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Cordel-->O PASSARINHO E O NINHO -- 19/10/2006 - 22:05 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O PASSARINHO E O NINHO

Maria Hilda de J. Alão.



Rica senhora, num tempo passado,
Tinha uma filha de rara beleza
Que ela instruía de modo não avançado
Sobre sexo e sua safadeza.


Proibia a filha de falar e de perguntar
Sobre o instrumento que os homens têm
No meio das pernas a balançar,
Pois a uma moça de família não convêm


Saber o nome nem manusear o proibido.
Mas ela queria saber por que fica tão duro
Esse rico penduricalho escondido
Que para as donzelas causa tanto apuro.


Acuada, a mãe lhe disse ser um passarinho
De longo pescoço pelado.
Voando todas as noites ele vem
Botar os seus ovinhos no quente ninho
Que no meio das pernas as mulheres têm.


Ouvindo esta conversa escondido
Estava um empregado da casa
Com o pensamento na moça perdido
E a mão segurando o pássaro sem asa.


Mais tarde foi ter com a mocinha
No jardim à sombra do velho ipê
Que ao lado da sua cadelinha
Jogava seu bilboquê.


Foi logo dizendo: menina tão formosa
Mais que as flores deste amplo jardim,
Desta tua boca vermelha saborosa
Quero um beijo só para mim.


Ela encantou-se com a fala de veludo.
Deixou-se abraçar porque sentia
Um pulsar gostoso no seu campo peludo
Que sua mãe tanto protegia.


Pela primeira vez segurou o tal passarinho
Rígido de tanto frio dizia o rapaz
Louco para se aquecer no intocado ninho
E lá permanecer muito tempo em paz.


Devagar ele foi ajeitando o instrumento
Introduzindo-o com graça e sabedoria
No ninho molhado e naquele momento
Ouviu um gemido de dor ou de alegria


Identificar, como podia? Ele somente sentia
O prazer de ser dela o primeiro homem,
Mais e muito mais ele queria.
Horas e horas da tarde eles consomem


Com entradas e saídas do ninho,
E a moça perguntando o que fazia
Se já tinha botado ovinhos o passarinho:
Dizendo que sim ele confirma o que a mãe dela dizia.


Que pena, disse ela com voz chorosa,
Penso que se partiram todos no vai-e-vem
E pela quantidade de clara melosa
Escorrendo-me pelas pernas, nem casca tem.

19/10/06.



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