka.
TNP - Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Veja “Coldre vazio”, “Flecha quebrada”, “Gigante enfraquecido”, “Lança torta”, NPT, SALT e START.
TNT - Trinitrotolueno (Nitroglicerina), ou Tolita, ou Tolite, ou Trilite, ou Tritol, ou Tritolo, ou Triton, ou Trotil: tipo de explosivo.
Tomahawk - Cruise missile (Míssil de cruzeiro), dos EUA. Lançado de navios e aviões, o míssil alcança até 1.600 km a uma velocidade de 880 km/h e sua ogiva carrega até 455 kg de explosivos. O sistema de navegação do Tomahawk, com um mapa do relevo programado em sua memória, proporciona o vôo do míssil próximo do solo para fugir do radar. Durante o percurso, uma troca de informações do míssil com satélites permite corrigir a rota até o alvo. Custo unitário: de US$ 750 mil a US$ 1 milhão. Veja Diplomacia de cruzeiro, Governança global, Guerras americanas, SALT e START.
Tories - Plural de “Tory” (Conservatory”), originalmente os Tories eram partidários do Rei James II, católico extremista, destronado por Guilherme de Orange. Na Irlanda, há áreas “verdes” (green) – católicos conservadores ou “green tories”, e “laranjas” (orange) – da Ordem de Orange (protestantes). A imagem dos Tories hoje é associada aos “conservadores” britânicos em geral. Veja Batalha de boyne, Feniano e IRA.
Torismo radical - Movimento “Inglaterra Jovem”, de Disraeli, “um esforço de uns poucos a fim de reestruturar a Inglaterra” (in “George Eliot”, pg. 287). Veja Tories.
Tortura - “Suplício ou tormento violento infligido a alguém”. (Dicionário Aurélio). Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei 9.455, de 7 Abr 1997, afirma que tortura é: 1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo; 2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo; 3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; 4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão. Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento; 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; 5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima; 6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; uma outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima; 8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos; 9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais; 10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentatotal, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar; 11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais; 12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 13) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer”. (Dicionário Aurélio) Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”. “Durante esses anos (Grande Terror), cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stalin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (Paul Johnson, op. cit., pg. 254). No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como garante o general Adyr Fiúza de Castro, em depoimento constante do livro “Os anos de chumbo – a memória sobre a repressão”, de Maria Celina d’Araújo e outros, Editora Relume-Dumará, RJ, 1994. Porém, segundo o general Fiúza, “80% das argüições de tortura e de maus tratos dos subversivos presos eram devidos a informações e a instruções dos advogados visando à redução das penas, isto é, a denúncia desse estigma foi industriada como instrumento de pressão psicológica sobre os militantes, para que não se deixassem prender, e orquestrada para dar-lhe uma conotação institucional, ou seja, para disseminar a crença de que se tratava de uma posição intencionalmente assumida pelo governo, o que de fato não ocorreu.” (Cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 339 e 340). “Se houvesse alguma instrução nesse sentido, ela já teria sido amplamente explorada.” (Del Nero, op. cit., pg. 340). “Infelizmente, os homens de ação – ao contrário dos intelectuais – não podem anular ou apagar das lembranças as suas atitudes, pedindo simplesmente que todos esqueçam o que eles escreveram, disseram ou fizeram.” (Del Nero, op. cit., pg 341, sobre a tortura e o “esqueça o que escrevi” de FHC). Veja “Churrasquinho chinês”, Convenção sobre a tortura, Dissidentes, Empalação, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Kempei-Tai, Lubyanka, Pervaia kategoriia, Revolução Cultural e Vlad, o empalador; e “Técnicas de Tortura” no site http://dxagas.vila.bol.com.br/comotort.htm.
