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Poesias-->POMARES DE AFRODITE -- 19/05/2005 - 16:48 (João Ferreira) |
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POMARES DE AFRODITE
Jan Muá
06 de junho de 2002
Sei-os corpo de mim, razão de viver
Onde na hora do canto épico são heróis
Competentes e fundamentais
Da vida corporal de todos os humanos
Sei-os salutares frutos dos divinos Pomares
De Afrodite
E bicos de chafariz da mítica fonte
De onde jorram ternuras e prazeres
Sei-os formas luzentes para os lúbricos olhos
Flores que enfeitam o feminino corpo
Nos requintados jardins do olímpico destino
Sei-os maduros pomos em campo dourado
Sentinelas aquecidas pelas lavas da paixão
Indispensáveis aos olhos da sedução
Sei-os cariátides no horto do amor
Ostensivas formas esplendentes
Nos vitais mundos das formas de sensualidade.
Sei-os ornamental corpo de mim na provocação
Que impulsiona os homens para o desejo
Nas caudalosas torrentes da paixão
Sei-os belas formas carregadas de semióticas vozes
Onde se acendem fogos em bocas de vulcão
Corpo de mim em torres de menagem geridas por fetiches
De fadas misteriosas em combustão
Sei-os estrelas magnetizantes dos humanos olhos
E matriarcais fortalezas onde na nudez da festa
Soam estrepitosos beijos de emoção
Sei-os corpo de mim, razão de viver
Plataformas de ternura de entrelaçados fios
De enfeitiçados toques
Que inspirados pajés freneticamente gerenciam
Nas horas dos eróticos festejos
Sei-os batuta de uma sinfonia de encantamento
Corpo de mim e razão de viver
Nas inumeráveis coreografias programadas
Para a sobrevivente e emocionante vida na terra.
Jan Muá
6 de junho de 2002
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