Clique com o dedo direito no meu nome e escolha "abrir em nova janela" para ouvir essa música de minha lavra e parceria com Eduardo Toledo. Minha gaita Honner dá o tchã, enquanto a voz dele se evidencia.===>>>Elpidio Toledo
De tanto farol fazer
das suas proezas mil,
Jucá teve que sofrer,
a turma dele sumiu.
Jucá ficou muito triste,
Tristão foi lhe consolar.
E logo lhe perguntou:
_ Que tem Jucá pra contar?
_ Bom demais você querer
saber o que ocorreu,
pra você se proteger
como comigo se deu.
Ao limpar a churrasqueira
divisei uma latinha
com boa linha pesqueira;
anzol “12” nela vinha.
Sobrou carne do churrasco,
meu anzol isca pediu;
sem querer fazer fiasco
naco da carne vestiu.
O dia então quentou,
a sombra apareceu,
água do rio mornou,
o anzol pra lá correu.
E não deu tempo pra nada,
o anzol levou puxão,
senti então a fisgada,
parecia tubarão.
E o bicho me levou,
água até na cintura;
o anzol nele cravou
e eu vi a criatura.
Era uma sucuri.
Passei nela o facão
porque não sou de fugi,
não permiti reação.
Saiu um boi gordo dela,
com ele a sangradura.
Veio piranha amarela e
outras de cor escura.
Tratei logo de correr
pro barranco, me salvar,
eu não queria morrer,
tive de tudo largar.
Quando cheguei no barranco,
veio um urso polar...
_ Mas Jucá, aí tem branco,
tal bicho aqui não há.
_ É, firme, dele garrei
suas duas orelhinhas,
e então lhe perguntei:
É de circo, faz gracinhas?
Agachei na hora certa,
o braço dele passou
com sua mão bem aberta,
e se desequilibrou.
Caiu nágua duma vez!
As piranhas se fartaram,
comeram pra mais de mês
o urso que atacaram.
|