Tostadora de Pinar - Cela subterrânea de mais de 40º à sombra, em Pinar de Río, Cuba, onde ficou preso o poeta dissidente Heberto Padilha, autor de “Fuera de Juego” (Fora de Jogo), com intervalos de “imersões diárias em fossa de excrementos” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 160). Veja Cela-gaveta, Revolução Cubana e Tortura.
Totalitarismo - Regime político que se impõe pelo terror, a exemplo do Comunismo, Fascismo e Nazismo.
Totenkopfverbände - Unidades de Comandos da Morte: criada por Himmler para dirigir campos de concentração e outras tarefas especiais, que incluíam criminosos como Adolf Eichmann e Rudolf Hess, que já tinham sido condenados por assassinatos. Os regulamentos dos campos de concentração foram compilados por Himmler. O primeiro campo foi o de Dachau, aberto oficialmente a 22 Mar 1933 para acomodar 5.000 prisioneiros. Veja Campo de concentração, NAZI e S.S.
TPI - Tribunal Penal Internacional: criado em julho de 1998 em Roma, o TPI representa um passo nos esforços da comunidade internacional para estabelecer a lei - e não os interesses nacionais de cada país - como o princípio que rege suas relações. Sua principal contradição: há um choque entre a soberania nacional - o mais sagrado princípio do direito internacional moderno - e a autoridade de um poder judiciário supranacional que se eleva acima das nações. Outras cortes supranacionais: CIJ, CEJ, CEDH, CPA e CIDH. Veja Diplomacia de cruzeiro, Globalização, Governança global e Guerras americanas.
TPOR - Tendência pelo Partido Operário Revolucionário.
TPP - Tribunal Permanente dos Povos: com sede em Bruxelas, condenava apenas as agressões feitas por países não-comunistas. Exemplo: agressão dos EUA contra a Nicarágua. Veja TBR (Tribunal Bertrand Russel).
TPTY - Tribunal Penal para a Iugoslávia: crimes de guerra cometidos pela Iugoslávia na Guerra de Independência da Bósnia-Herzegovina e na questão do Kosovo. O ex-Presidente Milosevic foi levado ao Tribunal. Veja Diplomacia de cruzeiro, Globalização e TPI.
Trabalho de massa - Com a “mão na massa”, os padeiros atuais do marxismo-leninismo, travestidos de socialistas, onguistas, clero progressista, trabalham as massas trabalhadoras para cooptação política: movimento operário/sindical, movimento educacional, movimentos populares. Veja Adestramento, Balilas, Governo paralelo, Movimento de massa, MST, Novilíngua, Orçamento participativo, Poder paralelo, Politicamente correto e PT.
Transferência de responsabilidade – É, por exemplo, culpar os Estados Unidos pela pobreza que existe no mundo, como acusa a esquerda. Veja Antiamericanismo e Antiglobalização.
Transparência em Armamentos - Registro de armas convencionais das Nações Unidas: a 47ª Assembléia-Geral da ONU, em sua Resolução 47/52l, de 15 Dez 1992, solicitou a todos os Estados-membros que proporcionassem, anualmente, a partir de 30 Abr 1993, as informações sobre suas transferências de armamentos, e os convidou a informar também sobre seus estoques, aquisições internas e políticas pertinentes, relativas às seguintes categorias de armamentos, em número de 7: carros de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aviões de combate, helicópteros de combate, navios de guerra, e mísseis e lançadores de mísseis. Veja RACNU.
Transponder - Equipamento de aeronave que envia sinais eletrônicos às bases de comando, com dados sobre altitude, rota e velocidade da aeronave. Nos atentados contra as torres gêmeas do WTC, em Nova Iorque, e contra o Pentágono, em 11 Set 2001, os terroristas desligaram o equipamento, dificultando o rastreamento das aeronaves. Veja Síndrome de Nova York.
Tratado de Mensk - Formou a Comunidade de Estados Independentes (CEI), em 1991, extinguindo a URSS. Em 25 Dez 1991, Mikhail Gorbatchev renuncia à Presidência de um país que, na realidade, não existia mais. Veja Guerra Fria e Muro de Berlim.
