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Erotico-->REVELAÇÕES -- 01/12/2001 - 19:30 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REVELAÇÕES

Paccelli M. Zahler

Eram amigos inseparáveis. Trabalhavam e passeavam juntos, reuniam as famílias nos finais de semana para um churrasquinho no camping. Casados, incentivavam os filhos a serem amigos também.
Numa dessas voltas que a vida proporciona, fui encontrá-los em um congresso científico em Araxá, MG.
Mesmo intentando ficar só em um quarto de hotel, cedi aos argumentos e concordei em dividir um apartamento maior que, na ponta do lápis, sairia mais barato.
Instalamo-nos no apartamento, conversamos bastante, recordamos os tempos de faculdade, malhamos a política e os políticos nacionais, contamos bravatas.
Caio, machão como sempre, contava suas aventuras sexuais. Na adolescência, segundo ele ( não ponho a minha mão no fogo), fora o fodão do 2º Grau. Tinha comido todas as colegas.
- Puxa vida, inclusive a Regininha? – falei.
- Claro, aquela postura recatada que ela tinha era só encenação. Ao cair da noite, transformava-se completamente. Virava uma mariposa, a mulher mais quente e insaciável deste mundo. Recatada? Aquilo era uma tremenda piranha, isto sim! – exclamou com uma gargalhada sarcástica.
Jorge, o segundo companheiro, comentava sua vida em uma república de estudantes.As brincadeiras, as sacanagens, as “caçadas” noturnas na zona, uma verdadeira zorra.
Já era tarde. Enquanto arrumava a cama e colocava o pijama, uma particularidade no comportamento deles me chamou a atenção. Cada vez que um ia no banheiro, o outro ia também. Pensei com meus botões que devia ser alguma cisma de minha parte, afinal, eles eram grandes amigos.
Mas a cena se repetia várias vezes ao dia. Um ia fazer xixi, o outro ia atrás.; ia fazer cocô, o outro também. Desfilavam nus pelo quarto, elogiavam-se as bundinhas brancas, roçavam-se, trocavam carícias, sentavam juntinhos para preparar o trabalho que seria apresentado no dia seguinte, etc. E meus cabelos foram ficando em pé, tal o número de evidências.
A gota d’água foi a noite em que beberam umas doses a mais de uísque e deitaram-se na mesma cama.
Perguntei-me, embasbacado: “Brincadeirinhas masculinas ou veadagem enrustida?” É óbvio que apostei na segunda alternativa pois quem caga acompanhado é criança, velho, acidentado ou veado. A última alternativa era mais evidente e fiquei “antenado”.
Jorge, novamente comentando seus tempos de república, disse que muitas vezes, após um belo porre, acordara com uma bolsa de gelo na bunda – brincadeira dos colegas.
Comecei a ficar arrepiado.
Terminado o congresso, voltei para casa boquiaberto, aparvalhado, tonto com tantas evidências e revelações. Quando se fala em bicha, imagina-se todo tipo de pessoa, menos aquelas cultas, bem vestidas, bem falantes, de renome. Realmente, só convivendo com as pessoas para conhecê-las na intimidade.
Assim, acabei dividindo meu espaço com dois conhecidos machões de fazer inveja ao Rambo e que, estranhamente, não dispensavam uma brincadeirinha a dois na calada da noite, por debaixo dos lençóis.
É difícil chegar às conclusões a que cheguei na forma de adágio, isto é, “por trás de um grande macho, existe sempre um outro macho” ou, ainda, “machão engravatado, cuidado.; na intimidade, um veado”.
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