Você tem razão, Gilda deixou de valorizar o que eu escrevia porque eu só sabia reclamar e me lamentar da vida. Não fazia nada para aceitá-la como ela era nem procurava corrigir os meus defeitos.
Mas eu escrevo para me comunicar com a outra pessoa. Para mostrar o que está se passando na minha cabeça. Para abrir o meu coração para aquela com a qual estou planejando passar o resto da minha vida.
O que eu escrevo é um recado dizendo: olha, eu gosto de você, mas existem algumas arestas que eu gostaria de aparar para tornar a sua personalidade mais atraente para mim e para poder nos relacionarmos melhor.
Mas se os seus traços de personalidade são tão fortes que não podem ser modificados, não tem problema, tentarei adaptar-me a eles e, se não conseguir, deixarei o caminho livre para outro, com mais tolerância do que eu.
Você tem uma personalidade forte e acredita que pode me convencer a fazer tudo que você quiser. Mas é bom não confiar muito nisso.
Admiro a sua maneira de ser e posso até estar amando você, mas não sei se conseguirei conviver com você devido às diferenças de temperamento que existem entre nós.
Portanto, é bom você pensar bastante no nosso caso antes de tomar uma decisão para depois não se arrepender de ter perdido tanto tempo com uma pessoa que não correspondia às suas expectativas.