Usina de Letras
Usina de Letras
144 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->CORDEL, POESIA E LITERATICE... -- 17/02/2011 - 12:55 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tristeza, pra quê tristeza?
Esse mar não mora em mim
Lápide, lapidada assim
Não quero, com certeza,
Esse mármore em mim.

***

Pus minha melhor roupa para sair numa noite fria:
um agasalho grosso contra a tristeza
um chapéu para evitar que a saudade me visitasse
Andei solitário na rua deserta
Vi uma porta aberta
Passei adiante e por um instante
Senti que um vulto me acompanhava
A sombra da saudade comigo caminhava
Galopei em sonho, e enquanto sonhava
Lembranças repovoavam a memória
Tirei o chapéu
E deixei que a saudade entrasse.


DOCE MAR SALGADO

No mar de teus sonhos
Lancei meu navio
E por horas a fio
Fiquei a pensar
A onda batia
Na encosta da serra
E longe da terra
Sob a luz do luar
Eu pude enfim
Teu corpo puxar
Pra perto de mim
E afogar teus desejos
Com carícias e beijos
Nas ondas macias
De teu doce mar.


BODAS DE CRISTAL

A arte se misturava à imagem visual
Arte concreta - areia e metal
Tudo de forma artesanal
Saudosas lembranças, vão e vêm
Se alojam no peito por todo tempo
que o tempo tem. E como quem
não quer nada, vão e vêm
saudades das bodas de cristal


AMÉLIA


Nunca vi tanta opulência
Gastando dinheiro em vão
Isso é não ter consciência
Tudo que ver ela quer

Amélia sempre foi exigente
Ocupava seu tempo em lazer
Vivia no luxo e vaidade
Achando que isso é viver.

Amélia não tinha a menor paciência
E não sabia o que é sofrer
Quando me via contrariado
Dizia: Quer jantar? Vá fazer!

Amélia vivia bem a meu lado
E achava bonito não ter o que fazer
Não sabia o que era pobreza
Simplicidade pra quê?

Amélia só pensava em beleza
Viveu uma vida sem fé
Meu Deus que alívio de Amália
Aquilo não era mulher.


Vendaval

Era janeiro, chovia forte no Rio
Águas cristalinas lavavam a rua, a praça...
Pingavam aos molhos na janela
E pintavam na vidraça uma tela
Como lágrimas a escorrer nos olhos.

Um impacto na retina
Caiu a vidraça quebrada
A menina dos olhos chorava
Uma lágrima avermelhada
Escorre no soalho

Um corpo furado de bala
Cai na sala, sem vida
Tudo vai para a vala:
A água poluída, a vidraça quebrada
E a vítima de bala perdida.


SAUDADE

Saudade é recordação
De tudo que já passou
Da juventude e fulgor
Pulsando no coração
Saudade é recordação
Do amor que vai e não vem
É a lembrança de alguém
Que o velho tempo levou

***

Naquela tarde tão bela
Antes do anoitecer
Pousado em minha janela
Um canarinho cantava
Do teu amor me falava
E meu coração chorava
Com saudade de você

No outro dia ele estava
Em minha janela a cantar
E a cada nota falava
Do amor e da saudade
Enquanto ele cantava
Meu coração chorava
Com saudade de você

Mal raiava nova aurora
Eu estava a esperar
Meu canarinho chegar
Mas naquele dia não veio
Não sabia onde ele estava
Quando o canarinho cantava
Meu coração chorava
Com saudade de você

***


Ontem eu vi tuas lágrimas
Escorrerem aos quatro cantos
Como chafariz ou cântaro partido
Antes fosse apenas o pranto inocente
Do querer-me novamente como já houvera tido
De corpo, mente, alma e coração
No entanto a distância separar-nos veio
Da criança que mesmo adultos fomos
A brincar de esconde-esconde
E guardar meu bastão entre teus seios.

***

SÍLFIDE

A vida cobra pedágio
Para uns, sem juros
Para outros, com ágio

E, por mais caro que seja o passe,
A cada um é dado o direito de regresso
Ao lar paterno do Senhor da messe.

Este é o preço da vida e da morte,
Do azar e da sorte, do amor
Que com amor se paga:

"A mão que bate é mesma que afaga"
"A boca que cospe é a mesma que beija"
Ao Cyro e aos Anjos, minha alma se queixa:

Cadê a mão que à minha afaga?
A boca que à minha beija?
Cadê minha Sílfide, minha gueixa?


UMA POESIA

É possível fazer sorrir
basta ter alma e poesia
Sorria, porque o mundo
está molhado de lágrimas,
por causa das almas
sem oração, sem fantasia
sem poesia no coração.


ENTARDECER DA AURORA


Pálidos raios do ocaso
Tocam suavemente as brancas asas
De uma garça, no crepúsculo das lembranças
Das Aves Cheias de graça que rezávamos
No entardecer, quando crianças.

E no colo da mãe, quando a noite vinha
Rezavam-se o terço e a ladainha
À Nossa senhora, mãe das criaturas
Agora, pois, a outra mãe sorridente
Coberta pelo véu da bem-aventurança
Intercede por nós lá nas alturas...
Derramando bênçãos sobre bênçãos.


CAMPANÁRIO

Bate o sino no campanário:
dindão, dindão
Toca o coração do menino
Badalando igual sino:
dindão, dindão

Bate o badalo, toca o sino
Bate o coração do menino
Na festa do padroeiro
O sacristão toca o sino
dindão, dindão

Desce o sacristão do campanário
O vigário começa a pregação
O coração do menino
Continua a tocar:
dindão, dindão

Na festa do padroeiro
O santo casamenteiro
Promete para o solteiro
Um par para seu coração
dindão, dindão

Mas é preciso esperar
E até voltar o vigário
Rezar mais um novenário
Com o coração a tocar:
dindão, dindão.


LIRA DE DEZ CORDAS

O sino toca
Anunciando Deus
Na Trindade
De três notas
Teo-Deo-Céu.

A lira de dez cordas
Recorda o acorde
Dos Dez mandamentos
Como eco gravado,
ado, Teo, Deo, Céu.

FOI DEUS

Quem pôs a luz nas estrelas
E te deu olhos para vê-las
E te ensinou a amar?

Quem mandou o sol brilhar
A águia alçar voo e pousar
E alimentar o rebento?

Quem impôs limite aos mares
Deu compreensão e voz aos falares
E velocidade ao vento?

Quem deu vida aos planetas
Cores às borboletas
E aos pensamentos teus?

Foi Deus que na noite escura
Deu vida e luz às criaturas
Quando tudo era trevas

Quem pôs nos campos as ervas
E a semente na terra
Para a erva germinar?

Quem ordenou à nascente
A procurar o regato
E desembocar no mar?

Quem pôs o néctar nas flores
As asas no passarinho
E sal nas águas do mar?

Quem deu luz aos olhos teus
E te acolheu como um pintinho?
Não foi o homem, foi Deus.


***

Sorria!
Para encher de alegria
As horas dos dias teus
Ostente muita harmonia
Felicidade e simpatia
Sorria!
Você está sendo filmado por Deus.

***
THE END.

Não é o fim. Depois conto e canto mais.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui