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Infantil-->Jorinde e Joringel _ Lenda dos Grimm -- 05/12/2002 - 07:04 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












Era uma vez uma anciã, uma grande feiticeira, que vivia sozinha num velho castelo, bem no meio de uma

grande e densa floresta. Durante o dia, ela fazia parecer-se de gato ou de coruja, mas, à noite, ela

retomava sua forma natural, como um ser humano. Ela podia atrair os animais e os pássaros e, então, ela

os matava, cozinhava e fritava. Se alguém chegasse perto do castelo, num raio de cem metros, ficava

paralisado, de pé, e não podia mover-se do lugar onde parou, até que ela o perdoasse; porém, se uma

moça entrasse naquele círculo, então, ela a transformava em um pássaro, punha-a numa cesta e a levava

para um compartimento do castelo. Ela possuía bem umas sete mil cestas de pássaros enfeitiçados no

castelo.

Naquela época, existia uma moça que se chamava Jorinde; ela era mais bonita que todas as outras

moças. Também, havia um belo rapaz que se chamava Joringel, e eles começaram a namorar. Ficaram noi-

vos e estavam vivendo dias muito felizes, um com o outro. Certa vez, a fim de que pudessem conversar a

sós, arrulhando como dois pombinhos, eles foram à floresta.

»Tenha cuidado«, Joringel disse, » não chegue muito perto do castelo.«

Era uma tarde linda, o sol brilhava entre os troncos das árvores e o verde escuro da floresta

cintilava, e a rolinha cantava caprichosamente sobre antigas faias.De repente, Jorinde chorou,

assentou-se ao sol e gemeu. Joringel também chorou. Eles ficaram muito tristes, como se estivessem

prestes a morrer; eles olharam em volta, ficaram abobados e perderam o caminho de volta para casa. O

sol já se escondia pela metade por trás da montanha. Joringel olhou entre os arbustos e viu o velho

muro do castelo bem perto dele; ele assustou-se e ficou morrendo de medo. Jorinde cantou:

»Meu passarinho no círculo vermelho canta triste, muito triste.

A pombinha canta sua morte

canta tristeza, canta tristeza, de bico em riste. «

Joringel olhou para Jorinde. Jorinde foi transformada em um rouxinol e cantava de bico em riste. Uma

coruja com olhos rajados de vermelho voou ao redor dela três vezes, e cantou três vezes o seu schu,

ugh, ugh, ugh. Joringel não pôde mover-se. Então, ele ficou parado como uma pedra, não pôde chorar,

nem falar, nem fazer gesto nenhum. O sol se foi; a coruja voou até um arbusto e, imediatamente, uma

mulher corcunda e velha emergiu dali, pálida e magra, de olhos grandes e vermelhos, nariz de cavalete,

cuja ponta ia até ao queixo. Ela resmungou, pegou o rouxinol e o levou nas mãos. Joringel não podia

dizer nada, nem sair do lugar; o rouxinol foi embora.

Finalmente, a mulher voltou e disse com voz rabugenta:

»Olá você, daqui a uma hora, mocinho, quando a lua brilhar em seu rosto, você estará livre, mocinho.«

E, então, Joringel ficou livre. Ele caiu de joelhos diante da mulher e pediu-lhe que devolvesse sua

Jorinde, porém, ela disse que ele nunca mais a teria, e foi embora. Ele gritou, ele chorou, ele

lamentou, mas tudo em vão.

»Ai, o que será de mim? «

Joringel foi embora e chegou a uma aldeia próxima dali; lá ficou como pastor de ovelhas por longo

tempo. Freqüentemente, ele contornava o castelo, mas não muito próximo dele. Até que, certa noite,

ele sonhou que achou uma flor vermelha, contendo uma grande e bela pérola. Ele apanhou a flor e foi

com ela para o castelo: tudo que ele tocava com a flor ficava livre de feitiçaria; ele sonhou,

também, que havia recuperado sua Jorinde com a flor.

De manhã, levantou-se e começou a procurar na montanha e no vale por aquela flor; nove dias depois,

de manhã, cedinho, ele achou a flor vermelha. No meio dela havia uma grande gota de orvalho, tão

grande como a pérola mais bonita. Ele pegou a flor e levou-a até o castelo. Quando ele chegou a cem

passos dele, nada aconteceu, até que chegou ao portão. Joringel ficou muito alegre, tocou o portão

com a flor, e ele se abriu. Ele entrou pelo pátio e sondou onde poderiam estar os pássaros; final-

mente, ele os ouviu. Ele achou um corredor, onde estava a feiticeira alimentando os pássaros nas

sete mil cestas. Quando ela viu Joringel, ela passou mal, muito mal, cambaleou, cuspiu veneno e

vomitou bílis contra ele, mas ela não pôde chegar a dois passos dele. Ele não ligou pra ela, olhou

para as cestas com os pássaros; porém, ali estavam mais de cem rouxinóis, e ele não sabia qual

deles seria o de Jorinde. Depois de muito observar, ele notou que a velha apanhou uma das cestas

com um pássaro e, furtivamente, estava indo para o portão. Sem demora ele saltou à frente, e tocou

a cesta e, também, a mulher velha, com a flor - daí em diante ela não poderia enfeitiçar mais nada.

Então, Jorinde apareceu diante dele e abraçou-o, tão afetuosamente como antes. Em seguida, ele

desencantou todos os outros pássaros, livrando todas as moças, e foi para casa com sua Jorinde.

Daí em diante, eles viveram felizes por muito tempo.

