Sou a fúria de um furacão,
Um manifesto na multidão.
Um grito abafado de glória,
Sem futuro e sem memória.
Escondido em faces de mim.
Eu sou assim.
Sou um elo da humanidade,
Um menino sem maldade.
Um homem digno, de bem,
Sem prestígio e sem ninguém,
Numa busca constante, sem fim.
Eu sou assim.
Sou a razão de terno e gravata.
Um animal escondido na mata.
Uma pessoa que não conheço.
Alguém sem valor, sem preço.
Prisioneiro do não e do sim.
Eu sou assim.
Sou um austero disfarçado,
Um constante atormentado.
Um escritor de sentimento,
Sem juiz, sem julgamento.
Um louco dentro de mim.
Eu sou assim.
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