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Poesias-->PARTIDA -- 21/11/2000 - 23:03 (Nelson de Medeiros Teixeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Partamos, criança, fugindo,

das dores do mundo sorrindo,

buscando um novo avatar!

Tal qual ciganos errantes

viveremos só de instantes,

no universo do sonho a sonhar!



Hei de dar-te nessa terra,

toda a ventura que encerra,

uma vida prenhe de amor!

Por sobre a colina amena,

erguerei teu ninho, morena,

e ele encherás de calor!



Será a morada infinita,

onde o vento que se agita,

jamais cessará seu soprar!

Sob o céu verde da mata,

que toda a brandura retrata,

muito haveremos de amar!



Pela manhã orvalhada,

hei de velar-te inclinada,

colada ao meu coração!

Cantarei versos suaves,

num trinar de raras aves,

em prece de gratidão!



À noite juntos no leito,

com a fronte no meu peito,

ouvirás os versos meus!

E por cada estrofe cantada,

dessa boca perfumada,

vou querer cem beijos teus!



Viveremos linda festa,

Com a orquestra da floresta,

eternamente a cantar!

Andaremos de mãos dadas,

com as almas irmanadas,

que a todos farão invejar!



Partamos, criança, fugindo,

das dores do mundo sorrindo,

e ninguém nos há de achar!

Tal qual ciganos errantes,

viveremos só de instantes,

que o tempo é de se amar!



II



Partistes, criança, correndo,

da dor do meu peito fazendo,

a escolha dos sonhos teus...

Não ouviste a Mãe-da-mata,

preferistes ser ingrata,

e não viste os prantos meus...



Não quisestes minha terra,

nem pensastes que ela encerra

o teu tesouro de amor...

Não andastes na colina,

preferistes rua fina,

calçadas com a minha dor...



Trocaste a manhã orvalhada,

minha noite enluarada,

pelo fulgor do teu sol...

Os meus cantos, os meus versos,

trocastes por sonhos dispersos,

Colorindo o teu arrebol...



Não quisestes minha festa,

não ouvistes na floresta,

as dores do meu cantar...

Tua sina foi marcada,

e hás de seguir na estrada

sendo amada, sem amar...



Partiste, criança, correndo,

da dor do meu peito fazendo,

a escolha dos sonhos teus...

Não ouviste a Mãe-da mata,

preferistes ser ingrata,

não te importam os prantos meus!





Nelson de Medeiros Teixeira



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