Foge da sanha do bastardo e incongruente amor,
Toda razão que foste, terra minha, dividido pão.
Ameno e úmido final deste temor
Que volta vingador e derradeiro. Não!
Não à terra exaurida, a este parto calado,
De inaceitável penhor da liberdade jamais resgatada.
Não à intranqüila glória
Que desconhece as alturas e vingou sem ser semeada.
Senhor, escutai este canto gentio, pagão,
Que dos palmares elevou a voz de escravizado povo,
E que hoje não tem cor nem traço, mas nação.
Socorrei nossa gente, estancai tanto gozo
Dessa insaciável estirpe a sangrar este chão
Que é sagrado cadinho de um mundo novo.
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