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Poesias-->Balanço -- 02/01/2006 - 22:07 (Ricardo Marques) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Balanço





O balanço vem...

Por entre frestas, caminhos estreitos, meu viver,

Acotovelando tal qual caprinos famintos,

Preço de respirar o pão, todos os dias.



O balanço vai...

O mundo é meu, ele é tão pequeno,

Não existe limite para os sonhos, sonharei,

Tudo posso, o toco se transforma num corcel.



O balanço vem...

Observo as cores da megalópoles cinza,

Sonhos fracionados pela noite curta,

O homem procura a criança.



O balanço vai...

Campos da minha estrela primeira,

Colinas do meu indaiá,

Pequeno mundo gigante,

Donde nunca se deixa de amar.



O balanço vem...

Sentimento quebrado, corrompido, vazio,

O homem com passadas de menino,

Querendo acreditar no dia desse encontro.



O balanço vai...

O menino assovia, pula o muro imaginário,

Vira cambalhota, machuca o dedão do pé,

Sorri prá vida de mãos dadas com o moleque.



O balanço vem...

Vejo o menino de cara limpa, corpo de cristal,

Sorriso estampado no rosto,

Vindo em minha direção de braços abertos.



O balanço vai...

O homem acena, seus olhos brilham,

Pés descalço a correr pelo quintal,

Redemoinho folhas da mangueira velha,

Confidente dos sonhos jovem.



O balanço vem...

À tona vestígios da criança,

Vida verde,

Que se perdeu no crescimento do homem,

Vida marrom.



O balanço vai...

Empinando pipas, jogo de bola, amarelinha,

Cavalo de pau, ciranda, queimada, pega-pega,

Infância cristalina como as minas do indaiá.



O balanço vem...

Sentado neste apartamento, um lamento,

Perdido num contratempo, vejo a lua que dorme,

Com vontade de sonhar nos pesadelos da realidade.



O balanço vai...

A criança corre, brinca, salta...

Rodopiando desafia a gravidade, voa até as nuvens,

Ela corre, estende a mão que não consigo segurar.



Ricardo Marques











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