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Discursos-->21. BONS E MAUS HÁBITOS -- 17/07/2002 - 07:43 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O hábito faz o monge; o uso do cachimbo, a boca torta. Por que vocês não entortam o seu vício com o hábito da prece? Vocês têm tesouros imensuráveis de amor, de caridade; por que não empregam o seu capital para render juros junto à Divindade? Que espécie de paraíso esperam após a morte? Que lhes será cobrado da vida? Vocês que prevaricam sabem discernir entre o valor real das ações boas e das más? Que reflexões estão acostumados a fazer para obterem o seu lucro espiritual? Que especulam com o seu dinheiro material? Adquirem as ações do bem que lhes trarão bonificações grandiosas, ou barganham propriedades que, na verdade, não possuem por sofrimentos futuros?

Vocês expendem mais do que seria justo solicitar-lhes, mas, nas suas negociatas, desejam usufruir lucros injustos, o que pesará contra vocês na balança do seu julgamento. Aquele que investir em bens imperecíveis recolherá inexaurível tesouro de bênçãos, mas o que jogar na bolsa dos valores materiais talvez ganhe prazeres mundanos, passageiros, completamente desvalorizados, porém, quando cambiados pela moeda corrente entre os espíritos. Estes entrarão pobres no reino das trevas, embora endinheirados, em falaciosa riqueza na vida terrena. A lição do camelo deverá inspirar seu procedimento, de forma que ponderarão qual o caminho que levará ao fundo da agulha ou à porta do céu.

O atrevimento moral do homem exige coragem, denodo, persistência, otimismo, esperança, fé. Vocês encontrarão a incompreensão humana pronta a incitá-los a praticar o mal, quer sob a forma violenta da repressão, quer sob a forma aliciante das oferendas corruptíveis. A umas e outras, devem obstar, agindo sob o impulso de ilimitada confiança nos recursos morais legados pelo Cristo. Enfrentar a corrupção não é tarefa de pequena monta. O homem, sorrateiro no uso de suas faculdades, sabe compor armadilhas argutas que tragam, a cada instante, milhões de bem-intencionados, em favor dos interesses espúrios dos dominadores poderosos. Vocês devem constituir-se na pedra do seu caminho, pedra inflexível, pedra imaculada, pedra pedra, insensível aos apelos do mal.

Petrificando-se, vocês estarão arruinando, quiçá, todo o seu porvir material, sufocando, talvez, sonhos longamente acalentados, podando árvores que carinhosamente plantaram a seu tempo, esperançosos de velhice tranqüila e de prosperidade familiar segura. De repente, devem mudar, devem assumir atitude que transmuda a sua personalidade, impelindo-os para sendas que, muitas vezes, negaram. Não é fácil. Não hesitem, porém, e façam florescer, em seu jardim, as flores coloridas e olorosas das virtudes. Eliminem a erva daninha do egoísmo. Arranquem os espinheiros do orgulho e da vaidade. Plantem a hera maravilhosa do altruísmo, do amor. Reguem a sua plantação com as lágrimas do dever cumprido, do sacrifício consciente, da dor atormentada do arrependimento. Vocês, então, estranhamente, verão germinar, brotar, florescer, frutificar, em vigoroso caule, a frondosa árvore da sua consciência, iluminada pelos atributos da espiritualidade. Nesse momento, terão irreprimível felicidade, transbordante, e poderão abrigar à sombra de sua virtude tantas plantinhas tenras que, hoje desprotegidas, são massacradas pelas patas grosseiras das cavalgaduras senhoris dos que pretendem possuir o mundo, dos que se seduzem pela idéia de que podem gastar, às mancheias, as riquezas produzidas pelo oneroso trabalho dos humildes.

Robusteçam suas forças, aplicando com sobriedade a sua fortuna moral, lendo, estudando, procedendo por amor do próximo. Almejem vida resignada à sua situação de inferioridade financeira. Sofram um bolso sem dinheiro e um estômago vazio, mas não prevariquem contra a Divindade. Contentem-se com pouco, irmãos, que receberão em paga recompensa de valor inestimável dos cofres cheios do Senhor.

— “Benditos os que se humilham, pois serão exaltados” —, eis as palavras do Cristo de que deverão lembrar-se, estabelecendo como seu lema, como sua bandeira, nesta marcha gloriosa que empreendem em direção à vida eterna. Sejam constantes, irmãos, em sua luta, e terão o apoio de seus irmãos na espiritualidade. E essa sua constância não pode sofrer solução de continuidade; uma vez iniciada a tarefa, não mais poderão retrogradar, sob a pena de incidirem em crime ainda maior. É preciso, pois, irmãos, firmeza em sua atitude, de sorte que criem o hábito da moderação, o hábito da humildade, o hábito da prática do bem. Educar-se, irmãos, — vejam O Livro dos Espíritos — é disciplinar o comportamento através da eliminação dos maus costumes e da instalação de hábitos saudáveis. Procedam assim e terão a felicidade de, erguendo os olhos, encontrar a luz que ampara, o sol que nutre, o azul que conforta. Sejam benfazejos, irmãos, e terão a ventura de ascender aos páramos do Senhor.

Maciel.

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