Fonte: www.udoklinger.de

Jorinde und Joringel

Es war einmal ein altes Schloß mitten in einem großen dicken Wald, darinnen wohnte eine alte Frau ganz allein, das war eine Erzzauberin. Am Tage machte sie sich zur Katze oder zur Nachteule, des Abends aber wurde sie wieder ordentlich wie ein Mensch gestaltet. Sie konnte das Wild und die Vögel herbeilocken, und dann schlachtete sie, kochte und briet es. Wenn jemand auf hundert Schritte dem Schloß nahe kam, so mußte er stillestehen und konnte sich nicht von der Stelle bewegen, bis sie ihn lossprach; wenn aber eine keusche Jungfrau in diesen Kreis kam, so verwandelte sie dieselbe in einen Vogel und sperrte sie dann in einen Korb ein und trug den Korb in eine Kammer des Schlosses. Sie hatte wohl siebentausend solcher Körbe mit so raren Vögeln im Schlosse. Nun war einmal eine Jungfrau, die hieß Jorinde; sie war schöner als alle andere Mädchen. Die und dann ein gar schöner Jüngling namens Joringel hatten sich zusammen versprochen. Sie waren in den Brauttagen, und sie hatten ihr größtes Vergnügen eins am andern. Damit sie nun einsmalen vertraut zusammen reden könnten, gingen sie in den Wald spazieren. »Hüte dich,« sagte Joringel, »daß du nicht so nahe ans Schloß kommst.« Es war ein schöner Abend, die Sonne schien zwischen den Stämmen der Bäume hell ins dunkle Grün des Waldes, und die Turteltaube sang kläglich auf den alten Maibuchen. Jorinde weinte zuweilen, setzte sich hin im Sonnenschein und klagte: Joringel klagte auch. Sie waren so bestürzt, als wenn sie hätten sterben sollen; sie sahen sich um, waren irre und wußten nicht, wohin sie nach Hause gehen sollten. Noch halb stand die Sonne über dem Berg, und halb war sie unter. Joringel sah durchs Gebüsch und sah die alte Mauer des Schlosses nah bei sich; er erschrak und wurde todbang. Jorinde sang: »Mein Vöglein mit dem Ringlein rot singt Leide, Leide, Leide: es singt dem Täubelein seinen Tod, singt Leide, Lei - zicküth, zicküth, zicküth. « Joringel sah nach Jorinde. Jorinde war in eine Nachtigall verwandelt, die sang zicküth, zicküth. Eine Nachteule mit glühenden Augen flog dreimal um sie herum und schrie dreimal schu, hu, hu, hu. Joringel konnte sich nicht regen.- er stand da wie ein Stein, konnte nicht weinen, nicht reden, nicht Hand noch Fuß regen. Nun war die Sonne unter; die Eule flog in einen Strauch, und gleich darauf kam eine alte krumme Frau aus diesem hervor, gelb und mager: große rote Augen, krumme Nase, die mit der Spitze ans Kinn reichte. Sie murmelte, fing die Nachtigall und trug sie auf der Hand fort. Joringel konnte nichts sagen, nicht von der Stelle kommen; die Nachtigall war fort. Endlich kam das Weib wieder und sagte mit dumpfer Stimme: »Grüß dich, Zachiel, wenn s Möndel ins Körbel scheint, bind lose Zachiel, zu guter Stund.« Da wurde Joringel los. Er fiel vor dem Weib auf die Knie und bat, sie möchte ihm seine Jorinde wiedergeben, aber sie sagte, er sollte sie nie wiederhaben, und ging fort. Er rief, er weinte, er jammerte, aber alles umsonst. »Uu, was soll mir geschehen?« Joringel ging fort und kam endlich in ein fremdes Dorf; da hütete er die Schafe lange Zeit. Oft ging er rund um das Schloß herum, aber nicht zu nahe dabei. Endlich träumte er einmal des Nachts, er fände eine blutrote Blume, in deren Mitte eine schöne große Perle war. Die Blume brach er ab, ging damit zum Schlosse: alles, was er mit der Blume berührte, ward von der Zauberei frei; auch träumte er, er hätte seine Jorinde dadurch wiederbekommen. Des Morgens, als er erwachte, fing er an, durch Berg und Tal zu suchen, ob er eine solche Blume fände; er suchte bis an den neunten Tag, da fand er die blutrote Blume am Morgen früh. In der Mitte war ein großer Tautropfe, so groß wie die schönste Perle. Diese Blume trug er Tag und Nacht bis zum Schloß. Wie er auf hundert Schritt nahe bis zum Schloß kam, da ward er nicht fest, sondern ging fort bis ans Tor. Joringel freute sich hoch, berührte die Pforte mit der Blume, und sie sprang auf. Er ging hinein, durch den Hof, horchte, wo er die vielen Vögel vernähme; endlich hörte er s. Er ging und fand den Saal, darauf war die Zauberin und fütterte die Vögel in den siebentausend Körben. Wie sie den Joringel sah, ward sie bös, sehr bös, schalt, spie Gift und Galle gegen ihn aus, aber sie konnte auf zwei Schritte nicht an ihn kommen. Er kehrte sich nicht an sie und ging, besah die Körbe mit den Vögeln; da waren aber viele hundert Nachtigallen, wie sollte er nun seine Jorinde wiederfinden? indem er so zusah, [merkte er,] daß die Alte heimlich ein Körbchen mit einem Vogel wegnahm und damit nach der Türe ging. Flugs sprang er hinzu, berührte das Körbchen mit der Blume und auch das alte Weib- nun konnte sie nichts mehr zaubern, und Jorinde stand da, hatte ihn um den Hals gefaßt, so schön, wie sie ehemals war. Da machte er auch alle die andern Vögel wieder zu Jungfrauen, und da ging er mit seiner Jorinde nach Hause, und sie lebten lange vergnügt zusammen.
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