Eu pensava que era um bom motorista, um bom professor, um bom psicólogo, que tinha uma boa situação financeira e que não era muito bom de sexo.
Vem você e me diz que não sou bom em nada do que pensava que era, mas que sou bom de sexo.
Que credenciais você tem e que parâmetros utilizou para me avaliar?
Eu posso não ser um bom motorista, um bom professor, um bom psicólogo e não ter uma boa situação financeira para você, mas posso ser tudo isso para outra pessoa. Da mesma forma que posso ser bom de sexo para você e não ser para outra mulher.
Não estou zangado com você nem quero que fique zangada comigo. Encare isto que estou escrevendo como um exercício de reflexão sobre a relatividade da vida.
A verdade talvez esteja no meio-termo: nem sou tão bom/mau como pensava nem tão mau/bom quanto você avalia.
Talvez você não seja tão inteligente quanto eu penso que você é ou talvez o seu raciocínio esteja bloqueado por traumas e idéias preconcebidas.
Talvez você tenha medo de refletir de forma mais profunda para não descobrir que muitas das coisas que você acredita não passam de fantasias e tenha que começar a construir, dolorosamente, outra filosofia de vida.
A minha filosofia é: “Não ter filosofia nenhuma”.
Vou mudando de opinião ao sabor das circunstâncias. Acredito em alguma coisa até surgir outra explicação mais convincente e não acredito em nada cujos argumentos não conseguirem me convencer.
E quanto à felicidade?
Você me perguntou se acredito na felicidade aqui na terra.
Não! Não acredito.
Tornei-me feliz quando descobri que a felicidade não existe.
Conclusão: só é feliz quem se desliga da realidade.