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Artigos-->Credo! -- 13/10/2002 - 15:44 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Credo!

maria da graça almeida



Caninamente, cada um defende seu credo.

Credo? Credo! Cansei.

E ainda há quem iludido, ingenuamente, hasteia

a bandeira da inocência no alarde dos hipotéticos

méritos deste ou daquele.

A ideologia morreu de decepção, de vergonha, de tédio.

Muitos querem estar Lá, tendo ou não condição,

prontos ou não. E que diferença faz?

Desejam chegar sem o ensaio do passo-a-passo.

Pretendem correr, antes mesmo de conseguirem andar. Metem-se!

Tentam satisfazer a necessidade do poder.

Cada qual atendendo à premência da ganância e da vaidade.

E há quem os aplauda. Creio que o povo precisa de sonho, de quimera.

Talvez, a esperança tão-só seja isso. E o engano, a única saída.

Amanhã direi ao meu dentista:

- Sente-se. Agora, cuido eu de seus dentes.

Correrá ele o risco?



Por outro lado, há outros que estão e não querem sair.

Provaram do trono. Gostaram!

O assento é confortável, proporciona status. Ondula o ego.

Esses aí, sim, usam e abusam das rimas ricas, do discurso bonito.

Dizem-no bem e em várias línguas. Impressionam.

Privilegiados, ocuparam os bancos de boas escolas e de quebra

cursaram a faculdade da política “conchaveira”, mentirosa,

política que às vésperas das eleições, alarga a boca indisposta

e beija crianças pobres, idosos carentes.



Enquanto o tolo tira o roto chapéu e sob as intempéries coloca

em risco a própria cabeça,

os senhores do poder, mesmo em face dos ventos amenos e das finas

garoas tratam de abrigar-se,

de corpo inteiro, com o exagerado zelo que se permitem destinar.

Enquanto para poucos, na riqueza da vestimenta, as luzes acendem-se,

para muitos a nudez e a escuridão tornam a barriga tão vazia

quanto a carteira de trabalho que na gaveta experimenta

o gosto frio do papel em branco.

E salve-se quem puder. No fim do túnel não há luz nenhuma.

Tampouco se avista a saída.

Pessimista? Quem? Eu?



maria da graça almeida

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