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Erotico-->Freirinha veneno -- 30/04/2002 - 16:09 (Firmino Lessa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Freirinha veneno

A freirinha era bem jeitosa. Rosto de menina, pele morena clara, cabelos negros quase totalmente escondidos por aquela espécie de touca, e um corpinho que atiçava a imaginação. Escondido pelo hábito, tipo saia e blusa, sugeria formas provocantes, curvas tentadoras e deliciosas áreas proibidas. Os seios, como seriam? Belos e sofridos, coitadinhos, tão apertados ali naquelas roupas estranhas.
Chamava-se Irmã Helena, e o professor Souza ficou vidrado nela desde o dia em que a viu sair da aula de história da religião, sorridente como um anjo. Passou por ela tão enfeitiçado que sequer respondeu a seu cumprimento gentil, que lhe soou como um suave beijo nos ouvidos.
Naquela noite, mal dormiu, pensando naquela mulher proibida, distante e protegida por forças espirituais superiores. Como esquecê-la?
Na reunião dos professores daquela semana, porém, Souza não perdeu tempo e correu para garantir um lugar ao lado dela. Ficou tão próximo que até sentiu seu perfume, ou o que imaginava fosse seu perfume. Para disfarçar, iniciou um diálogo formal, embora no fundo quisesse mesmo era passar as mãos sobre aquelas coxas misteriosas, acariciar-lhe as mãos, avançar aos poucos em direções proibidas…
A conversa seguia neutra, embora ela lhe dispensasse a maior atenção, com um sorriso encantador (mas que boca!). Souza balbuciava frases e expressões vagas, enquanto sua cabeça se concentrava em outras cenas, embora com a mesma companhia. E quando de repente ela tocou sua mão, num gesto inocente para chamar-lhe a atenção, o coração disparou e o sexo, já latejando desde o início do encontro, endureceu de vez, entrando em franco desespero. Ele aproveitou aquele toque, segurou-lhe a mão com força e balbuciou com voz trêmula:
- Irmã, ou professora Helena… (como deveria chamá-la?). Posso lhe fazer uma pergunta, assim, meio indiscreta?
E sem esperar resposta, diante dos olhos assustados dela, ele não sabe como, mas foi logo emendando: - Você gostaria de transar comigo?
Por coincidência, naquele momento a voz aguda da diretora começou reunião, e ninguém reparou que ambos ficaram subitamente com o rosto em fogo. Ele de inexplicável vergonha e ela… bem, como explicar os sentimentos de uma freirinha diante de uma proposta desse quilate?
Pelo resto do encontro não mais se falaram, cada um recolhido a seus pensamentos. À noite, sozinho no apartamento minúsculo que dividia com suas lembranças, Souza tentava dormir. Tarefa impossível, diante da profunda besteira que fizera, convidando uma religiosa, veja só, a cometer um pecadão daquele tamanho, como se fosse uma mulherzinha vulgar… Ele queria simplesmente perguntar onde ela tinha se formado…
Como o sono não vinha, resolveu encher a cara. Estava com a garrafa de whiskey na mão quando uma leve batida na porta o surpreendeu. Ao abri-la, a surpresa foi maior ainda. Estava ali, em carne e osso, olhar brilhando divinamente, ninguém menos que sua doce freirinha.
O resto da história nem preciso contar. Sem qualquer palavra, viram-se de repente envoltos num abraço de fogo, rolando pelo chão em volúplia pecaminosa. As roupas foram arrancadas com sofreguidão de amantes ansiosos e quando sentiu em seus braços aquele corpinho nu, macio e ardente, Souza mergulhou de vez no paraíso.
Ou seria no inferno?

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