Janela nem porta não tinha
A minha casinha singela,
Na bela paisagem selvagem.;
Parede não tinha nela.
Sob o telhado de palma,
Minh’alma calma vagava,
Imaginava um futuro
Seguro onde eu estava.
Na rede suspensa nas traves,
Às aves ouvia cantar,
O balançar das folhagens,
Mensagens puras do ar.
Durante o dia só via,
O que havia de vizinhos,
Macaquinhos, porcos, mateiros,
Os ligeiros passarinhos.
Nessa mista vizinhança,
Da onça sutil e flexível,
Possível era ver pegadas
Deixadas imperceptível.
Longe da vida urbana,
Da humana correria,
Sabia pouco do mundo
Imundo que existia:
Da corrupção política,
Da crítica situação,
Do ladrão e da miséria,
Da séria poluição.
Um dia cansado do mato,
Do anonimato total,
Da vida tal que levava,
Voltava à terra natal.;
Mas para trocar a vida
Vivida em zona rural
Por tal rotina agitada
Encontrada na capital.
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