Negros
Reluzentes que um dia pensei pertencer,
Hoje na memória encravados,
Continuam a me seguir pelos lugares,
Caminhos onde procuro o hesitante de se encontrar,
Olhos negros que apagam outros tantos,
Abafam vozes, sufocam soluços,
Momentos que esperei...!
Tudo diz sem nada questionar,
Nunca vi lágrima brotar,
Negros como o breu,
Reflexo d alma anjo negro...!
Onde estão aquelas cores que me dizia,
Seu magnetismo assustador deixou feridas,
Sinto medo... persuadir !
Sinto medo... sentimento !
Sinto medo... ausência !
Olhos negros...!
Olhos que olho...!
Ricardo Marques
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