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Infantil-->Chapeuzinho Vermelho - Lenda dos Grimm -- 16/01/2003 - 21:10 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Era uma vez uma linda menininha que considerava muito a todos que ficava conhecendo, sendo a preferida de sua vovó, que nunca sabia o que devia dar de presente a cada criança. Certa vez, ela lhe deu um pequeno chapéu de veludo vermelho que, por lhe assentar muito bem, nunca o tirava da cabeça e, por isso, ficou sendo chamada de Chapeuzinho Vermelho. Um dia sua mãe lhe disse:
"Venha, Chapeuzinho Vermelho, eis aqui um pedaço de bolo e uma garrafa de vinho pra você levar para sua vovó; ela está doente e fraca, e ficará alegrinha com isso. Prepare-se, antes que fique quente e, assim que você sair, ande devagar, não corra pelo caminho, senão, você pode cair, a garrafa quebrar, o bolo esfacelar e, então, vovó não terá nada. E quando você entrar no quarto dela, não se esqueça de lhe dar bom dia, olhando para ela, ao invés de olhar para todos os cantos.
"Eu vou fazer tudo direitinho, mamãe." Respondeu-lhe Chapeuzinho Vermelho, e deu-lhe a mão ao despedir-se.
Mas a vovó morava longe, na floresta, uma meia hora distante da aldeia. Quando Chapeuzinho Vermelho entrou sozinha na floresta, o lobo veio ao seu encontro. Porém, Chapeuzinho Vermelho não sabia que aquele animal era feroz, e não ficou com medo nenhum dele.
"Bom dia, Chapeuzinho Vermelho", disse ele.
"Oh, muito obrigado, lobo ".
"Para onde vai você tão cedo, Chapeuzinho Vermelho?"
"Vou ver a vovó."
"O que leva você debaixo do avental? "
"Bolo, que nós assamos ontem, e vinho. A vovó está doente e fraca. Por isso, tenho que levar alguma coisa boa pra ela e, assim, ela vai ficar fortinha."
"Chapeuzinho Vermelho, onde mora sua avó?"
"Uns quinze minutos adiante, na floresta. A casa dela fica debaixo de três grandes carvalhos. Você já deve conhecê-la." Disse Chapeuzinho Vermelho. O lobo imaginou consigo mesmo:
"A menina é gordinha, um bom-bocado bem mais leve e mais gostoso que a velha. Você tem que caprichar muito pra poder grudunhar todas duas". Assim pensando, ele caminhou por um instante, ao lado de Chapeuzinho Vermelho e, então, lhe disse:
"Chapeuzinho Vermelho, veja as belas flores que estão aqui, por toda parte. Por quê você não olha para elas? Imagino que você não está ouvindo como os passarinhos cantam tão cheios de graça... Até parece que você caminha como se estivesse indo para a escola, e toda esta parte aqui da floresta é tão alegre... "
Chapeuzinho Vermelho firmou os olhos para cima e observou como os raios de sol valsavam pra lá e pra cá entre as árvores, deixando-as bem mais bonitas, e pensou:
"Se eu levar um buquê fresquinho pra vovó, ela vai ficar alegre com isso, também; o dia ainda está cedo e eu posso chegar lá em pouco tempo."
Ela saiu da trilha e foi procurar flores. E, quando ela apanhou algumas, pensou: "Mais adiante deve ter outras mais bonitas," e continuou procurando-as, adentrando cada vez mais pela floresta. Porém, o lobo continuou pelo caminho e foi direto pra casa da vovó. Chegando lá bateu à porta.
"Quem é que está aí fora?"
"Chapeuzinho Vermelho, trouxe bolo e vinho."
"Mova o trinco," respondeu a vovó, "eu estou muito fraca e não agüento me levantar."
O lobo apertou o trinco, a porta se abriu e ele foi direto, sem dar uma palavra, para a cama da avó e devorou-a de uma só vez. Então, ele vestiu as roupas dela, colocou sua toca, deitou-se na sua cama e fechou-a com as cortinas. Enquanto isso, Chapeuzinho Vermelho passava o tempo em redor das flores e ajuntou muitas, até que não pôde colher mais nenhuma. Aí, lembrou-se da avó e pegou a trilha novamente para chegar até lá. Ela ficou surpresa ao ver a porta aberta e, quando entrou no quarto, tudo pareceu-lhe muito estranho. Então, pensou:
"Oh, meu Deus, como estou apavorada hoje com isso aqui e, normalmente, sinto-me tão alegre com a vovó..." Ela cumprimentou-a:
"Bom dia!"
