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Contos-->O desagregador -- 10/04/2004 - 21:23 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Bem, confesso que jurei não retornar ao tema do monastério, não falar mais daqueles personagens que habitaram a clausura religiosa onde tantos fatos curiosos aconteceram, inclusive, o episódio das aranhas coloridas, a chegada de frei Pius, o hermafrodita, irmã Burgos, irmã Lara, Imatur, Ferque e tantos outros, sem esquecer do abade Zaro, que dirigiu o convento durante tantos anos e conseguiu leva-lo, segundo a narrativa de Padre Roma, na travessia das tentações e desentendimentos que sacudiram a casa religiosa, culminando até mesmo no processo de excomunhão de Monsenhor Tonho, o que falava com as aranhas.A minha jura, entretanto, foi quebrada porque, sabendo do meu interesse no desenrolar dos acontecimentos a que me referi acima, o jornalista e pesquisador A. Nascentes que, segundo dizem, é parente remoto de um dos religiosos que habitou aquela casa depois que Abade Zaro deixou a chefia,encontrou num velho sebo do centro da cidade, um maço de pergaminhos que,depois de traduzidos, encaixavam na história do velho monastério.Bem, não me responsabilizarei pela tradução porquanto Nascentes não revelou quem fora responsável pela transcrição e adequação do texto para o nosso idioma. Consta que era um documento firmado por um médico, fazendo recomendações: " Constantino Adriano, médico, tenho ciência plena de que o religioso Antonio Clementino, conhecido como Monsenhor Tonho, por mim examinado na tarde do ano do senhor de 1498, revelou uma patologia mental grave,aproximada da esquizofrenia. Além de repetir palavras a esmo, desconexas, tinha atitudes perigosas que podiam causar lesões graves tanto nele mesmo(tendência á autodestruição) quanto nos seus irmãos de hábito(agressividade e violência).Depois, ainda segundo o tradutor, a caligrafia tornava-se trêmula e inintelegível.E eu confesso que fiquei curioso, pensando demoradamente no destino das pessoas desagregadoras, tipo Monsenhor Tonho, que estão sempre armadas contra a humanidade inteira, brigam e brigam sem cessar e, no fim, terminam isoladas, no meio do caos que erigiram ao seu redor.




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