Tenho ímpetos de soltar a voz e deixá-la encontrar-se no éter com a voz da humanidade inteira. Mas, os tempos estão para falar baixinho.
Gostaria imensamente de abraçar os meus amigos, porém, agora, nem bem se distingue onde eles se esconderam.
É tempo de individualismo, de atitudes egocêntricas, de exacerbado egoismo.
Não sei quem semeou tanta discórdia nem porque o terreno se mostrou tão apropriado para que ela medrasse. Talvez ela já estivesse em estado de dormência, aguardando apenas que a mão sombria afofasse o solo e permitisse a condição ideal para o nascimento.
olho ao redor de mim e o que vejo é o jardim pisoteado, as flores arrancadas e essa erva daninha tomando conta de tudo.
O semeador, contudo, carece de paciência. Sabe,perfeitamente, que a erva maligna tem que ser combatida de modo inteligente. Nada de remédios destruidores, porque eles podem causar danos irreparáveis às coisas que queremos vivas e mantidas.Quando vier a chuva do céu, quando a água boa e generosa despencar do firmamento, teremos outras ervas nascendo, frutos de outras sementes e o tempo, gradativamente, voltará ao ponto de equilíbrio, pois assim acontece com os movimentos pendulares. |