Submerso em um mar de banalidades,
Perdido na rotina ordinária,
Segue absolutamente cego o homem,
Iludido de tudo estar vendo.
Esquecido totalmente de sua essência,
Acreditando-se densa matéria
Esquecido ser espírito que toca a lama,
E que mais importa o espírito que a lama.
A morada do ser é o extraordinário,
Diz-nos Heráclito há quantos séculos,
Dormimos, sonhando acordados estarmos,
Desperdiçando nosso tempo com tolices.
Importa perceber que a vida é pequeno ato,
De um teatro maior, universal e eterno,
Que somos figurantes no grande drama humano,
Com missão individual de procurar a sintese.
Vivenciar nossos dramas pessoais,
Aprender a colocar o coração na vida,
Abrir se a emoção, ao sensível a ao encantamento,
Utilizar-se do intelecto para integrar tudo.
Perceber a mensagem simbólica e secreta,
Que nos contam mitos, contos, fábulas e ritos,
Estar em sintonia com a arte e a poesia,
Sutilizar o que está pétreo, rígido e inflexível.
Amar, perdoar e não julgar,
Perceber a imensa grandeza de nossa pequeneza,
Um grão de areia importa ao universo,
Se ousarmos viver, na essência, com inteireza.
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