Mas, nenhuma resposta recebeu. Em seguida, foi até à janela e abriu a cortina. Então, lá estava a avó, com a toca sobre o rosto, e ela a estranhou.
"Uai, vovó, suas orelhas estão tão grandes..."
"É que, assim, eu posso lhe ouvir melhor."
"Mas, vovó, você está com os olhos tão inchados..."
"É que, assim, eu lhe vejo melhor."
"E suas mãos, vovó, por quê ficaram tão grandes?"
"Hum, hum! Assim, eu posso lhe abraçar melhor."
"Mas... uai! Vovó, sua boca está horrivelmente grande..."
"Ah!Ah! Assim, eu posso lhe engolir de uma vez só!"
E, mal acabou de falar, saltou logo da cama e devorou a pobre Chapeuzinho Vermelho.
Quando o lobo terminou sua refeição, deitou-se novamente na cama, dormiu e começou a roncar bem alto. O caçador passava em frente à casa e pensou:
"Como ronca a boa velhinha. É melhor ir ver se ela está sentindo alguma coisa." E, assim, ele entrou no quarto e, quando se aproximou da cama, viu que o lobo estava deitado nela.
"Até que enfim achei você, velho pecador." Disse ele, "Eu estou lhe caçando há muito tempo." Em seguida, quis apontar sua espingarda, mas, lembrou-se de que o lobo poderia ter devorado a avó e que ainda poderia salvá-la. Não atirou, mas, pegou uma tesoura e começou a operar a barriga do sonolento lobo. Ele deu alguns cortes e viu logo um chapeuzinho vermelho e, depois de mais alguns cortes, a menininha saltou para fora e gritou:
"Oh, como fiquei apavorada! Tudo estava tão escuro na barriga do lobo..." E, em seguida, saiu a velha avó, ainda viva, quase sem poder respirar.
Chapeuzinho Vermelho trouxe logo pedras bem pesadas, a fim de colocá-las dentro da barriga do lobo. Quando ele acordou, quis sair pulando, mas, as pedras eram tão pesadas que ele virou de ponta-cabeça e caiu morto. Então, os três ficaram alegres. O caçador tirou a pele do lobo e levou-a para sua casa; a avó comeu o bolo e bebeu do vinho que Chapeuzinho Vermelho tinha trazido, e recuperou-se novamente. Porém, Chapeuzinho Vermelho pensou:
"Para o resto da sua vida, nunca mais você vai querer correr sozinha pela floresta, pois, sua mãe já lhe proibiu de fazer isso."
Conta-se, também, que uma vez, quando Chapeuzinho Vermelho trazia um assado, novamente, para sua velha vovó, um outro lobo quis falar com ela e desviá-la do caminho. Porém, Chapeuzinho Vermelho estava atenta e foi embora, direto pela sua trilha, e contou para sua avó que teria encontrado com o lobo, que lhe desejara bom dia, porém, ela teria notado a maldade nos seus olhos.
"Se a porta da rua ficasse aberta, ele teria me comido".
"Venha", disse a avó, "vamos fechar a porta para que ele não possa entrar."
Logo em seguida, o lobo bateu à porta e chamou:
"Abra, vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho, trago-lhe panquecas."
Elas ficaram caladas, mas, não abriram a porta. Depois de rondar a casa na ponta dos pés, por várias vezes, o cabeça-de-vento resolveu subir até o telhado e ficou esperando, até que chegasse a tardinha, quando Chapeuzinho Vermelho deveria voltar para casa. Em seguida, ele a seguiria furtivamente e, na escuridão, a devoraria. Mas a avó notou o que ele tinha em mente. Por isso, colocou em frente à casa uma gamela de pedra e, então, disse à criança:
"Pegue o balde, Chapeuzinho Vermelho. Ontem, eu cozinhei lingüiças, até que a gamela ficasse totalmente cheia".
Aí, o cheiro das lingüiças subiu até ao nariz do lobo. Ele farejou, olhou para baixo e, finalmente, esticou o pescoço demais, o mais que pôde e, por isso, começou a deslizar. Assim, escorregou do telhado abaixo, caindo exatamente na grande gamela, e se afogou.
Assim, Chapeuzinho Vermelho foi toda alegre para casa, sem ninguém a incomodá-la.

Fonte www.udoklinger.de






























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