Fim
maria da graça almeida
Descanse poeta,
a vida é uma festa,
a lua apontou!
Repouse com graça,
nos bancos da praça,
a alegria chegou.
Sorria belezas!
A vã incerteza,
o tempo levou.
O verso é grandeza,
a poesia é a fineza
que alma pinçou.
Mas, quando, poeta,
um dia, sentido,
da cor, distraído,
o amor se apagar,
levante sem graça,
nos bancos da praça,
a dor vai chegar.
Aí chore, poeta,
o amor que passou.
Findando a festa,
a flor definhou.
Com rimas funestas,
os versos não prestam...
o poema acabou.
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