Com o início do ano letivo, uma preocupação geral por parte dos pais é a aprovação/reprovação de seus filhos na escola. Às vezes esta preocupação faz sentido, pois ainda encontramos alguns professores que têm uma visão restrita sobre a importância do ato de avaliar.
É sabido por todos que estamos diante de um período recessivo, mas o professor não deve levar para a hora da avaliação a sua insatisfação com o salário insuficiente, excesso de carga horária, grande distância entre a escola e sua casa pois, assim como eles, os alunos também são vítimas das injustiças sociais, além da ausência de estímulo que têm em suas casas; considerando-se também que seus pais não participam do processo de avaliação nem das atividades escolares. Um conceito errôneo do comportamento dos discentes em sala de aula pode trazer-lhes problemas seriísimos para o resto de suas vidas, sobretudo se a reprovação ocorrer nos primeiros anos escolares.
As maiores vítimas de uma reprovação injusta são os alunos de menor poder aquisitivo, pois são desprovidos de recursos - livros, filmes, CD room, revistas, discos - para aperfeiçoamento e na hora da avaliação alguns professores não se dão conta que transmitiram conhecimentos de maneira incompatível com a capacidade de assimilação do aluno. Agindo assim estes professores estão desprezando a experiência que o aluno traz para a sala de aula e afugentando-o da escola, quando devem ser envidados esforços para atrair e mantê-lo na escola.