Tratado de Nanquim - Assinado ao término da Guerra do Ópio, entre o Reino Unido e a China. Veja Guerra do Ópio e Operação Drogas.
Tratado de Ottawa - O Tratado de Ottawa, que proíbe a utilização de minas terrestres, entrou em vigor em 1 Mar 1999. Assinado em primeiro lugar em Ottawa em dezembro de 1997, contava no início de 1999 com 132 países signatários, enquanto 65 países se recusavam a ratificá-lo. Importantes fabricantes de minas antipessoais ficaram de fora do Tratado, como os EUA, Rússia, China, Índia, Iraque, Irã e Israel. As minas terrestres matam ou mutilam anualmente cerca de 26.000 pessoas em todo o mundo. Veja Minas.
Tratado de Tlatelolco - Tratado de proibição de armas nucleares na América Latina e no Caribe; o Brasil é signatário (Tlatelolco, México). Veja TNP, SALT e START.
Treinamento hipóxico - O treinamento hipóxico, com baixo teor de oxigênio, atualmente utilizado por velocistas, boxeadores e nadadores, não deixa de ser uma forma sutil de emprego de droga para fins esportivos. Afirma-se que o uso de aparelhos hipóxicos pode aumentar o desempenho do atleta em até 40%. Teoricamente, seria muito útil aplicar esse treinamento à Seleção Brasileira de Futebol, para não sofrer mais vexames nas altitudes de La Paz, contra os bolivianos. Veja Drogas esportivas.
Tríade - Na filosofia de Hegel, é o esquema do desenvolvimento de um processo, em três graus: a tese, que é negada pela antítese, que se lhe opõe, gerando a síntese - uma nova realidade. Utilizada pelos marxistas na explicação da evolução da sociedade capitalista para a ditadura do proletariado. Veja Marxismo.
Tríades - Organização mafiosa chinesa. Originalmente, era uma sociedade secreta que pretendia restaurar a Dinastia nacional Ming e depor a Dinastia estrangeira Manchu. Formada pela “Six Great Triads” (Seis Grandes Tríades), é a mais numerosa organização criminosa do mundo (tem pelo menos 100 mil membros – dados de 1997), podendo vir a ser a mais perigosa no século XXI. Cinco grupos das tríades estão estabelecidos em Hong Kong e Formosa, e uniram-se ao “Great Circle” (Grande Círculo) de Xangai, o que se deve à crescente riqueza da República Popular da China (RPC). Estão envolvidos em tráfico de drogas e armamento, imigração ilegal, roubo de veículos, pirataria de equipamentos eletrônicos e software, jogatina, agiotagem, prostituição, pornografia e fraude. Atuam em Hong Kong, Taiwan e China (Xangai), com ramificação na América Latina, especialmente São Paulo. Há ligação governo-polícia-crime organizado. Veja Máfia e Máfias atuantes no Brasil.
Triângulo Dourado - Myanmar, Tailândia e Laos: produz a maior parte da heroína no mundo. Veja Drogas e Máfia.
Tribunal Bertrand Russell - Veja TBR.
Tribunal de Haia - Refere-se à Corte Internacional de Justiça (CIJ), da ONU, com sede em Haia. Veja CIJ.
Tribunal de Nuremberg - No período de 1945 a 1947, o Tribunal de Nuremberg julgou e puniu líderes nazistas em 13 julgamentos. Juízes norte-americanos, britânicos, franceses e soviéticos, representando as nações vitoriosas da II Guerra Mundial, condenam à morte 25 alemães, 20 à prisão perpétua e 97 a penas curtas de prisão. Foram absolvidos 35 indiciados. Dos 21 principais líderes nazistas capturados, 10 são executados por enforcamento em 16 Out 1946. O marechal Hermann Goering suicidou-se com veneno na prisão. Veja Campo de concentração, Eichmann (Caso) e NAZI.
Tribunal Permanente dos Povos - Derivou-se a partir do Tribunal Bertrand Russel (TPR). Veja TBR e TPP.
Tribunal Revolucionário - Promovido por terroristas, faziam “justiçamento” de desafetos e de próprios companheiros de guerrilha. O mesmo que “Tribunal vermelho”. Veja Justiçamento e PCB, e “os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).
Tribunais sem Rosto - Criados em 1992 pelo Presidente Alberto Fujimori (Peru), como parte da legislação antiterrorista, num período em que os grupos subversivos encontravam-se no apogeu de sua ação violenta, especialmente o Sendero Luminoso. Os juízes “sem rosto” eras instalados atrás de espelhos de uma só face ou vestindo capuzes, durante os julgamentos dos terroristas. No dia 16 Out 1997, foram extintos esses tribunais. Organizações de “direitos humanos” afirmam que cerca de 1.400 pessoas foram injustamente condenadas pelos “tribunais sem rosto”. Veja COLINA, Sendero Luminoso e SIN.
Tribunal Sader - Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas” da USP, pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo Comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de 110 milhões de mortos. Ou seja, apenas mais uma pérola “novilíngua” de Sader, esforçado aprendiz da arte da desinformação, querendo nos fazer esquecer os crimes enunciados no “Livro Negro do Comunismo”. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o “nikil obstat” de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele próprio: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo “liberalismo x comunitarismo” (ou por Fórum de Davos x Fórum Social Mundial). Veja Antiglobalização, Desinformatsya, Fórum de Davos, Fórum Social Mundial, Libélulas da USP, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto, Tribunal Bertrand Russel, USP e WEF.
Tribunal Vermelho - O mesmo que tribunal revolucionário. Veja Justiçamento e “os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).
Tricontinental - Criada durante a OSPAAAL, que se realizou em Havana, Cuba, de 3 a 15 Jan 1966 – juntamente com o XXIII Congresso do PCUS. (Em 1965, em Gana, ficou decidido que a OSPAA realizaria seu próximo encontro em Cuba, no ano seguinte, para integrar também a América Latina – daí OSPAAAL). “Consiste no princípio de que a coexistência pacífica não se pode estender às chamadas ‘guerras de libertação nacional’, isto é, às guerras ‘entre oprimidos e opressores, entre os povos coloniais explorados e seus exploradores colonialistas e imperialistas’ ” (Meira Penna, in “Política Externa”, pg. 133). À Tricontinental compareceram representantes de 82 países, dos quais 27 latino-americanos. A delegação brasileira foi composta por Aluísio Palhano e Excelso Rideau Barcelos (indicados por Brizola), Ivan Ribeiro e José Bastos (do PCB), Vinícius Caldeira Brandt (da AP) e Félix Ataíde da Silva, ex-assessor de Miguel Arraes, na época residindo em Cuba. A tônica do encontro foi a defesa da luta armada. No encerramento, Fidel Castro afirmou que a “luta revolucionária deve estender-se a todos os países latino-americanos”. A Tricontinental foi a estratégia que desencadeou a Guerra do Vietnã e guerras civis como em Angola e Moçambique, e os grupos terroristas que surgiram na América Latina a partir de 1967/68, especialmente no Brasil, Argentina e Chile. No campo cultural, a Declaração da Tricontinental recomendava a “publicação de obras clássicas e modernas, a fim de romper o monopólio cultural da chamada civilização ocidental cristã, cuja derrocada deve ser o objetivo de todas as organizações envolvidas nessa verdadeira guerra”. Nesse encontro, o Senador Salvador Allende (futuro Presidente do Chile) faria uma proposta aprovada por unanimidade pelas 27 delegações: a criação da OLAS. Assim, no dia 16 Jan 1966, um dia após o término da Tricontinental, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, que passou a ser dirigida pelo Comitê de Organização, constituído de representantes de Cuba, Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Guiana e México. A Secretaria-geral foi entregue à cubana Haydee Santamaria, e o representante brasileiro era Aluísio Palhano. Veja Foquismo, FSM, FSP, Movimento de massa, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAA, OSPAAAL, Revolução Cultural, Revolução de 1968, UNE e USP.
