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Contos-->À NOITE À BEIRA MAR -- 11/10/2004 - 12:00 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
À NOITE A BEIRA MAR

Todos os dias ele saia do trabalho já tarde da noite, pegava o carro e ia para casa. Exausto, depois de um dia fatigante, ele só pensava em chegar em casa, tomar um bom banho e deitar. Ia para a casa com a esperança de que os filhos já estivessem dormindo e a mulher não estivesse de mau humor, coisa que acontecia com muita freqüência.
Naquele dia por acaso ele estava muito chateado e nem estava com vontade de ir para casa. Por isso resolveu dar uma parada na praia e para espairecer as idéias. Dizem que o som das ondas quebrando e a brisa batendo no rosto deixa a gente relaxada.
Estacionou o carro e ficou sentado no banco olhando para o mar. Talvez por ser tarde da noite e uma terça-feira não se via viva alma. E enquanto seus olhos acompanhavam a imensidão do mar, seus pensamentos voavam longe. No tempo em que era jovem e feliz, em que tudo era mais fácil e havia prazer em viver.
De repente ele desviou os olhos para o lado e viu se aproximar uma jovem de branco, coberta com um véu todo branco, feito uma noiva. Um calafrio percorreu seu corpo de cima a baixo.
Ela foi se aproximando cada vez mais. Então ele viu que ela era muito linda, a mulher mais bonita que ele vira em toda a sua vida. Ele viu também que sua pele branca era tão branca quanto a cor do vestido, o véu, as meias e o sapato que usava. Era uma jovem alta e de aproximadamente dezoito anos. “Meu Deus! De onde surgiu essa belezura?”, perguntou de si para si ele.
-- Você não tem medo de andar por aí a essas horas – inquiriu ele, quando ela sentou do seu lado.
Ela não respondeu. Limitou-se a as ondas do mar, como se quisesse imitá-lo, enquanto a brisa, que parecia mais fria agora, agitava o seu vestido deixando aparecer as pernas brancas.
Ao ver aquelas pernas, ele imaginou o que poderia estar por baixo daqueles panos. E sem que ele pudesse evitar, formou-se em sua mente a imagem dela sem roupa. “Ah! Que seios ela não deve ter...”. E ao pensar essas coisas, o sangue arrefeceu-lhe mas veias.
-- Em que posso ajudar, belezura?
-- O senhor vai comigo até lá? -- perguntou ela, apontando para as pedreiras no canto da praia.
-- Claro, meu anjo! -- respondeu ele sem hesitar. “O que ela quer comigo naquele lugar?”, perguntou-se ele enquanto a acompanhava.
O local indicado por ela era de difícil acesso e poucos se arriscavam a ir até lá. Era um lugar bonito, onde se poderia contemplar o mar e sentir ar ondas quebrarem nos seus pés. Mas era também um lugar perigoso, pois ficava na base de um penhasco.
Cheio de cobiça, ele a seguia como fosse ser recompensado com momentos da mais íntima intimidade. Seu corpo a desejava tanto, que não via o perigo de andar por aqueles lugares, nem na esposa que o aguardava em casa.
-- Por que um lugar desses? Não era melhor nós termos ficado num cantinho escuro ali atrás?
Ela não lhe deu ouvidos.
Com muito custo, depois de quase se machucar e cair n"água, eles chegaram.
Ela parou por alguns instantes, apontou com a mão e disse:
-- Ali. Foi ali que eles me jogaram lá de cima, depois de ser raptada por dois amigos de meu namorado quando saia da faculdade e ser violentada por quase duas horas.
-- Meu deus do céu – exclamou ele, em estado de choque, quando viu o corpo sem vida de uma jovem. Estava seminu, deformado e coberto de sangue.

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QUANDO O AMOR NÃO ACABA – CAPÍTULO V
QUANDO O AMOR NÃO ACABA – CAPÍTULO III
QUANDO O AMOR NÃO ACABA – CAPÍTULO II
QUANDO O AMOR NÃO ACABA – CAPÍTULO – I
O MILAGRE
UM LÍRIO AO PÉ DO PENHASCO
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