Para amar-te realmente,
Aprendo o mimetismo de transformar-me
Naquilo que tu és.
Sou tua direita e tua esquerda
Sou o teu centro político e a tua emoção
Sou teu pensamento
De ódio e de Amor.
Sou teu momento de Grandeza
E a tua lágrima solitária.
Para amar-te mudo a cor
Do meu sentimento,
Da minha esperança
E do meu preconceito.
Para amar-te,
Sou tua juventude,
Tua maturidade
E também
a tua velhice.
Jamais serei eu mesma,
Mas serei o que Tu és.
Aprenderei o mimetismo
de sentir-me humanamente em ti
Pois, somente sendo a tua forma
Compreendo a tua Gradeza
E o teu valor,
Para amar-te
E amar-me também.
Para que jamais exista, em mim,
O simples pensamento
De destruir-te.
Senão, estaria me destruindo.
E eu, sou, para sempre, a tua face espelhada
No espelho da vida Humana. |