Vou caiando o sol!
Abano uma folha caída do bamburral
para sorver o suor que desce como pedra ladeira abaixo!
Derreto as sílabas - uma declaração
 .; de amor - congeladas no
 .; escaninho do tempo!
Reverberam copos varridos no lençol do mundo!
Costurados os pequenos farrapos,
 .; deixam o incômodo na aspereza das emendas,
mesmo estando com os olhos cerrados,
que saúdam uma dolorosa lembrança!
Vou cosendo a vida com a tessitura do além!...
Enquanto o sol caiado com a
 .; minha sombra queima o meu último verso escrito no chão!
Castelo de sonho!
Sono letárgico de uma vida sem você!
©Balsa Melo
03.04.06
João Pessoa - PB
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