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Cordel-->NASCIMENTO VIDA E MORTE DE UM AMOR -- 03/05/2004 - 19:51 (ADELMARIO SAMPAIO) |
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NASCIMENTO VIDA E MORTE DE UM AMOR
O amor que nasceu um dia
Por vacilante começo
Tentando sobreviver
Depois do parto o berço
Embalado de emoções
Alvorada com ilusões
Esse é o fio de começo
Na sobrevida de sonhos
Gerado como em cansaço
É depois amamentado
No macio do antebraço
Que sugando acalanto
No seio de um encanto
Ninadas no mesmo espaço
Tentando fazer-se oculto
Contado como segredo
Engatinhou no vacilo
Andou agarrado ao dedo
Que nesse dia de vida
Palavras feitas guarida
Fazem mais leve o medo
E pretendente ao vôo
Nas asas do desencalhe
Por ver-se adolescente
Os risos não há quem cale
Desordem em desmantelos
Seguram enormes castelos
Ultima cartada é que vale
Mas quem voa é o tempo
Os sonhos não mais se via
Quando mais tarde o espelho
Rugas de quem já não ria
Como o amor que passou
Só a saudade sobrou
Vincam face e findam dia
Morte ou medo de volta
Como desmaio ou espasmo
Tendo chegada noite
Companheira do marasmo
A sepultar quem sem vida
Dessa obscura saída
No agonizante sarcasmo
*
Adelmario Sampaio
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