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Cronicas-->Outro dia Comum -- 28/05/2003 - 19:57 (Fábio Evaristo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Outro Dia Comum

Estava sentado em frente de minha casa depois de mais um longo dia a procura de emprego. Minha mulher, fritando ovos para o jantar, sussurrava um desses cantos da moda no mesmo lugar onde minha filha assistia desenhos animados. As pessoas que estavam na rua: um menino, que descia em sua bicicleta tão rápido que fazia poeira, um casal de namorados jovens trocando beijos na esquina, dois homens discutindo sobre qual era o melhor time do campeonato nacional de futebol. Estes últimos caminhavam cambaleando, quase caindo no cascalho. A comida já está quente, disse minha mulher do fogão. Preferi aguardar meus outros três filhos que ainda não tinham voltado da escola.
Enquanto esperava, um amigo apareceu de súbito vindo através da escadaria que ficava ao lado de onde eu morava. E aí Zé, conseguiu algum trampo hoje? perguntou ele e, vendo-me abatido, acrescentou: É, as coisas estão cada vez mais difíceis, neste mundo só prospera mesmo quem é esperto. Realmente, disse eu para não parecer que estava desinteressado no assunto. Depois disso, percebi dois homens, já conhecidos e respeitados na região, aproximarem-se do casal de namorados da esquina que agora se beijavam tão fogosamente parecendo ser a última vez que o faziam. Pelo visto vai ter acerto hoje, disse meu amigo, bem feito também essa juventude só quer se divertir sem se preocupar com as consequências. Um dos homens que se aproximavam dos jovens sinalizou para que entrássemos. Você não quer comer? perguntei ao companheiro que aceitou peremptoriamente. Mal terminei de cerrar o comprensado quando um grito que dizia eu vou pagar foi interrompido por dois estouros estridentes e secos. Temos ovos fritos e arroz, vai querer, perguntei-lhe afim de quebrar o silêncio que sucedeu após os disparos. Disse que sua mulher o esperava para comer, não podia ficar. Logo despediu-se e foi embora.
Durante a refeição, chegaram meus filhos que estavam na escola, contentes por terminarem mais um cansativo dia de aula. Alguma novidade papai, perguntou-me o mais velho já devorando o seu ovo frito com arroz. Nenhuma, foi outro dia comum, respondi olhando para o noticiário que começava na televisão.
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