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Contos-->O cruzeiro -- 11/10/2005 - 07:33 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Resolveu fazer um cruzeiro.Precisava muito sair da rotina, esquecer os dissabores, os desencontros, a vida sem graça que lhe atormentara por todos aqueles meses. O Norway era a melhor opção, passar sete noites pelos mares do caribe, convinvendo com pessoas de diferentes mundos, curtir a vida.
Mas, no meio da multidão, naquela torre de babel, sentiu-se perdido e muito só. É a mais cruel das solidões a que você sente quando está cercado de muita gente que nada significa para você.
Ficou isolado, o olhar vago, distante, arrependido de haver entrado naquela aventura. Queria que o tempo passasse logo. Bebia e bebia para ver se o tempo não se arrastava tanto. Mas, o que conseguia era ficar tonto, mareado, indisposto. E a ressaca ainda era mais dramática.
Já estava à beira do desespero e, de repente, descobriu-a. Era uma adolescente. MOrena clara, cabelos cor de mel, olhos castanhos, esbelta, torneada, porte de princesa, cabeça empinada.
Ficou encantado, não podia esqueça-la.
Dormiu e sonhou com a moça. Conversava com ela, trocavam confidências, segredinhos. Mal amanhecia e ficava pelos lugares procurando-a. Quando a via, uma espécie de torpor tomava conta dele. Não tinha coragem de se aproximar.
Viu-a dançando com um rapaz louro, olhos azuis. Era uma visão maravilhosa.Ficou enciumado, mas uma timidez mortal o paralizava. Não havia meio de ir até onde ela estava, depois da dança, ao lado de casal, provavelmente seus pais.
Numa das escalas do navio, numa ilha, desceu no mesmo barco, olhando-a fixamente, mas ela nem se apercebia, rindo e conversando com um grupo, numa lingua que ele nem conseguia entender.
Começava a desejar que o cruzeiro não terminasse.
Contava as horas. Pedia ao tempo que parasse, mas o tempo, indiferente, escorria velozmente...
O cruzeiro terminou. Chegaram ao Porto de destino. Procurou-a na multidão e o mais que conseguiu foi vê-la ao longe, de braços dados com o rapaz com quem a vira dançar...
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