Cartas-->O professor esmurrado pelo aluno, de Carla -- 10/08/2003 - 09:49 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com)
Sala de aula não é lugar de briga, mas as cenas de violência estão se tornando rotineiras no ambiente escolar. Esta semana, estudantes e professores presenciaram brutal agressão dentro de uma instituição de ensino público. A vítima foi o professor de Matemática Gilberto Isidório Ferreira, 48 anos, agredido com socos na face por Cleber Souza da Silva, 18, aluno do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, na Avenida San Martin.
O fato ocorreu pouco antes das 16 horas, na última quinta-feira. O professor tinha acabado de entregar as provas da unidade à turma do 3º ano letivo, da qual Cleber faz parte. Segundo a diretora da instituição, Renilde Gonçalves, o professor Gilberto não costuma revisar quesitos respondidos a lápis (porque eles podem ser alterados) e teria se recusado a rever a prova do rapaz.
Cleber teria solicitado ao professor que revisse sua avaliação – o que lhe acrescentaria dois décimos à nota –, mas Gilberto não quis conversa. Não se sabe ao certo quem começou a discussão. Alguns colegas de Cleber, que ontem participaram de uma mobilização feita pela diretoria, disseram que o professor teria xingado o rapaz.
Entretanto, na queixa que registraram na 4ª Delegacia (São Caetano), Gilberto e colegas professores contaram que o rapaz esmurrou a vítima, tendo pegado, inclusive, uma cadeira para atingi-lo. Gilberto teve a face e a cabeça machucadas, sendo atendido no Hospital Cidade, na Caixa D’Água, e submetido ontem a exame de corpo de delito. A direção da escola já solicitou a suspensão de Cleber por oito dias e expediu documentos para apurar outras ocorrências com vistas a um processo administrativo.
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Essa matéria foi retirada do Jornal A Tarde de sábado06/08/2003
Essa é uma pequena amostra do que acontece nas caixas-pretas da sala de aula em que os professores são desrespeitados diáriamente e não possuem nenhum apoio da direção, porque eles próprios já têm medo desse tipo de pessoa.
Os professores ficam relegados a este tipo de violência moral e física, sendo forçados a darem notas graciosas, pois do contrário caem no "pau" e ainda são taxados de incompetentes e prejudicados na sua vida emocional e profissional.
Marcelo de Oliveira Souza
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