A Margarida E O Cata – Vento
Era uma vez uma meiga margarida ,
Que na alma tinha uma ferida ...
Feita pela vida bandida !
Esta ferida com dor e atitude ...
Se chamava solitude ...
E fazia a margarida derramar ...
Todos os dias , sem parar ...
Uma gota inocente e quente ,
Que era uma lágrima transparente ...
Com gosto de néctar perfumado ,
Que molhava o solo calado !
Mas , numa manhã pura como o marfim ...
Apareceu um cata – vento no jardim !
Era um cata – vento de papel colorido ,
Que brincava com o vento atrevido !
E tanta alegria e fantasia ...
Conquistou a margarida num só dia !
Então , a margarida se apaixonou pelo cata-vento ...
Com toda emoção e sentimento !
E a solidão , rapidamente , partiu ...
Na hora em que o cata-vento surgiu !
Mas , no final da tarde ....
Com todo o alarde ...
Chegou a impiedosa tempestade ,
Que fez uma maldade ...
Ela molhou o cata-vento de papel ...
De uma forma tão cruel ,
Que este brinquedo apaixonado ...
Ficou todo despedaçado ...
E morreu na frente da sua querida ...
E amada margarida ,
Que voltou a conviver com a mesma ferida .
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