Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->PODER E SEDUÇÃO DA PALAVRA -- 28/05/2005 - 22:00 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PODER E SEDUÇÃO DA PALAVRA





No dia da Poesia



Jan Muá

14 de março de 2004





Desde criança sou conviva desta dama

Ela me dinamiza

Me socorre

Me educa

Me instrui

Me defende

Me conscientiza

Me faz pensar

Me avisa

Me condiciona

Me poetiza

Me conforta na emoção

E no pensamento metafísico

Me dá linguagem mística

Me fornece argumentos

Me salva em minhas debilidades



Me abriu os olhos na adolescência

Me ofereceu textos de entendimento

Me deu conforto e consolação

Nunca me faltou

Por isso passei a tratá-la

Como dama de minha vida

Em língua vernácula e em língua estrangeira

Sempre foi peça fundamental de meu sucesso

Lidei muito com ela nas bibliotecas

Em centros e arquivos europeus e americanos

Ajudou-me na sala de aula

E nos meus textos de jornal e de revista

Em meus livros e traduções

Sempre a tive por perto

Porque sempre ela se deixou tratar de maneira elegante

Mostrando gostar de aparecer arrumada

E detestando ser repetitiva

Ou desleixada

Ainda hoje há nela o gosto instintivo da elegância

Tanto na expressão quanto na comunicação

Sabe que na família cresceram alguns parentes

De aparência grosseira

Mas ela não os corteja

Porque sempre gostou de ser cortês

Em sua carne há o enigma da vida profunda

que os olhos não vêm nem os ouvidos escutam



Como os oceanos ela tem suas profundidades povoadas de enigmas

Nela a vida se afirma misteriosa

Nos quadrantes da significação



Arma combinações múltiplas no discurso

Serve todos os meandros da astúcia e da justa reclamação

Sem que o homem consiga desvendar todos os seus segredos

E acessibilidades



Dentro dela se encerra a incomensurável promessa

dos segredos vitais dos humanos ao lado da sinuosidade interminável dos falantes por vezes reticentes e limitados

em suas incursões pelo mundo cósmico problemático.

Por ela se abre e se alimenta o diálogo que sempre se suspende

na hora em que as palavras deixam de ter força para realimentar a vida anímica da comunicação...



Jan Muá

14 de março de 2004







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 73Exibido 622 vezesFale com o autor