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Cordel-->O valor do dinheiro -- 20/05/2011 - 14:43 (Carlos Alê) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


As aves mais conhecidas
Que circulam no país
São as garças e araras
E também os colibris
Mas só no final do mês
É o que o povo diz

Alguém andando na rua
Acha uma onça-pintada
Recolhe ela do chão
Deixa no bolso guardada
Depois por cinco araras
Ela pode ser trocada

O mico-leão-dourado
Vale só duas araras
Se voltar a inflação
Com mercadorias caras
Levar os bichos ao banco
Será uma coisa rara

Dessa fauna diferente
A tartaruga marinha
Desaparece depressa
Sempre que está sozinha
No mercado é trocada
Por um saco de farinha

Desses animais do mar
O mais raro é a garoupa
Esse peixe o cidadão
Ou leva ao banco e poupa
Ou esbanja o que tem
Em uma peça de roupa

Quase todos povos tem
Um sistema financeiro
E vou escrever agora
No estilo costumeiro
Uns versos para falar
Sobre o valor do dinheiro

Roubar é o ato perfeito
Pra prejudicar alguém
Ser amigo do alheio
Não compensa a ninguém
O mandamento reprova
E a consciência também

Com bancos e joalherias
Na mira do assaltante
Anéis de ouro, dinheiro
E colares de brilhante
Vão parar em sua mão
Se não houver o flagrante

Para prender o ladrão
Confiamos na milícia
Da força policial
Mas surgiu uma notícia
De uma soma roubada
E pela própria polícia

Quando uma autoridade
Tem lucro por intenção
Abusa dos seus poderes
Praticando a extorsão
Desonrando o seu nome
Se equipara ao ladrão

Tem o estelionatário
Que engana qualquer um
Oferece sociedade
Sem prejuízo nenhum
Enganar o ganancioso
É o seu golpe comum

No processo eleitoral
Sempre tem ladrão no meio
Há quem só se candidata
Pra ser amigo do alheio
Entra na corrupção
Pra sair de bolso cheio

Roubar é uma torpeza
Não exclusiva do pobre
Ao rico ganancioso
Mesmo que o dinheiro sobre
Ele faz a falcatrua
Que um dia se descobre

Riqueza não é o mal
Nisso não há discordância
O problema é quando faz
Aparecer a ganância
Naquele que dá pra ela
A mais alta importância

Pobreza não é desonra
Pior é ser avarento
Quem trabalha honestamente
Pra garantir o sustento
Diz a Palavra Sagrada
É rico em contentamento

Das faltas de quem é pobre
Tem uma que é estranha
É quando pensa ser rico
Gastando mais do que ganha
E uma vez endividado
Sua penúria é tamanha

Se o comércio oferece
Crediário aos fregueses
O pobre fica pensando
Que no decorrer dos meses
Vai poder comprar o mundo
Se pagar em doze vezes

Mas quando algum sujeito
Esmola por precisão
Mantém a dignidade
Recusando ser ladrão
É alvo da caridade
Daquele que estende a mão

Exemplo de compaixão
Foi um certo Nicolau
E dizem que ela está
Na origem do Natal
Só que existe um erro
Na tradição atual

Nicolau dava esmola
Pra quem era mais carente
Sempre no anonimato
Distribuía o presente
Era um homem exato
E seu ato coerente

O Papai Noel de agora
É piedoso por contrato
Incentiva o consumismo
Gostando do estrelato
A criança milionária
É seu freguês imediato

O filho do mais carente
Na data nem é lembrado
No festejo natalino
O presente é trocado
O pobre não participa
Se sentindo desprezado

A pobreza é conseqüência
Da má distribuição
Se a honradez vencesse
A ganância do barão
Em qualquer lugar do mundo
Ninguém ficava sem pão

O turismo espacial
É a grande novidade
Os ricos pagam fortunas
Por sua excentricidade
Enquanto muitos na terra
Passam por necessidade

Quem da sua opulência
For useiro e vezeiro
Vai ser o dono do mundo
Pela força do dinheiro
Sem dar fé que é escravo
Do sistema financeiro

Se alguns tem a fartura
Pra muitos falta na mesa
E essa defasagem mostra
Que o tropeço da riqueza
Pra quem busca é a cobiça
Pra quem sobra é avareza

Das maneiras que existem
De alguém ganhar dinheiro
O jogo é o preferido
Para dar lucro ligeiro
E em vez da sorte grande
O vício chega primeiro

Na Loto é permitido
Fazer aquela fezinha
Querendo mais emoção
O sujeito perde a linha
E aposta todo salário
Em uma briga de rinha

Fulano joga no bingo
Sicrano na loteria
Beltrano joga no bicho
Dizendo: - Hoje é meu dia!
E vão se endividando
Porque o jogo vicia

Onde grassa o dinheiro
O erro tem amplitude
Deixando imoralidade
Transformada em virtude
Culpado fica inocente
Sem mudar de atitude

A melhor reflexão
Com sentido mais profundo
Descobri nesse ditado
Que do povo é oriundo:
Quem só dinheiro possui
É o mais pobre do mundo

Quem faz o país crescer
Digo e não peço segredo
É o braço e o suor
Daquele que acorda cedo
Pra garantir o seu pão
Ele trabalha sem medo

E de todo esse assunto
Que aqui fiz um estudo
Faço agora a conclusão
Com rigor e conteúdo:
O muito sem Deus é nada
e o pouco com Deus é tudo!

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