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Cartas-->Minhas Meninas -- 20/03/2006 - 20:19 (FAFÃO DE AZEVEDO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minhas meninas,

O Natal vem chegando e com ele a virada do ano. Uma virada redonda para o ano 2000 que, embora equivocadamente, está sendo considerada também virada de século e de milênio.
Mas não importa aqui se está certo ou não. Importa o estado de espírito que a virada sugere. Ano Novo Vida Nova – é o que costumamos dizer.
Quero aproveitar este momento de mudanças para lembrar um outro dito popular: Viver é lutar. E discorrer um pouco sobre a beleza da luta.
As lutas são belas, não importam seus resultados. Tal como uma partida de futebol bem jogada, podem ser comparadas com um bailado. As lutas muito se parecem com danças. E nas danças não há vencedores nem vencidos. Reparem a capoeira, que até música tem. Seus passos e golpes são ritmados e cadenciados como uma coreografia. As lutas orientais, como o caratê e outras, até são chamadas de “artes marciais” tal é a precisão de seus movimentos.
Mas vamos nos centrar, aqui, na luta da vida. Essa luta que não tem juizes nem regras (a não ser nossos conceitos de ética). Essa luta que não tem início nem fim. Lembrei agora de um livro que vocês já leram e, parodiando seu título, bem podemos pensar assim: “Enquanto houver vida, lutarei.” Pois nessa luta também não há vencedores nem vencidos.
Por isso, meninas, aceitem meu abraço e todo o meu carinho pela luta que vocês empreenderam durante este ano de 1999. Parabéns!
Parabéns, Ni, pela sua garra e energia despendida nos estudos, pela volta por cima dos problemas de saúde que lhe acometeram, pela sua criatividade para mudar a rotina e retomar o controle emocional que lhe fugiu nas horas de estresse. Pois a capacidade criativa é o que nos diferencia dos outros entes que convivem conosco na superfície terrestre e poderá nos permitir a construção de um mundo melhor.
Parabéns, Neide, pela sua vida interior que tanto lhe poupa dos desgastes do clima emocional carregado que rondou à sua volta, pelo exercício constante gratuito de sua afetividade, pela sua docilidade no trato com as pessoas, pela sua solidariedade que a todos comove. Pois esse é o sentimento básico, a condição si ne qua non para a conquista da felicidade.
Parabéns a ambas pelo que fizeram e pelo que ainda irão fazer no decorrer do novo ano, século, milênio... Pois, como dizem os militantes políticos idealistas (alguns petistas, por exemplo), com muita propriedade: A luta continua, companheiras.
Continuem lutando, meninas, e procurem lutar cada vez melhor. Aperfeiçoar os métodos, envolver cada vez mais a alma.
São esses os meus votos para essa virada de ano.
E se sobrar, em vocês, disposição de luta, ajudem, com criatividade, solidariedade e com a sabedoria da compreensão, sua mãe e a mim, na reconstrução de nossas vidas. Para termos todos muitos Natais felizes.

Rio de Janeiro (RJ), dezembro de 1999.
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