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Cordel-->Quem provou do ardor do meu chicote... -- 21/10/2011 - 17:40 (Carlos Alê) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

Se a disputa em martelo agalopado
fosse aposta em cavalo de corrida
e os nossos ouvintes a torcida
eu vencia este páreo disparado
Mesmo dando a largada atrasado
o primeiro da fila alcançaria
Tão veloz como o vento assovia
eu botava o meu bafo em seu cangote
Quem provou do ardor do meu chicote
nunca mais quis saber de cantoria

No mercado de ações de um repente
muitos crescem usando o caixa dois
e essa falsa receita trás depois
a falência do vate inadimplente
Se o talento for moeda corrente
o poeta não faz oligarquia
Quem verseja fazendo economia
fica sem capital e dá calote
Quem provou do ardor do meu chicote
nunca mais quis saber de cantoria

Quem trouxer o seu dom num caminhão
meu talento eu carrego numa frota
Para quem ansiar minha derrota
já faz tempo que eu sou um campeão
Se você der um tiro de canhão
eu respondo com minha artilharia
Se você tem o choque da enguia
minha força é igual do cachalote
Quem provou do ardor do meu chicote
nunca mais quis saber de cantoria

Uma vez conheci um cantador
que gabava seu estro e sua voz
Na resposta dizia ser veloz
e a garganta era a mesma de um tenor
Nesse dia eu botei nele um pavor
que seu verso ninguém mais entendia
Nem mostrar o seu timbre não podia
pois ficou com um nó na epiglote
Quem provou do ardor do meu chicote
nunca mais quis saber de cantoria

Há quem diz que na arte é bacharel
com o mais alto grau de uma escola
mas quando vai tocar uma viola
quando muito é apenas um bedel
Se o colega não for um menestrel
eu nem deixo entrar na academia
pois tem muito calouro em poesia
que tá sempre caindo no meu trote
Quem provou do ardor do meu chicote
nunca mais quis saber de cantoria


 

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