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Erotico-->REPRESÁLIA -- 17/11/2001 - 21:51 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REPRESÁLIA

Paccelli M. Zahler

Enquanto seu namorado o comia, Juquinha aproveitava para fazer as unhas e falar mal das “amigas” da Praça da República. À medida que o falatório se desenrolava, o outro ia terminando o “serviço” da melhor forma possível. Já não agüentava mais. Estava completamente arriado. Era o terceiro “repeteco” e o Juquinha não estava satisfeito.
- Terminou rápido, não, amor?
- Juquinha, não estou agüentando mais!
- Que é isso? Está querendo me enganar, é?
- Não, não é isso, meu bem! Estou cansado. Já foram três vezes e ...
- Pois eu quero outra vez, agora!
Leonardo dirigiu seus olhos para o céu como a dizer: “Afasta de mim esse cálice!” Não conseguia entender o Juquinha. Ele era muito guloso e egoísta. Queria tudo para si, onde já se viu?
Conheceram-se, não tão por acaso assim, em Brasília. Juquinha fora ao Conjunto Nacional fazer algumas compras quando, ao perguntar as horas para aquele bofe lindérrimo que passava, seus olhos se encontraram. Como dizem, “para dois entendidos, basta um olhar”. Alguma coisa maravilhosa aconteceu, foi um amor à primeira vista.
Visitaram as Termas Calígula, trocaram idéias, marcaram novos encontros, beijinhos e pronto – passaram a lua-de-mel em Belém e aqui ficaram.
Leonardo, que era um tremendo bofe, deixou as bichinhas da Praça da República em polvorosa. Foi a gota d’água. Juquinha teve uma crise de ciúmes e passou a exigir relações naturais todo o santo dia.
- Leonardo é todo meu e nenhuma daquelas desvairadas o terá! – pensava enquanto arquitetava um plano de esgotá-lo sexualmente.
Acontece que Juquinha, pelo menos uma vez por mês, ficava “naqueles dias”, ou seja, quando não era diarréia, era crise de hemorróidas. Também, com a comida apimentada, o calor de Belém e as relações naturais diárias, não havia roscofe que agüentasse.
Leonardo não era santo. Não conseguia passar mais de três dias sem dar uma “esticadinha” e corria a passos largos para a Praça da República em busca de “carne nova”. Como era bem apessoado, bem falante, sempre se dava bem.
Juquinha percebeu que seus esforços eram em vão e partiu para a represália. Nada de mesada, roupa nova e chave do carro. Era para ele aprender. Leonardo que se virasse! E ele se virou. Durante o dia, fazia programas com executivos em motéis, recebendo em dólar.; à noite, curtia as bichinhas da Praça da República.; e nos finais de semana, transformava-se em marido exemplar.
Juquinha trabalhava o dia inteiro. Dava um duro danado como estilista e vivia envolvido com desfiles de moda. Nada percebera. Como toda “mulher”, sorria orgulhosa de sua vitória – conseguira colocar Leonardo nos eixos.
Enquanto arrumava o espartilho em frente ao espelho, não raro pensava:
- Se tentar me trair de novo, amor, haverá nova represália. Eu sou durona, está pensando o quê?
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