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Artigos-->Método Goethe de Observação da Natureza -- 29/08/2002 - 08:37 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






















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para ouvir essa música de minha lavra e parceria com Eduardo Toledo. Minha gaita Honner dá o tchã,

enquanto a voz dele se evidencia.===>>>



Elpidio Toledo


texto



Método Goethe de observação da Natureza



Os estudos científicos de Goethe sobre a Natureza somente podem ser explicados pelo enfoque integral do poeta. Por causa da sua versatilidade, tratou não só da morfologia das plantas e animais, mas, escreveu também tratados sobre Geologia, Climatologia e sobre a teoria das cores.Além disso, planejou trabalhos adicionais como, por exemplo, sobre o espaço cósmico, a formação da Terra, a eletricidade e sobre a distinção entre homens e animais.

A idéia que sensibilizou o poeta foi a de um grande poema natural, no qual ele quis tratar todas as áreas da Natureza e interpretar suas correlações. Goethe, e com ele, Novalis, Schelling e outros, pensavam que uma união das partes individuais da Natureza era possível em um nível superior. Seus poemas-metamorfose constituem de partes de um grande todo. Goethe, como é tão freqüente em seus trabalhos, não começou do princípio, mas com parágrafos e temas, principalmente os que, diante dos seus olhos, eram bem distintos e atraentes. Sendo ambas, a metamorfose das plantas e a metamorfose dos animais, transformáveis em poemas, Goethe empenhou-se intensivamente nestes problemas, e os conhecimentos essenciais saltavam-lhe aos olhos, clara e inequivocamente.

Neste grande trabalho de poesia didática, ele não quis integrar a variedade de aspectos, como é típico dos relatórios vulgares da análise científica; ele quis, apenas, combinar o geral e o significativo da Natureza inteira, e descrever tudo que se interligasse além das disciplinas individuais. Porém, o projeto foi abandonado, por volta de 1800, uma vez que era impraticável reunir todas as variedades da natureza num todo. O problema insuperável era, então, a universalidade da Natureza, e, por isso, o empreendimento falhou.

Escoltando os parágrafos que iam ficando prontos desse vasto poema da Natureza, Goethe diz em seus "Escritos sobre Morfologia":

"Pode ser que o que eu sonhava na coragem da adolescência, de vez em vez, como uma obra, agora é projeto; sim, planejar coleção fragmentária, e como tal, trabalhá-la e utilizá-la". (De: "O empreendimento se desculpa", Hamburger Ausg. Pág.54, linhas 16 a 19.)

Goethe se vê como mediador entre objeto e sujeito, entre a natureza e o ser humano. Sua exigência é, por onde quer que vá: "Reconheça-se!" O ser humano poderia se reconhecer, porém, Goethe diz que quando ele conhece o mundo (= a Natureza), atenta somente para ele e para si mesmo. No "Fragmento" sobre a Natureza ("Tiefurter Journal", 1783), Goethe descreve a relação do ser humano com a Natureza e aponta o lugar dele nela:

"Natureza! Nós somos rodeados por ela e entrelaçados com ela - somos incapazes de pisar fora dela e, incapazes de penetrá-la. Não convidada e desprevenida, ela nos aceita no decorrer dos seus dias e passeia conosco até que nós estejamos cansados e caiamos em seus braços. Nós vivemos no meio dela e somos estrangeiros para ela. Ela fala continuamente conosco e não nos confia seus segredos. Nós a manipulamos constantemente e não temos nenhuma força, porém, sobre ela. Os seres humanos estão todos nela, e ela em tudo. Ela trava uma disputa amigável com todos, e alegra-se cada vez mais, se ganha mos dela. Ela disputa com muitos assim, secretamente, até que o jogo termine, sem anúncio prévio". O ser humano é, então, um componente mais integrado à Natureza, sólida e irrevogavelmente conectado com ela, e dependente dela. E quando ele começa a entender a Natureza para sondar os seus segredos e usar suas leis, ele se superpõe a ela e a controla. Quanto mais profundamente a pessoa penetra na Natureza, maior se torna a reverência e a surpresa."

Com a sua elegia, "A metamorfose das plantas", Goethe criou um método impressionante para fazer isso. Sobre a ciência natural, Goethe diz que ela deveria olhar, a fim de apoderar-se do seu próprio método para caracterizar os fenômenos naturais.

O olho é o sentido predominante - ele próprio nasceu para ver com certeza e olhar com reservas. A olho nu um objeto tem que mudar ao ser visto ou refletido por alguma parte da sua aparência. Assim, Goethe lia o escondido de dentro, a partir do que era visível exteriormente. Ele exige de um biólogo:"Assim, deve o genuíno botânico nem a beleza nem a utilidade de uma planta macular; ele deve investigar a sua formação, a relação dela com as demais plantas do ambiente; e, como tudo que é visto e refletido pelo Sol, então, ele deve olhar para elas, calmamente, e examiná-las com o mesmo olhar e tomar como padrão para esse conhecimento, não os dados que traz consigo, e sim, do núcleo da realidade observada".

(Fonte: www.udoklinger.de)





























































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