Trilha Ho Chi Minh - Países de última classe (embaixadas), o oposto de "Circuito Elizabeth Arden". O nome advém da rede de estradas camufladas criadas por Nguyen Vo Giap, que de dia eram encobertas por árvores plantadas em vasos, dificultando os ataques americanos contra os Viet Cong (Guerra do Vietnã). Cong é palavra vietnamita para comunista. Veja Guerra Fria e Kmer Vermelho.
Tríplice Entente - Aliança formada pela Rússia, França e Inglaterra contra a Tríplice Aliança (Áustria, Alemanha e Itália) na I Guerra Mundial.
Tríplice Fronteira - Região de fronteira do Brasil (Foz do Iguaçu), Paraguai (Ciudad de Leste) e Argentina, local de intenso contrabando, tráfico de drogas e armas, e presença de grupos fundamentalistas islâmicos. Veja Drogas.
TSCA - Toxic Substances Control Act (Lei de Controle das Substâncias Tóxicas): promulgada em 1976 (EUA). Veja Drogas.
TSOMET - Partido político de Israel; não-religioso, militarista e de ultra-direita; prega a imposição da ordem pela força.
TSU - Top Secret Umbra (Informação de Inteligência Ultra-Secreta).
Tugues - Integrantes de movimento religioso terrorista, ligado ao hinduísmo. Veja Assassinos (Seita dos) e Zelotes.
Tupamaros - Membros do Movimento de Libertação Nacional (MLN), do Uruguai. No auge de sua atuação, em 1970, o grupo tinha 3.000 membros ativos em Montevidéu, compartimentado em “grupos de fogo” de 4 a 5 homens. O movimento promoveu assaltos a bancos e a postos policiais. Em 1970, executaram o refém Dan Mitrione, funcionário da USAID, em retaliação à recusa do Governo de trocar presos políticos por ele. Em 1972, a maioria de seus líderes estavam presos ou mortos. Veja Foquismo e OLAS.
Turcos, Os - Organização criminosa da Turquia conhecida como “Os Turcos” é formada por uma dezena de clãs curdos. Originou-se como bando de contrabandistas que operavam no Cáucaso e nas fronteiras persa-otomana há séculos. Estão ligados à guerra pela independência curda (Curdistão) na Turquia, no Irã e no Iraque. Parte dos lucros oriundos da heroína vinda da Ásia Central, Afeganistão e Paquistão são destinados aos curdos rebeldes. Os Turcos obtém lucros, ainda, com pirataria de produtos eletrônicos e vídeo, falsificação de passaportes e cédulas de identidade, prostituição, negócios escravos, jogo ilegal, extorsão, fraude e operações de peculato. Veja Drogas e Máfia.
Tuskegee, Experiência de - Realizada em Tuskegee, Alabama, EUA, entre o período de 1932 e 1972, em que médicos deixaram de ministrar tratamento a pacientes negros com sífilis para entender melhor as repercussões da forma mais grave dessa doença sobre o sistema cardiocirculatório. Veja Eugenia, Código de Nuremberg, Declaração de Helsinque e Racismo.
Tutsis - Etnia do Burundi e da Ruanda, em luta contra a etnia Hutus, pelo poder político. Veja Genocídio e Massacre de Ruanda.
TV Bem - Instituto de Defesa do Telespectador: ONG que combate a distribuição de videogames violentos, como Carmageddon, Mortal Kombat Letal, Blood, Requiem etc. Veja www.oanfilhos.org.br.
Tzotzil - Indígenas de Chiapas, do EZLN (México). Veja EZLN.