A rosa anêmica
Garota, amo tua palidez serena,
Teus olhos castanhos de morena,
Teu jeito gracioso de rir e levitar:
Entre meus braços é o teu lugar.
Garota, te amo, mas não sei teu nome
E assim tal como quem sacia a fome,
Eu me conforto, alivio a apreensão:
Por que nome bate meu coração?
Garota, não sei, a tua idade,
Mas sem encher tua vaidade,
Digo que é uma bela menina,
Bem do jeito que me fascina.
Garota, sinto tua ausência,
Pois com certa freqüência,
Choro, penso e murmuro,
Vendo teu rostinho puro.
Garota, não somos conhecidos
Mas entre meus sonhos preferidos
Estão te ter, te olhar, ser teu amigo.
Rumo a ti, silenciosamente, eu prossigo.
Garota, não sei onde você está,
Quando você volta e por onde anda,
Mas não seja uma menina má,
Desfaça-me esta amargura nefanda:
Volta pra falar comigo?
Se não puder ser minha namorada,
Quero ser ao menos teu amigo,
É bem melhor que não ser nada.
(Eder Luis T. Kamitani, jan. 2005)
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