DIFERENTES AMORES
(Por Germano Correia da Silva
No meu tempo de criança
Eu ouvia minha mãe falar:
Quem espera sempre alcança
E quem ama pode perdoar...
Mas hoje está tudo mudado:
Vejo o “amor” sendo execrado
E muitos deixando de amar
Nesse amor à moda nova
Que nós estamos vivendo
Se um deles desaprova
O que o outro está fazendo
Pouco diálogo é utilizado
E se tiver um “esquentado”
É o todo que sai perdendo
No amor à moda antiga
Nos tempos do meu avô
Ali também havia briga
Mas pouca gente descasou
O casal era mais prudente
E gente gostava de gente
Mas hoje “isso” acabou...
Parece até que os “amores”
Estão meio globalizados
Sumiram os buquês de flores
E os amantes apaixonados...
Até o cortejo mudou de foco
Ora se opera tudo “in loco”
E com o “aval” dos namorados
Há uma forma de se “ficar”
Mas não se fica com ninguém
Fica-se aqui e depois acolá
E o dois sempre ficam sem...
Vão saindo e/ou vão ficando
Às vezes, até se revezando
Pegando e deixando alguém
O amor vive meio “errante”
Sem rumo certo e/ou sabido
Por vezes, meio extravagante
Nem se vale mais do Cupido...
Tem hábitos de adolescente
E se não é um ser renitente
É audacioso e/ou atrevido
Esse amor que existe agora
Tem suas razões p'ra ficar
Mandou a pureza ir embora
E pôs a prática em seu lugar
E se ninguém é de ninguém
Tanto faz ter como ficar sem
Não há o que se questionar
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