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Discursos-->13. A COLHEITA É OBRIGATÓRIA -- 09/07/2002 - 06:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Um ruminante não é mais feliz do que um homem que pratica um crime? O criminoso é inconsciente, imoral, ou seja, alguém que não teve a possibilidade dos dons maravilhosos da virtude. A vaca, no pasto, enquanto rumina, paira inerte em sua inconsciência existencial, afastada do bulício da vida, como se nada se passasse além de seus movimentos peristálticos.

No deblaterar do mundo moderno, o homem busca soluções imediatas para problemas eternos. Doce ilusão! A fastidiosa ocupação da vaca, neste aspecto, é mais profunda quanto à vitalidade e ao amor ao próximo, pois resulta na produção do leite para saciar a fome. O que produz o homem? Sonhos, fantasias, morte, trevas, ignorância, “pecado”. O homem tem a vida para desenvolver sua consciência. E o que faz? Imerge cada vez mais nos crimes, nos desatinos de existência perdida em dissipações, em ignominiosos vícios, em hediondos e irremediáveis assassínios da fraternidade, da benquerença, da virtude.

Vocês que têm o coração mais puro, por que não vão em socorro de seu irmão que erra nas trevas, no turbilhão insensato dos prazeres carnais? Esvaziem sua bolsa, arregacem suas mangas e ponham mãos à obra de Deus. Vocês são os amigos escolhidos para o sagrado trabalho; não titubeiem, não hesitem. Abram-lhe o coração empedernido e depositem nele a fé em Deus e em sua redenção gloriosa.

O amor ampara e soergue. A timidez com que enfrentam o mal é ridícula. Vocês temem as represálias dos homens? E que dizer dos castigos de Deus? Vocês se contentam em viver a sua vida? E que dizer de sua missão de amor? A vida que lhes foi dada pode ser tirada. Tudo na criação teve início e terá paradeiro. Por que, então, não começar a sua obra meritória, para fazer jus aos benefícios da vida? Que esperam? Que um sinal de luz desça dos céus? Pois lá não está o Sol, radiante e belo, o grande protetor? Que maior prova desejam de que Deus existe e vela por vocês? Querem, acaso, que o Sol se apague? De que lhes adiantará esse eclipse? Vocês desprezam a credulidade e a boa-fé dos selvagens. E vocês mesmos não se amesquinham nas suas ânsias de grandiosidade? A sua ignorância é tamanha que chegam a duvidar mesmo da própria existência. Mentes infantis! Pois então não vêem quão grande é a magnificência da vida?! Vocês se afastam das premissas do amor das leis de Deus. Que outros valores têm para substituir as lições de vida que o Cristo lhes trouxe em sua peregrinação e através de seu sofrimento? Vocês desejam superar a sua condição e dominar a natureza. O único que conseguem é devastadora destruição, que está colocando em perigo a sua existência. O semeador colhe e não há colheita que não seja farta. Que semeiam vocês? Semeiam dor? Dor colherão às mancheias. Não se esqueçam de agradecer a Deus a sua semeadura e a sua colheita. Mas será que seu coração se rejubilará?

Congratulamo-nos com aqueles que, destemidamente, sopitam o entusiasmo pelo progresso material, embora habilitados fortemente para obterem sucesso em qualquer empreendimento, e atendem aos reclamos do espírito, dedicando-se aos que mourejam nas trilhas de espinheiros, estancando o sangue de suas feridas, buscando podar os ramos mais agudos, machucando-se, eles mesmos, nessa faina consoladora. A vocês que se sacrificam em prol do alento de seu irmão, o nosso afeto, a nossa consideração e o nosso apoio mais irrestrito. Se, por acaso, tiverem momentos de hesitação, não esmoreçam: lembrem-se de nós e peçam socorro; nós os atenderemos com imenso júbilo. A borrasca enegrece o seu horizonte? Lá está o belo arco a confortá-los, a lembrá-los de que Deus está presente. Não estão felizes com seu destino? A incerteza agita-lhes coração? O azedume amarga-lhes os dias? Orem, irmãos, e peçam com fé que serão atendidos.

Doce sorriso infantil lhes bastará para compreenderem a majestosa presença de Deus, pois a inocência mais pura é o reflexo do amor mais glorioso. E se soubessem que as crianças todas do mundo estão sorrindo, não lhes pareceria que seu paraíso lhes teria sido devolvido? E com quem está ele? Com vocês mesmos. Com aqueles que o subtraem a seus irmãos; com os de coração menos puro, que almejam glórias passageiras, enganosas vitórias, alegrias falaciosas. Não se contentam vocês com o sorriso das crianças? Então, temam por seu destino: esse é já indício de que não têm procedido bem.

É feliz lembrança dedicar o ano que se inicia aos pequeninos. Considerem, no entanto, que a mudança do porvir dos jovens depende de profunda alteração no comportamento dos adultos. Estão criando almas ruminantes em vocês, ou realmente pretendem transfigurar seu ideal de vida, visando ao bem eterno? A vocês, a decisão. De vocês depende o futuro da Terra. Que plantam vocês?

Maciel.

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