As palavras são imperfeitas desde a sua origem quando nascem do pensamento de alguém até o seu destino que é o pensamento de outro alguém e nesse caminho se transmutam e se misturam a outras palavras e geram ainda mais palavras.
A imperfeição da palavra seja ela escrita, lida ou falada é encontrada na impossibilidade dessa palavra conter em si mesma todos os significados e sentidos que pretende descrever, nem sinónimos, verbos ou artigos são capazes de auxiliar nessa tarefa hercúlea de explicar e ser tudo.
A palavra envelhece assim como a folha onde foi escrita ou impressa, será esquecida , perderá seus significados e a sua razão de ser com o tempo, a melhor palavra é aquela que fica por ser dita, pois essa jamais passa.
Mas a imperfeição da palavra é justificada e se torna necessária, pois dá a quem a lê o poder sobre ela, interpretando-a da maneira que julga ser melhor, metade da palavra é de quem fala a outra de quem escuta, metade da palavra é de quem a pensa e a outra metade de quem a tenta entender.