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| Poesias-->27 de Outubro de 2005 -- 19/08/2007 - 12:09 (Poeta Maldito) |
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Eu uso máscaras
Que sempre dizem quem sou.
Eu me divirto
Com nuvens cinzas,
Com um rosto pálido,
Com o prenúncio da desgraça...
Eu me ocupo
Da facilidade agradável
De fazer chorar.
Eu caminho quieto
Disfarçado de inseto.
Eu aquietei meu medo
Pra dizer que te amo.
Eu devorei meus olhos
Pra me tornar um cego.
Eu nunca tive meu peito aberto
Um deserto completo e incerto
Minhas lamúrias nunca foram boas
Nas minhas costas sempre uma garoa
Meu corpo quente sempre tentando esfriar
Minha cabeça sempre a trabalhar...
Eu, meus caros,
Me desejo mal...
Mas me desejo o bem.
Ah, meus caros,
Eu consegui entender
Quem escapole das regras
Num desespero humano
De sua falha existencial.
Certas pessoas, meus caros,
São benzidas nas babas do inferno
E se cansam logo desse ranço.
Descobri que o simples
Está além de nossa complexidade...
Bem longe nas estrelas...
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